Trabalhadores da Fundação Casa, instituição responsável por socioeducar jovens infratores no estado de São Paulo, iniciaram uma greve na manhã desta quarta-feira (3), em busca de reajuste salarial e melhores condições de segurança no ambiente de trabalho.
A proposta apresentada pelo governo do estado, que previa um reajuste de 6% nos salários a partir da folha de pagamento de maio, foi recusada pelos trabalhadores em assembleia realizada na noite de ontem (2).
O presidente da Associação dos Servidores da Fundação Casa, Laércio José Narcisio, afirmou que o movimento não se limita à questão salarial, mas também se baseia na falta de segurança nos locais de trabalho e em casos de violência ocorridos nos últimos dois anos.
Além disso, ele destacou a defasagem no plano de cargos e salários da categoria, que nunca foi efetivamente implementado, e o alto custo do plano de saúde oferecido pela Fundação.
Em resposta, o governo estadual afirmou que avaliará o desempenho dos servidores ao longo dos próximos semestres, viabilizando a progressão funcional nas carreiras.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região concedeu uma liminar para que 80% do efetivo de servidores permaneçam em seus postos de trabalho, e o sindicato da categoria orientou que os trabalhadores respeitem esse contingente mínimo.
Narcisio afirmou que a greve está sendo conduzida de forma pacífica e que nenhum trabalhador ou serviço essencial está sendo impedido de acessar as unidades da Fundação.