A cantora trans Santrosa, de 27 anos, foi encontrada morta no domingo (10) em uma área de mata no município de Sinop, no estado de Mato Grosso. A artista, que também atuava como modelo e CEO de uma produtora de artistas e modelos, foi identificada com mãos e pés amarrados, o que levanta dúvidas sobre as circunstâncias da sua morte. O caso está sendo investigado pelas autoridades locais.
Santrosa era candidata a vereadora nas eleições municipais de 2024 pelo PSDB, e tinha conquistado 121 votos válidos, assumindo o cargo de suplente. Em sua campanha, a cantora focou em pautas relacionadas ao fomento da cultura e ao acesso à cultura para as comunidades periféricas de Sinop.
Além de sua carreira artística, Santrosa era uma figura influente nas redes sociais e na comunidade LGBTQIAPN+. Amigos e colegas de trabalho a descrevem como uma pessoa dedicada à cultura, sempre engajada em promover eventos gratuitos para o público, especialmente para a comunidade LGBTQIAPN+. Ela também possuía uma loja de confecção de roupas, onde investia parte dos lucros na realização de shows e eventos para seus fãs e amigos.
A artista também tinha um canal no YouTube com 4,1 mil inscritos, onde publicava clipes de suas músicas. “Ela se dedicava muito à sua carreira e movimentava bastante a cena cultural em Sinop, empregando muitas pessoas nas produções e coreografias”, disseram amigos de Santrosa.
O velório de Santrosa foi realizado na madrugada desta segunda-feira (11) e seu sepultamento ocorrerá a partir das 16h30 no município de Sinop. As investigações sobre sua morte continuam, enquanto amigos e familiares lamentam a perda de uma figura importante para a cultura local.