Economia

Brasil tem menor taxa de desemprego em oito anos, aponta IBGE

Com 8,3 milhões de desempregados, taxa de desemprego é a menor registrada no país desde fevereiro de 2015. Emprego com carteira assinada foi o que mais cresceu este ano.

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Foto: Reprodução

O Brasil vive um momento de recuperação do mercado de trabalho, com o maior número de pessoas ocupadas e a menor taxa de desemprego desde 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no país caiu para 7,7% no trimestre encerrado em setembro, o que representa uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,6 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. Em números absolutos, o desemprego atingiu 8,3 milhões de brasileiros, o menor contingente desde o trimestre encerrado em setembro de 2015.

A queda no desemprego foi puxada pelo aumento expressivo da ocupação formal no país. O número de pessoas trabalhando com carteira assinada cresceu 1% no trimestre e 2,4% no ano, somando 34,9 milhões de trabalhadores. Esse foi o maior crescimento da ocupação formal desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.

“A expansão da ocupação formal foi muito maior que a da informal. Não que a informalidade tenha caído. Chegamos a 39 milhões de pessoas trabalhando na informalidade, o que é um contingente significativo. Mas o que chamou a atenção foi o aumento do trabalho com carteira assinada”, afirmou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

A taxa de informalidade ficou estável em 39,1% no trimestre, mas ainda representa quase quatro em cada dez trabalhadores no país. A informalidade engloba os trabalhadores sem carteira assinada, os trabalhadores por conta própria sem CNPJ, os empregados domésticos sem carteira assinada e os trabalhadores familiares auxiliares.

O rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros também apresentou melhora no trimestre encerrado em setembro. O valor médio recebido foi de R$ 2.982, um aumento de 1,7% em relação ao trimestre anterior e de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o IBGE, considerando os efeitos da inflação no período, houve ganho real para o trabalhador brasileiro.

O IBGE ressalta que os dados da PNAD Contínua refletem a recuperação econômica do país após a crise provocada pela pandemia de Covid-19. No entanto, a pesquisadora Adriana Beringuy alerta que ainda há desafios a serem superados para garantir a sustentabilidade do mercado de trabalho.

“O cenário ainda é incerto. Temos uma inflação alta, uma crise hídrica que pode afetar a geração de energia e a produção industrial, uma instabilidade política que pode afetar as expectativas dos agentes econômicos. Tudo isso pode ter impacto na confiança dos empresários e dos consumidores e influenciar as decisões de contratação e investimento”, avaliou Adriana.

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