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Saúde

Dez sinais que você está alimentando a vítima que há em você

Saia desse vale de lágrimas e lamentações e assuma a responsabilidade de fazer diferente.

Foto: Freepik

A vitimização é um traço que aparece com muita frequência nas pessoas que procuram ajuda psicológica em busca de um bálsamo para as dores da sua alma. O maior empecilho para a mudança desse perfil são as crenças distorcidas e o forte apego à autoimagem idealizada, observada na fantasia de que é sempre o outro o grande causador da sua infelicidade.

É importante descobrir quais são as bases que sustentam essa imagem idealizada. O intuito aqui é apresentar alguns sinais que podem auxiliar você a identificar se faz da vitimização o seu estilo de vida. Seja atento e sincero, pois essa descoberta é o primeiro e mais importante passo para alcançar a transformação que tanto almeja. Vamos a eles?

1) Você sempre se vê como uma excelente pessoa, mas que não teve sorte na vida nem nos relacionamentos?

2) Você acredita que dá o melhor de si e que só atrai pessoas que querem se aproveitar de você?

3) Você sempre encontra um culpado ou responsável pelo seu sofrimento ou problema que está passando?

4) Você tem mais lamentações do que alegrias para compartilhar?

5) Você frequentemente fala de fracassos, perdas, traições e dificuldades na vida?

6) Você é expert em fazer grandes sacrifícios pelos outros, sem que ninguém lhe peça?

7) Você sempre se sente carente e exige atenção, cuidados, apoio e carinho?

8) Você acredita que sua vida hoje tem muito a ver com a sua infância sofrida?

9) Você tem grande apego ao seu passado e ele continua como referência para suas ações presentes?

10) Você não perdoa com facilidade?

Agora sugiro que dê uma pausa nessa leitura e avalie com muita sinceridade:

O que você recebe de retorno do mundo está lhe deixando feliz?

Você tem bons relacionamentos e se sente aceita e amada pelo seu círculo familiar, de amizade, do trabalho, no seu relacionamento conjugal?

Se sua resposta for um “não” para qualquer das perguntas acima, você vai perceber que essa postura lhe traz exatamente o oposto do que você deseja.

Então, vamos entender um pouco mais sobre a vitimização e as possibilidades de libertação desse processo em você?

O dicionário online de português descreve o vitimismo como: “sentimento de ser vítima; sensação de quem está ou foi sujeito à opressão, maus-tratos, arbitrariedades, discriminação etc. Geralmente de quem tem sempre essa percepção sobre o que lhe acontece: sua vida não avança porque o vitimismo não a deixa.”.

Sigmund Freud, pai da psicanálise, nos apresenta o conceito de projeção e caracteriza esse comportamento como um mecanismo defensivo que a mente encontra para minimizar a ansiedade. Uma vez que os impulsos inconscientes e indesejados são projetados em outra pessoa.

A “vítima” projeta nas outras pessoas os próprios pensamentos, comportamentos e emoções que são julgados como inaceitáveis pela sua mente. Essa forma distorcida de enfrentar a realidade acaba blo- queando a sua autocrítica e a capacidade de avaliar racionalmente as situações cotidianas.

Podemos perceber esse comportamento nas justificativas apresentadas diante dos fracassos – “O meu chefe não gostava de mim e por isso me despediu” ou “Não passei no vestibular por que…” e assim por diante.

Uma das estratégias dos vitimistas é a manipulação emocional e, embora ela traga mais benefício do que problema em curto prazo, não é o que acontece no decorrer da vida, pois as pessoas, do seu círculo de relacionamentos, acabam se cansando de sofrer com as chantagens emocionais e muitas tendem a abandonar a relação.

O forte apego ao vitimismo se dá devido aos ganhos secundários, presentes em todos os quadros de adoecimento, sejam eles, físicos ou mentais. A “vítima” exige atenção e cuidados que, na maioria das ve-zes, são dispensados pelos outros na tentativa de não magoá-la. Geralmente é hipersensível, tende a distorcer qualquer assunto considerando-os como ofensa pessoal e, consequentemente, cria a maior confusão, ataca e acusa os outros com muita intolerância.

Eva Pierrakos informa que muitas vezes essa autoimagem idealizada impõe altos padrões morais que dificultam ainda mais a compulsão em negar a imperfeição presente no momento. O medo de se expor, o disfarce, a tensão, a culpa e a ansiedade reforçam a falsa pretensão imposta pelo eu idealizado e acaba impedindo a pessoa de aceitar-se como é no presente.

Embora existam facetas do eu idealizado que não podem ser consideradas boas, éticas e morais, como é o caso das tendências agressivas, hostis, arrogantes e ambiciosas, muitas vezes são exaltadas por algumas vítimas, por acreditarem que elas constituem prova de força, independência e superioridade.

Na maioria dos casos, existe uma combinação dos padrões morais superexigentes com o orgulho de ser invulnerável, distante e superior.

Muitas crises pessoais se originam desse dilema interno – o forte apego à autoimagem idealizada, mais do que qualquer outro problema de ordem externa.

É muito importante perceber esse padrão repetitivo e como ele se apresenta em sua vida e, partindo dessa percepção consciente, por meio do autoconhecimento, ir se aproximando do seu verdadeiro eu.

Quem sou eu realmente? Buscando responder a essa pergunta de maneira profunda, você permite que a sua intuição lhe mostre o caminho a ser seguido como uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento.

Ao seguir esse caminho, você percebe a autopunição que se impõe quando se vê diante dos fracassos e dos seus sentimentos de raiva, mesmo que projetados nos outros, mas que continuam reverberando contra você mesmo e provocando doenças, perdas, acidentes e fracassos exteriores sob as mais varia- das formas.

Como saber onde começou esse
padrão destrutivo?

Em regra ele começa na infância e nas relações parentais.

A falta de amor maduro e de afeto suficiente transformou essa carência em feridas, que ainda não foram tratadas adequadamente e continuam clamando de forma, muitas vezes inconsciente, esse retorno ao passado.

É somente por meio do autoconhecimento que você poderá chegar a um acordo com as mágoas, decepções e necessidades não satisfeitas e, como adulto, assumir a responsabilidade de realizar em você as mudanças que a criança ferida vem se propondo a realizar, ao recriar situações semelhantes às vividas no passado.

A partir dessas descobertas e na busca por um estilo de vida mais prazeroso, leve e feliz, um bom começo seria:

1) Aceitar, respeitar e valorizar-se como é, sem medo, sem condenação e sem rótulos.

2) Assumir suas falhas e erros sem projetá-los em ninguém.

3) Desistir de resolver os problemas familiares, de amigos ou pessoas próximas e conhecidas, limitando se apenas a contribuir caso lhe solicitem.

4) Aceitar dar um “não” como resposta às solicitações de terceiros quando não está disponível internamente para atendê-los.

5) Abandonar a necessidade de ser sempre bonzinho/boazinha.

6) Deixar de cobrar e esperar a retribuição das suas ações ou do reconhecimento delas.

7) Parar de culpar as pessoas e assumir a responsabilidade por tudo que lhe acontece e, a partir daí, fazer escolhas mais assertivas.

8) Ser autêntico e não precisar se esforçar para agradar.

9) Desapegar-se de todos os medos e traumas vividos na infância e assumir a responsabilidade de ser feliz no presente.

10) Agradecer pelas experiências vividas e conseguir praticar o perdão.

A psicoterapia pode ajudar você a ressignificar a sua história pelo desenvolvimento de uma percepção mais realista do mundo e de si mesmo. É preciso parar de olhar para fora e começar a olhar para dentro Não tenha medo de mergulhar com profundidade. É no fundo do mar que se encontram os tesouros naufragados e também é no mergulho mais profundo no interior do seu Ser que você vai se descobrir e se encantar!

Não estou querendo dizer que esse mergulho seja fácil, pois sei das dificuldades e dores a serem en- frentadas, apenas lhe afirmo que vale a pena pagar o preço da transformação. Resgate-se! Vá em busca do seu maior tesouro!

Por: Erocilda Gabriel de Lima

IMPIInstituto de Medicina e Psicologia Integradas

RT: Dalmo Garcia Leão CRM 4453

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Saúde

Erro médico faz mulher tratar por 6 anos câncer inexistente

Justiça de São Paulo condenou a Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente

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Uma mulher de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, recebeu uma indenização de R$ 200 mil da Amico Saúde, empresa médica que a submeteu a um tratamento de quimioterapia por seis anos por uma metástase óssea que nunca existiu. A Justiça de São Paulo considerou que houve erro médico de diagnóstico e tratamento, que causou danos físicos e psicológicos à paciente.

A mulher, que tinha 54 anos em 2010, foi diagnosticada corretamente com câncer de mama e fez uma mastectomia. Porém, em outubro do mesmo ano, um novo exame indicou que ela tinha metástase óssea, ou seja, que o câncer havia se espalhado para os ossos. Ela então iniciou um tratamento de quimioterapia, que continuou mesmo após mudar de plano de saúde em 2014.

Em 2017, os médicos do novo plano de saúde desconfiaram do diagnóstico e pediram um exame mais preciso, chamado PetScan, que revelou que a mulher não tinha metástase óssea. O resultado foi confirmado por outro exame em 2018 e por um laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

Um exame feito em 2010, na mesma época em que ela começou a quimioterapia, já havia apontado que a probabilidade de ela ter metástase óssea era baixa, mas esse dado foi ignorado pelos médicos da Amico Saúde. A Justiça não conseguiu explicar por que a mulher foi tratada de forma equivocada por tanto tempo, se por negligência ou por economia.

A mulher relatou que sofreu muito com os efeitos colaterais da quimioterapia, como dor, insônia, perda óssea, perda de dentes e limitação dos movimentos da perna. Ela também disse que viveu uma grande angústia psicológica, achando que iria morrer a qualquer momento. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora, porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais”, afirmou a defesa da paciente.

A sentença que condenou a Amico Saúde a pagar R$ 200 mil de indenização foi dada em primeira instância e confirmada pelo Tribunal de Justiça. O relator do recurso, o desembargador Edson Luiz de Queiroz, destacou que “a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado”.

No final de 2023, a Amico Saúde fez um acordo com a mulher e pagou os R$ 200 mil.

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Saúde

Menina de 8 anos se queixa de dores de cabeça, desmaia e morre após AVC

Maria Julia de Camargo Adriano estava na rede da casa onde morava em Ribeirão do Pinhal (PR) quando se queixou de dores na cabeça

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Uma tragédia abalou a família de Maria Julia de Camargo Adriano, de 8 anos, que morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no último sábado (6). A menina, que era natural de Paraná, tinha o sonho de ser veterinária e era muito inteligente e dedicada aos estudos.

Segundo relatos da família, Maria Julia começou a sentir fortes dores de cabeça e perdeu a consciência. Ela foi socorrida e levada ao hospital mais próximo, onde os médicos constataram que ela tinha um sangramento no cérebro.

Devido à gravidade do caso, ela precisou ser transferida duas vezes, até chegar ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde ficou internada na Unidade de terapia intensiva (UTI). Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu e teve a morte confirmada na segunda-feira (8).

A causa do AVC foi um aneurisma, uma dilatação anormal dos vasos sanguíneos, que se rompeu e provocou uma hemorragia cerebral. A tia de Maria Julia, Adriana, disse que a menina não tinha nenhuma doença pré-existente e que os médicos consideraram o ocorrido uma fatalidade.

O AVC é uma condição que afeta principalmente adultos, especialmente aqueles que têm fatores de risco como diabetes, obesidade e tabagismo. Em crianças, é muito raro e pode estar associado a alguma má formação na estrutura corporal.

A médica neurologista Adriana Moro explicou que o AVC em crianças é difícil de ser diagnosticado, pois não é uma suspeita comum quando há alguma alteração neurológica. Ela alertou para a importância de reconhecer os sintomas do AVC, como dor de cabeça, fraqueza, alteração da fala e visão, e procurar atendimento médico imediato.

A família de Maria Julia está devastada com a perda da menina, que era alegre, carinhosa e amava os animais. Eles pedem orações e apoio neste momento de dor e luto.

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Saúde

São Paulo regulamenta lei de distribuição de remédios à base de canabidiol

Os medicamentos devem estar disponíveis nos primeiros meses de 2024

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O estado de São Paulo deu um passo importante para garantir o acesso de pacientes com síndromes raras a medicamentos formulados à base de cannabis. Um decreto publicado em dezembro regulamentou a lei 17.618, que autoriza a distribuição de remédios à base de canabidiol no Sistema Único de Saúde (SUS) estadual.

O canabidiol é um dos compostos da planta da cannabis, conhecida popularmente como maconha. Ele tem propriedades terapêuticas que podem ajudar a controlar crises de epilepsia, problemas de desenvolvimento motor e cognitivo, entre outros.

A lei, sancionada em janeiro de 2023 pelo governador Tarcísio, beneficia pacientes que fazem tratamento para as síndromes de Dravet, Lennox-Gastaut e Esclerose Tuberosa. Essas são doenças raras que afetam o sistema nervoso e podem causar convulsões, atraso mental e tumores.

Segundo a secretaria de estado da Saúde, os medicamentos de cannabis medicinal já foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e devem estar disponíveis nos primeiros meses de 2024.

“Esses produtos fazem parte de um grupo de medicamentos já aprovados pela Anvisa. Esperamos que nos primeiros meses de 2024 nós já possamos beneficiar esse contingente de pacientes”, disse José Luiz Gomes do Amaral, assessor técnico da secretaria estadual de Saúde e médico coordenador da Comissão Técnica de regulamentação da lei.

O decreto foi resultado de um extenso trabalho de análise das evidências científicas sobre a eficácia e a segurança dos produtos derivados de cannabis para essas condições clínicas.

“Fizemos extensa análise das informações existentes na literatura e encontramos evidências suficientes para que possa recomendar para alguns pacientes portadores dessas três condições clínicas produtos derivados de cannabis, especificamente o canabidiol”, disse José Luiz.

O governador Tarcísio destacou a importância da medida para trazer esperança para as famílias que sofrem com essas síndromes.

“Estamos trazendo esperança para famílias que sofrem muito todos os dias com seus entes queridos tendo crises de epilepsia, problemas de desenvolvimento motor, de desenvolvimento cognitivos”, disse Tarcísio em janeiro.

Ele também ressaltou que a lei é baseada em comprovação científica e não em preconceito.

“Já temos comprovação científica de que o canabidiol resolve alguns problemas de algumas síndromes raras e temos que dar esse passo”, disse.

A regulamentação da lei também tem o objetivo de reduzir os custos e os riscos da judicialização de ações sobre o caso. Muitos pacientes recorrem à Justiça para obter os medicamentos de cannabis, o que sobrecarrega o orçamento público da saúde e pode comprometer a qualidade do tratamento.

“As ações judiciais impactam diretamente o orçamento público da saúde pública, privilegiando direitos individuais em detrimento das políticas públicas estabelecidas no SUS”, disse o governo de São Paulo em web matéria.

O decreto prevê ainda que o Comitê de Implementação, Atualização e Reavaliação da Política Estadual de Medicamentos Formulado à Base de Cannabis avalie periodicamente a possibilidade de incluir novas patologias no rol de doenças que possam se beneficiar desses medicamentos.

Além disso, o governo de São Paulo realizará sessões públicas para avaliar os fornecedores desse tipo de insumo, garantindo a transparência e a qualidade do processo.

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