O Projeto Conectando Vidas, do SUS, possibilita pacientes internados com covid-19 a se comunicarem com familiares e amigos por meio de videochamadas em tablets. A parceria foi firmada entre o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e o Hospital Sírio-Libanês, que doou cinco tablets.
As conversas têm dia e horário para acontecer e todos os envolvidos são avisados com antecedência para que não ocorra nenhum impedimento. Por serem conversas diárias, os pacientes internados conseguem ocupar parte do dia com momentos mais leves. Cada um deles decide aproveitar as conversas da maneira que melhor lhes ajudar.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, o projeto veio para humanizar o atendimento às vítimas da covid-19 e “reduzir o isolamento durante a internação”. As chamadas por vídeo começaram em 5 de novembro,
Como funciona
Os assistentes sociais do projeto visitam, diariamente, os pacientes internados para tratar a covid-19. Com isso, o convite é feito, caso seja aceito, os pacientes podem adicionar até três contatos, sendo eles amigos ou parentes. De posse dos números de contato, os assistentes sociais do projeto do SUS entram em contato para intermediar as marcações das videochamadas.
Por mais que sejam breves, as conversas, que duram até 10 minutos cada, ajudam não somente os pacientes, mas também todos os amigos e familiares, que ganham a chance de conversar com eles. Os assistentes sociais atualizam diariamente a lista de pacientes. Dessa forma, há um rodízio e todos que fizeram o cadastro, participam.
Comunicação em tempos de pandemia
O SUS criou, durante a pandemia, alternativas para que os familiares dos pacientes possam se comunicar tanto com os médicos quanto com a pessoa internada. Um dos objetivos, além da melhoria da comunicação, é o de cuidar da saúde mental dos pacientes, que podem desenvolver ansiedade e até depressão decorrentes da internação.
De acordo com a Secretaria de Saúde, há duas modalidades principais para facilitar a comunicação de quem está no hospital e os familiares e amigos. A primeira faz parte do Projeto Conectando Vidas, por meio do uso de tablets.
A segunda tem como objetivo o retorno do estado de saúde do paciente pela equipe médica que o acompanha.
“Boletim Médico Virtual (BMV): trata-se da videochamada realizada entre a equipe de saúde que cuida do paciente e a família dele. O objetivo desta modalidade é atualizar os familiares a respeito do quadro clínico do paciente e compartilhar decisões referentes ao planejamento terapêutico”, diz trecho do anúncio no site da pasta.
O programa vai selecionar hospitais no DF que são referência no enfrentamento à covid-19.