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Brasil

Transações de Pix acima de R$ 5 mil serão informadas à Receita Federal

A medida, que começou em 2025, amplia o monitoramento de movimentações financeiras para combater a evasão fiscal e sonegação de impostos


A partir de 1º de janeiro de 2025, a Receita Federal iniciou um monitoramento mais rigoroso das transações financeiras realizadas via Pix e cartões de crédito. A medida visa aprimorar a fiscalização e facilitar o combate à evasão fiscal. O anúncio das novas regras foi feito em setembro de 2024, mas só passou a valer no início deste ano.

De acordo com as novas diretrizes, as instituições financeiras serão responsáveis por informar à Receita Federal as transações realizadas por pessoas físicas que ultrapassem o valor de R$ 5 mil, bem como as feitas por pessoas jurídicas (empresas) que superem R$ 15 mil. A obrigação de reportar essas transações é mensal, e as informações serão enviadas ao Fisco semestralmente.

Essas alterações não impactam diretamente os usuários, já que são as instituições financeiras que se encarregarão de fornecer os dados, e não o cidadão comum. Além disso, os dados relativos a transações abaixo desses limites também poderão ser reportados, caso as instituições financeiras assim decidam.

Os primeiros relatórios devem ser enviados até o último dia útil de agosto de 2025, com o prazo para o segundo semestre se estendendo até fevereiro de 2026. A Receita Federal destaca que a implementação dessas regras não resulta em um aumento de tributação, mas sim em uma estratégia para melhorar o gerenciamento de riscos e assegurar maior transparência no sistema financeiro.

Com as novas exigências, entidades como administradoras de cartões de crédito e outras instituições de pagamento também precisam informar as transações através da plataforma e-Financeira, disponibilizada pela Receita. Para esclarecimento de dúvidas, a Receita forneceu o e-mail efinanceira.df@rfb.gov.br.

Saúde

Inteligência Artificial auxilia na detecção de câncer de mama, aponta estudo

Pesquisa na Alemanha revela que radiologistas que usaram IA identificaram mais casos da doença sem aumentar os falsos positivos

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Desses exames, 260.739 foram analisados com o apoio da IA, enquanto os outros 201.079 foram avaliados apenas pelos radiologistas

Estudos recentes têm demonstrado como a inteligência artificial (IA) pode acelerar o diagnóstico de diversas doenças e melhorar os tratamentos existentes. Um estudo recente realizado por cientistas da Universidade de Lübeck, na Alemanha, revelou que a IA pode ser uma ferramenta importante no auxílio ao diagnóstico de câncer de mama, contribuindo também para reduzir a carga de trabalho dos radiologistas.

A pesquisa, publicada na revista Nature Medicine em 7 de janeiro, mostrou que radiologistas que optaram por usar a IA conseguiram identificar um caso adicional de câncer de mama a cada mil exames realizados. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores examinaram exames de 461.818 mulheres entre julho de 2021 e fevereiro de 2023, em 12 locais de triagem de câncer de mama na Alemanha.

Desses exames, 260.739 foram analisados com o apoio da IA, enquanto os outros 201.079 foram avaliados apenas pelos radiologistas. A ferramenta de IA foi programada para rotular como “normais” os exames considerados não suspeitos, mas também emite um alerta quando detecta algo que ela considera “suspeito” que foi negligenciado pelo radiologista, sugerindo uma nova análise.

De acordo com o estudo, os profissionais que utilizaram a IA conseguiram identificar 6,7 casos de câncer de mama a cada mil exames, o que representa um aumento de 17,6% em relação aos 5,7 casos por mil exames identificados pelos radiologistas sem o auxílio da IA.

Além disso, as biópsias realizadas nas mulheres diagnosticadas com o apoio da IA mostraram que 64,5% delas realmente tinham células cancerígenas, contra 59,2% entre aquelas que não passaram pela análise da ferramenta. A “rede de segurança” da IA foi ativada 3.959 vezes no grupo que usou a ferramenta, resultando em 204 diagnósticos de câncer. Sem a análise da IA, 20 diagnósticos de câncer teriam sido perdidos, pois foram considerados “normais” pela ferramenta.

Em entrevista ao The Guardian, o professor Alexander Katalinic, coautor do estudo, afirmou que a tecnologia pode melhorar a taxa de detecção de câncer sem aumentar os danos causados às mulheres, além de aliviar a carga de trabalho dos radiologistas. O estudo também concluiu que a taxa de mulheres chamadas para exames adicionais não aumentou, o que significa que não houve aumento nos falsos positivos.

“Conseguimos obter uma taxa de detecção mais alta sem um aumento na taxa de falsos positivos. Esse é um resultado positivo, pois não causamos mais danos”, destacou Katalinic.

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Brasil

Polícia do Rio usa reconhecimento facial para identificar envolvidos em orgia no Arpoador

Imagens virais do Réveillon mostram cerca de 30 homens praticando atos libidinosos; investigação está sendo conduzida pela 14ª DP com apoio da tecnologia de identificação

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Imagem - Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma investigação para identificar os cerca de 30 homens envolvidos em uma orgia sexual registrada na Pedra do Arpoador durante o Réveillon. As imagens, que foram filmadas durante a madrugada e se espalharam rapidamente nas redes sociais, estão sendo analisadas pela polícia com o auxílio da tecnologia de reconhecimento facial.

Através do uso dessa tecnologia, as imagens captadas serão enviadas ao Instituto Félix Pacheco, que, em parceria com o Detran, cruzará os dados das pessoas registradas nas imagens. Esse processo envolve uma análise manual dos peritos, que buscarão encontrar possíveis correspondências nos registros civis e criminais dos indivíduos. Após essa análise, a polícia terá uma lista com as identidades que mais se assemelham às imagens e, a partir daí, os investigadores decidirão a melhor forma de abordar os suspeitos, que serão convocados a prestar esclarecimentos.

O uso do reconhecimento facial pela Polícia Civil não é algo novo no Rio, já que a Polícia Militar começou a empregar essa ferramenta em 2023, especialmente em eventos como o Carnaval de 2024 e o Réveillon de 2025, com o objetivo de realizar ações preventivas e de segurança.

O incidente gerou grande repercussão após o vídeo, que mostrou os atos libidinosos cometidos na Pedra do Arpoador, se tornar viral no X (antigo Twitter). O evento foi apelidado de “Surubão do Arpoador” e é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Até o momento, não há registros de prisões ou intimações relacionadas ao caso, que está sendo investigado pela 14ª DP (Leblon).

A polícia assegura que o processo de identificação dos envolvidos seguirá os critérios internacionais de segurança para garantir a proteção dos indivíduos e da investigação.

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Brasil

Mulher denuncia injúria racial após receber e-mail com a saudação ‘Olá, macaca’, da Magazine Luiza

Cliente relata revolta e tristeza após ser alvo de ofensa em e-mail automático da loja; empresa pede desculpas e adota medidas corretivas

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E-mail recebido pela cliente

A cozinheira Susan de Sousa Sena, de 35 anos, foi alvo de injúria racial ao receber um e-mail com a saudação “Olá, macaca” após atualizar seu cadastro na loja Magazine Luiza no sábado (4). A cliente, residente de São Paulo, estava comprando uma máquina de lavar pelo aplicativo da loja e precisou atualizar seus dados, incluindo o e-mail e a senha.

Susan explicou à TV Globo que completou o processo de recuperação de conta e seguiu com sua compra normalmente, recebendo confirmações automáticas por e-mail. Porém, no dia seguinte, ao verificar se havia alguma mudança no status de entrega, se deparou com um e-mail incomum, no qual foi saudada de forma desrespeitosa.

A Magazine Luiza informou que o erro não estava relacionado ao processo de biometria feito pela cliente, que é totalmente digital, sem qualquer interação humana. A empresa também esclareceu que o ocorrido estava relacionado a um cadastro antigo, feito em 2011, no qual alguém teria registrado erroneamente o sobrenome de Susan como “macaca”.

Uma funcionária do setor de diversidade e inclusão da loja entrou em contato com Susan, pediu desculpas e explicou o erro. No entanto, Susan expressou sua indignação com o incidente, destacando o impacto emocional do episódio e o longo histórico de racismo em sua vida.

O caso foi registrado como injúria racial na Delegacia do 50° Distrito Policial do Itaim Paulista, que segue investigando o ocorrido.

Em nota, a Magazine Luiza lamentou o episódio e afirmou que adotou medidas para evitar que situações semelhantes aconteçam, como a exclusão do campo “apelido” dos formulários cadastrais e a criação de uma lista de palavras inapropriadas para vetar durante o preenchimento. A empresa ressaltou ainda seu compromisso com a diversidade e inclusão, mencionando as ações sistemáticas de conscientização de seus funcionários.

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