A Universidade de Brasília (UnB) divulgou nesta semana que realizará em parceria com o Conselho Regional de Odontologia do Distrito Federal (CRO-DF) e com o Serviço Social do Comércio, um estudo para conhecer as medidas e condições de biossegurança e os procedimentos de distanciamento social adotados pelos dentistas.
A pesquisa será coordenada pela professora Erica Negrini Lia, responsável pelo Departamento de Odontologia da UnB e contará com a participação de cirurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal e prótese dentária.
Além da segurança e mapeamento dos profissionais infectados pelo coronavírus, a pesquisa também pretende realizar testes rápidos para detecção de anticorpos contra o SARS-CoV-2. Os testes serão aplicados de forma gratuita na residência ou ambiente de trabalho dos dentistas selecionados para o estudo.
Linha de frente
Desde que a Covid-19 se instalou no Brasil, de acordo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), 82% dos profissionais da área odontológica continuaram a exercer suas funções durante a pandemia.
Ainda segundo levantamento feito pelo órgão entre o mês de junho e julho, do total, 72% dos entrevistados disseram continuar trabalhando com as restrições exigidas, nas quais abrangem alteração do horário de atendimento, menor número de auxiliares, prioridade para urgências e emergências; 10% afirmaram continuar trabalhando sem qualquer tipo de restrição e 18% interromperam os trabalhos nesse período.
Segundo o presidente da Tomada de contas do CRO-DF, Ricardo Fabris Paulin, 43, a pesquisa é de extrema importância para a segurança da classe dos profissionais de odontologia.
“O estudo desenvolvido é muito importante, porque nós, cirurgiões-dentistas, precisamos saber a real taxa de infecção entre os profissionais da classe”.
Ricardo ainda informou, “que com a parceria entre o SESC, UnB e CRO, ficará mais fácil propor melhorias e mapear os dentistas que foram infectados pelo vírus dentro e fora do ambiente de trabalho”.