Distrito Federal

Homem sofre mal súbito e morre após ser vítima do golpe do falso sequestro

Genilson Oliveira, de 49 anos, foi informado por telefone que irmã havia sido sequestrada

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Foto: Reprodução

Um trágico incidente ocorreu em Samambaia, no Distrito Federal, resultando na morte de um homem após sua família receber uma ligação informando sobre o sequestro de sua irmã. Infelizmente, o telefonema era parte de uma tentativa de golpe, mas o susto foi tão intenso que o comerciante Genilson Oliveira, de 49 anos, passou mal e veio a falecer.

O caso ocorreu na madrugada da última terça-feira (6) e está sendo investigado pela Polícia Civil. Geraldo Oliveira, pai de Genilson e quem atendeu a ligação, relatou que, após encerrar a chamada, conseguiu falar com a irmã do comerciante e confirmou que se tratava de um golpe. No entanto, naquela mesma madrugada, Genilson passou mal e desmaiou, segundo seu pai.

Apesar do socorro prestado pelo Corpo de Bombeiros, Genilson não resistiu. “Ele foi tomar água para dormir, mas caiu antes de chegar no filtro”, disse Geraldo.

A família informou que Genilson tinha pré-diabetes e hipertensão, condições que podem ter contribuído para seu mal-estar após o susto do falso sequestro. “Ele [o golpista] falou que levaria a vida da minha filha, mas levou a do filho, que para nós era tudo. Ele era um bom pai, um bom filho. Abalou muito a nossa família. Nós estamos em pedaços”, afirmou Geraldo.

O caso foi registrado na 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia Norte, e o delegado Fernando Fernandes declarou que, nessa situação, os criminosos podem ser responsabilizados por extorsão, estelionato, homicídio culposo e até mesmo homicídio doloso, com dolo eventual. A linha telefônica usada na ligação já foi identificada, e a polícia está investigando o crime desde as primeiras horas.

O delegado solicitou que qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso entre em contato com a corporação pelo telefone 197. As denúncias podem ser feitas anonimamente. Segundo a Polícia Civil, golpes como esse geralmente são aplicados por criminosos de dentro de presídios, que não conhecem suas vítimas. A orientação da polícia é entrar em contato com a pessoa que os suspeitos alegam ter sequestrado e, em nenhuma circunstância, fornecer dados pessoais.

O cardiologista Carlos Rassi explicou que situações de muito estresse podem liberar hormônios no organismo que levam à morte. No caso de pessoas com histórico de saúde como Genilson, que tinha pré-diabetes e hipertensão, o risco é ainda maior. “Situações muito estressantes podem levar a uma grande liberação de hormônios do estresse, como adrenalina e noradrenalina na corrente sanguínea”, explicou.

Segundo o especialista, essa liberação pode levar ao fechamento dos vasos sanguíneos que nutrem a musculatura cardíaca, causando um “evento isquêmico” em que o músculo fica privado de nutrientes e pode sofrer morte celular. Isso pode desencadear arritmias graves e resultar na morte do paciente.

O tratamento nesses casos deve ser realizado o mais rápido possível. Quanto mais rápido a pessoa receber assistência médica, maiores são as chances de sobrevivência.

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