As cirurgias eletivas no hospitais regionais do Distrito Federal têm o prazo estendido em, pelo menos, mais uma semana. A decisão anterior permitiu que os procedimentos acontecessem até essa segunda-feira (7). Contudo, a Secretaria de Saúde decidiu manter a autorização até o dia 14 de dezembro.
Enquanto durar o inquérito epidemiológico no DF, as cirurgias poderão continuar. Após o resultado do estudo, a pasta terá maior ciência da taxa de contaminação do vírus na unidade federativa. A princípio, o inquérito será para analisar possíveis medidas de combate a uma segunda onda na capital.
De acordo com a Secretaria, caso os números sejam otimistas, as cirurgias eletivas ficam autorizadas até segunda ordem. Caso sejam dados preocupantes, o GDF deverá revogar a portaria.
Segundo o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, a taxa de ocupação dos leitos com suporte de ventilação mecânica está em 56,44%. As cirurgias eletivas vêm para desafogar a fila de pacientes que não estão com covid-19. Sendo assim, as especialidades disponíveis até o momento são: cirurgias oncológicas, cardiovasculares, transplantes e judicializadas durante todo o período em que as cirurgias eletivas estavam suspensas.
Cirurgias em tempos de pandemia
Segundo dados levantados pela pasta, a média de cirurgias realizadas até novembro só perde para o ano de 2019. Mesmo com a pandemia as cirurgias continuaram acontecendo ao longo do ano. Após a suspensão decretada pelo governo, algumas cirurgias continuaram acontecendo. São elas: oncológicas, cardiovasculares, transplantes e judicializadas.
De acordo com a pasta, o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, comentou que apesar de toda a questão de distanciamento social e medidas de higiene, as cirurgias no DF continuaram a todo vapor.
“Estamos com a segunda maior produção de cirurgias hospitalares, menor apenas que a do ano de 2019, mesmo em ano de pandemia da Covid-19. É propício, com muita segurança, por questões técnicas, oferta de leitos e de abastecimento de insumos. Precisamos atender às necessidades de toda a nossa população, seja por Covid ou não Covid”, afirma Sanchez.
Apesar da volta possivelmente temporária das cirurgias eletivas na rede pública de saúde, os números em alguns hospitais da capital federal são positivos. Apesar das restrições, instituições como o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) aumentou em 21% o número de cirurgias ortopédicas neste ano. Ao todo, foram cerca de 196 até novembro.
Já o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) realizou em torno de 280 cirurgias gineco-oncológicas apenas de janeiro a setembro deste ano. Dessa forma, se comparado com todo o ano de 2019, o hospital teve 100 cirurgias a mais, apenas dessa especialidade. Por fim, isso representa um crescimento de 56% nesse tipo de procedimento.