Uma mulher de 44 anos morreu na fila do Cras após sofrer um infarto, na madrugada desta terça. A mulher esperava na fila há 8 dias. Ainda segundo testemunhas, ela começou a passar mal por volta das 4h, com sinais de infarto.
No Distrito Federal existem 29 postos do Cras. O órgão realiza o cadastramento e as atualizações de cadastros da população de baixa renda, inscrita no CadÚnico. E, portanto, também está sob supervisão da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF).
A Secretária de saúde do DF emitiu uma nota hoje, lamentou a morte da mulher e responeu a imprensa.
“A vítima se sentiu mal nas proximidades do CRAS Paranoá por volta das 20h, segundo relatos de pessoas próximas, mas não procurou atendimento médico. Às 4h18, há registro de um chamado telefônico realizado ao SAMU, mas aos 41 segundos de atendimento, a ligação foi interrompida pelo solicitante. Registra-se que o médico regulador sequer teve oportunidade de ser informado do quadro da paciente”.
Ainda segundo nota da SES-DF, “às 4h26, a senhora Janaína deu entrada no Hospital Regional do Paranoá e foi atendida prontamente. Ela apresentava cianose de face (rosto roxo), corpo rígido e pupilas medio fixas. Na emergência, os profissionais utilizaram técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) conforme determinam os protocolos. Às 5h, após várias tentativas, foi declarado óbito da paciente. Foi solicitada necropsia do corpo para identificar a causa da morte.”