A Secretaria de Saúde renovou nessa segunda-feira (4) o prazo para hospitais regionais do DF realizarem cirurgias eletivas. A autorização vale por menos mais uma semana. Dessa forma, no dia 11 de janeiro a pasta deve analisar como está a taxa de contaminação da covid-19 e emitir ou não a autorização.
Desde o começou do Inquérito Epidemiológico a Secretaria analisa diariamente o cenário epidemiológico da Covid-19 no DF. A taxa de transmissão que antes estava em 1,3 hoje está em 0,74, é levada em consideração. A ocupação de leitos de UTI para covid-19 e a média móvel de casos e mortes pela doença causada pelo novo coronavírus também são analisadas.
As cirurgias eletivas englobam as seguintes especialidades: pediátrica, ortopédica, plástica, geral e coloproctologia. Desde outubro, voltaram a ser feitos procedimentos oftalmológicos, urológicos, ginecológicos e vasculares, segundo a pasta.
Ao passo que as cirurgias eletivas no DF permanecem acontecendo nos hospitais regionais, o Governo do Distrito Federal (GDF) realiza o Inquérito Epidemiológico para estudar a taxa de contaminação da doença. Os estudos começaram no dia 2 de dezembro. Ceilândia foi a primeira cidade a receber a equipe da Secretaria de Saúde.
Cirurgias eletivas na pandemia
Segundo dados levantados pela pasta, a média de cirurgias realizadas até novembro só perde para o ano de 2019. Mesmo com a pandemia as cirurgias continuaram acontecendo ao longo do ano. Após a suspensão decretada pelo governo, algumas cirurgias continuaram acontecendo. São elas: oncológicas, cardiovasculares, transplantes e judicializadas.
De acordo com a pasta, o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, comentou que apesar de toda a questão de distanciamento social e medidas de higiene, as cirurgias no DF continuaram a todo vapor.
“Estamos com a segunda maior produção de cirurgias hospitalares, menor apenas que a do ano de 2019, mesmo em ano de pandemia da Covid-19. É propício, com muita segurança, por questões técnicas, oferta de leitos e de abastecimento de insumos. Precisamos atender às necessidades de toda a nossa população, seja por Covid ou não Covid”, afirma Sanchez.
Apesar da volta possivelmente temporária das cirurgias eletivas na rede pública de saúde, os números em alguns hospitais da capital federal são positivos. Apesar das restrições, instituições como o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) aumentou em 21% o número de cirurgias ortopédicas neste ano. Ao todo, foram cerca de 196 até novembro.
Já o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) realizou em torno de 280 cirurgias gineco-oncológicas apenas de janeiro a setembro deste ano. Dessa forma, se comparado com todo o ano de 2019, o hospital teve 100 cirurgias a mais, apenas dessa especialidade. Por fim, isso representa um crescimento de 56% nesse tipo de procedimento.