Distrito Federal

Praticantes de “rachas” no DF são alvos de investigação da Polícia Civil

Se condenados, pena pode chegar a até dez anos de reclusão

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Foto: Rayra Paiva Franco/O Panorama

Após alguns acidentes de trânsito envolvendo alta velocidade, a Polícia Civil do DF começou a investigar possíveis “rachas” na região. Na manhã desta terça-feira (10), os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra envolvidos em corridas veiculares ilegais.

Investigadores apreenderam dois veículos com modificações em Ceilândia e Taguatinga. Eles participaram de “rachas” nas vias da cidade nos últimos meses, segundo investigação dos agentes. De acordo com a corporação, não houve prisões.

Outros 30 veículos tiveram alterações para poder correr nos rachas durante a madrugada. As inscrições para as disputas são por meio das redes sociais a fim de dificultar que a Polícia descubra. Segundo a nota da PCDF para a imprensa, os suspeitos ingeriam bebidas alcoólicas antes de disputarem corridas, aumentando ainda mais o risco de acidentes.

“Além do crime de direção perigosa, previsto no Código de Trânsito Brasileiro, foi apurado que os participantes dos eventos consumiam bebidas alcoólicas antes das corridas, aumentando o risco para terceiros”, diz trecho da nota.

Os suspeitos chegavam a divulgar fotos dos velocímetros marcando três vezes a velocidade permitida nas vias onde ocorriam as disputas.

Pena para “rachas”

O Código de Trânsito Brasileiro sofreu alterações para que a prática de “rachas” tivesse um aumento nas penas. Em 2014 a ex-presidente Dilma Rouseff sancionou lei que aumenta a pena da prática de “racha” em via pública que resultar em morte, de cinco a dez anos de reclusão. Em casos de lesão corporal grave, a pena fica entre três e seis anos de prisão.

O consumo de bebida alcoólica antes das disputas aumenta ainda mais o risco de acidentes, além de o motorista também se encaixar na Lei Seca. A multa pode chegar a R$ 2.934,70, além de outras sanções, como pontos na carteira habilitação e retenção do veículo. Por fim, o motorista terá a CNH suspensa por 12 meses.

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