Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele? Perda de sensibilidade? Fraqueza nas mãos e nos pés? Esses são alguns dos sintomas que podem indicar a presença da hanseníase, uma doença bacteriana que afeta principalmente a pele e os nervos. A boa notícia é que, até o próximo dia 12, a Carreta da Hanseníase estará na Asa Norte para fazer testes e tirar dúvidas de quem suspeita ter a doença.
A unidade móvel fica estacionada na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 até esta sexta-feira (5), e passará a próxima semana no Hospital Universitário de Brasília (HUB). A iniciativa é uma parceria entre Secretaria de Saúde e Ministério da Saúde, com o apoio do Hospital Universitário de Brasília, da Fundação Novartis e do Grupo de Apoio a Mulheres Atingidas pela Hanseníase (Gamah).
A hanseníase apresenta manchas que apresentam alteração ou perda de sensibilidade na pele. A ausência de tratamento pode levar a sequelas incapacitantes, como mão em garra e cegueira. Em casos ainda mais graves, o paciente tem chance de perder pedaços dos dedos ou dos pés. Por isso, é essencial buscar o diagnóstico precoce para evitar o avanço da doença.
A Carreta da Hanseníase oferece exame clínico da pele e baciloscopia para quem está com sintomas e teste rápido para contactantes. Além disso, a unidade móvel conta com quatro consultórios e uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, dermatologistas, médicos e enfermeiros.
O dermatologista Pedro Zancanaro, diretor de Atenção Primária à Saúde, garante que a unidade móvel oferece o necessário para a detecção da doença. “Quem tiver dúvidas em relação a manchas presentes no corpo pode vir para receber atendimento. Pacientes diagnosticados com a doença já desembarcam do veículo com as primeiras medicações em mãos”, afirma Zancanaro.
A Carreta da Hanseníase está nas ruas do Distrito Federal desde 17 de abril, já passou pela região norte, em Planaltina e Sobradinho, e fica na região central até o dia 12. As atividades seguem até o dia 30 de junho. Os interessados podem acompanhar as próximas paradas pelas redes sociais da Secretaria de Saúde.
A comerciante Maria da Paz, 54 anos, comemorou a chegada da unidade móvel à Asa Norte. Com uma pequena mancha no tórax, ela aproveitou para ver o que era. “O atendimento foi ótimo, muito rápido. E eu saí mais tranquila, sabendo que não tenho nada grave”, conta.
Já a bancária Rosângela de Oliveira, 50 anos, não tinha nenhuma mancha suspeita, mas decidiu ir ao local para tirar algumas dúvidas. “Vou recomendar o serviço para a minha amiga também, ela poderá fazer os testes necessários para saber se está com a doença”, afirmou.
