Começou nesta segunda-feira (10) a campanha de vacinação contra a gripe (vírus influenza) para todos os grupos vulneráveis no Distrito Federal. Desde o fim de março, crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias podem ser imunizadas. A vacina pode ser aplicada com outras e é essencial para reduzir o número de internações, complicações e mortes pela doença.
Nessa nova etapa, a vacina abrange idosos com 60 anos ou mais, gestantes e puérperas, professores das escolas públicas e privadas, trabalhadores da saúde, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, caminhoneiros, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento, equipes das forças armadas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, pessoas privadas de liberdade, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente e povos indígenas.
Todos os postos de vacinação estão disponíveis no site da Secretaria de Saúde (SES). Espera-se que 1.137.399 pessoas sejam vacinadas.
“Apenas hoje à tarde, já apliquei 30 doses contra a gripe”, afirma a técnica de enfermagem Cynthia Dourado de Sá, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 03, da Vila Planalto. O público mais presente tem sido o de idosos com mais de 60 anos e o de pessoas com comorbidade.
A vacina aplicada protege contra os vírus A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09, A/Darwin/9/2021 (H3N2) e B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria) e foi desenvolvida a partir das cepas em circulação no Brasil. Após a imunização, leva duas a três semanas para detectar anticorpos contra a doença. A duração varia de seis a 12 meses, dependendo do indivíduo.
O Ministério da Saúde estabeleceu a meta de vacinar pelo menos 90% das pessoas de cada um dos grupos prioritários. Em 2022, o índice de adesão da população foi inferior ao esperado: o maior foi entre os idosos com mais de 60 anos, chegando a 73,3%. Menos da metade das gestantes (47,5%) e das puérperas (48,2%) procuraram um dos locais de vacinação. A cobertura ficou em 59,7% para crianças, 62,8% para professores, 52,8% para trabalhadores de saúde e 31,7% de pessoas com comorbidades. Das 933.502 doses aplicadas no DF no ano anterior, 575.698 (61,7%) foram para os públicos prioritários. As demais foram aplicadas após a liberação para todos os públicos.