Na última segunda-feira (6), o presidente Donald Trump determinou que discentes estrangeiros matriculados em instituições com aulas 100% on-line, deixassem o país ou ingressassem em universidades ou escolas que oferecessem ensino presencial.
Segundo o jornal “The New York Times”, a decisão do presidente pode ser vista como uma tentativa de pressionar as universidades a reabrir os campi para a oferta do ensino presencial.
Em uma mensagem à comunidade universitária, o presidente de Harvard, Lawrence Bacow, afirmou que a regra veio sem aviso e que é cruel e imprudente.
“Aparentemente ela foi feita propositalmente para pressionar as universidades a abrir as classes presenciais para aulas neste outono (do hemisfério Norte) sem considerar as preocupações com a saúde e segurança dos estudantes, professores e outros”, afirmou Bacow.
A determinação é válida para alunos que tenham os vistos F-1 e M-1 e será posta em prática a partir da retomada do ano letivo, que ocorre em setembro. Caso não seja possível o estudante cumprir com a determinação das autoridades imigratórias dos Estados Unidos, esta poderá aplicar sanções que incluem a remoção do discente ao país de origem.
“Caso estudantes que se vejam nessa situação, eles devem deixar o país ou tomar medidas alternativas para manter o status de não imigrante, como uma carga horária reduzida ou apresentar atestado médico apropriado”, informou o departamento de Imigração e Alfândega dos EUA.
Os alunos que tiverem visto F (para cursos acadêmicos) e aulas à distância e presenciais, os EUA permitirá que este estudante curse uma ou mais disciplinas on-line, desde que não seja o curso inteiro na modalidade EaD.
Porém, essa brecha não é válida para estudantes que tenham visto M (para educação profissionalizante) ou para pessoas que estejam no país para estudar inglês. Para os estrangeiros que se encontram nessa condição, a única alternativa será encontrar uma escola ou faculdade que ofereça todas as aulas presencialmente.
Por Willian Netto – Edu Notícias