Economia

Economia brasileira cresce 1,9% no primeiro trimestre, mostra IBGE

Resultado positivo corresponde à maior variação do PIB para o período compreendido entre janeiro e março desde 2010

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

A economia brasileira registrou um crescimento de 1,9% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o último trimestre do ano anterior, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (1º).

Essa alta trimestral é a mais expressiva desde o período de outubro a dezembro de 2020 (+3,4%). Ao analisar somente o primeiro trimestre, trata-se do melhor desempenho da economia nesse período desde 2010 (+2,2%).

Na comparação com os primeiros três meses de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4%. Já no acumulado dos quatro trimestres encerrados em março, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país teve um aumento de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Esse resultado positivo do PIB reverte a desaceleração da economia registrada no último trimestre de 2022, quando houve uma queda de 0,1% em relação ao período de julho a setembro. Em termos nominais, a economia totalizou R$ 2,6 trilhões em valores correntes.

O setor agropecuário foi o principal impulsionador desse crescimento trimestral positivo, com um aumento de 21,6%. Essa alta representa o maior crescimento desde o quarto trimestre de 1996. Segundo Rebeca Palis, coordenadora responsável pela pesquisa, os problemas climáticos limitaram o desempenho desse setor no ano passado, mas essa situação foi revertida no início de 2023.

Ela afirma que este ano está prevista uma safra recorde de soja, que representa cerca de 70% da produção agrícola no trimestre, com um crescimento de mais de 24% na produção. A safra da soja é concentrada no primeiro semestre do ano, o que explica o expressivo crescimento do setor agropecuário ao comparar o último trimestre de um ano ruim com o primeiro trimestre de um ano bom.

No que diz respeito aos outros setores, o setor de serviços, que representa cerca de 70% do PIB nacional e possui o maior peso no indicador, registrou um crescimento de 0,6% no período. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelos setores de Transportes e Atividades Financeiras, que tiveram um crescimento de 1,2%.

Por outro lado, o setor de informação e comunicação apresentou a maior queda (-1,4%) no primeiro trimestre em relação aos serviços. Rebeca destaca que essa queda pode ser explicada, em grande parte, pelo fato de essa atividade ter tido um crescimento significativo após a pandemia, e agora encontra-se 22,3% acima do nível do quarto trimestre de 2019.

No setor industrial, houve estabilidade (-0,1%) no primeiro trimestre de 2023, sendo influenciado pelas quedas na produção de bens de capital e bens intermediários. No entanto, a atividade de eletricidade, água, gás, esgoto e gestão de resíduos apresentou um crescimento de 6,4%,

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