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Automobilismo

Eric Granado corre para ser primeiro campeão mundial do país na moto

Vice-líder na MotoE, piloto conclui temporada 2021 neste fim de semana

Foto: Alex Firenelli/One Energy Racing

O fim de semana pode ser histórico para o esporte a motor brasileiro. No sábado (18) e no domingo (19), Eric Granado disputa as duas últimas etapas da temporada 2021 da MotoE, categoria das motos elétricas, com a possibilidade de ser o primeiro piloto do país a ser campeão mundial na motovelocidade.

O paulista de 25 anos ocupa o segundo lugar na classificação, com 73 pontos, a sete do italiano Alessandro Zaccone, que lidera o campeonato, e um ponto a frente do espanhol Jordi Torres, atual campeão, que aparece em terceiro. O suíço Dominique Aegerter é o quarto, com 69 pontos. Os 15 primeiros colocados da prova somam pontos, sendo que o vencedor leva 25 pontos. O pole position (piloto que larga na primeira posição) e o responsável pela melhor volta da corrida recebem pontos de bonificação.

“A expectativa está muito boa. Fizemos uma ótima temporada, fui rápido em todos os circuitos e estou muito confiante. Feliz de chegar com ótimas possibilidades de brigar pelo título. É a primeira vez que consigo”, celebrou Granado à Agência Brasil.

As duas provas valem pelo Grande Prêmio de San Marino e Riviera e de Rimini, no circuito de Misano (Itália). Neste sábado, a corrida inicia às 11h20 (horário de Brasília). No domingo, a largada será às 10h30.

“Em relação à estratégia, temos de ir por partes. A primeira prova será muito importante para sabermos as possibilidades reais de domingo e pensarmos em uma estratégia diferente, começarmos a usar a calculadora. Tudo pode acontecer. O mundo ideal é terminar [sábado] na frente deles [Zaccone, Torres e Aegerter]. O objetivo é manter a mesma linha de trabalho e pontuar. Serão dois dias bem diferentes. Corridas curtas, alto nível, outros pilotos brigando no bolo da frente. Serão dois dias muito intensos”, projetou o brasileiro.

Apesar da vice-liderança, Granado tem motivos para acreditar na virada. Após cinco provas, o paulista é o piloto com mais vitórias (duas), poles (quatro) e voltas mais rápidas (quatro) na temporada. O brasileiro esteve no pódio nas últimas duas etapas, ao vencer o Grande Prêmio da Holanda, em Assen, e chegar em segundo no da Áustria, em Spielberg, reduzindo de 28 para sete pontos a diferença para o líder Zaccone. Ele só não pontuou no Grande Prêmio da Catalunha, em Barcelona (Espanha), terceira corrida da competição, devido a um problema elétrico na largada.

“Foi a corrida que mais me doeu. O problema técnico não depende de ninguém, a máquina é que falha. Foi a que mais prejudicou. Mas as estatísticas são boas, favoráveis. Levo como motivação, de saber que posso ser o mais rápido e que, neste fim de semana, vou continuar na mesma linha para somar o máximo de pontos possíveis”, comentou o piloto.

Se levar o título no fim de semana, Granado entra em um seleto grupo de brasileiros campeões mundiais nos esportes a motor, atualmente composto por pilotos do automobilismo, como Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi, todos da Fórmula 1. O último a ingressar na lista foi Lucas di Grassi com o título da Fórmula E (categoria de carros elétricos) em 2017.

Na motovelocidade, Alex Barros foi o brasileiro que chegou mais perto de conquistar o mundo. Entre 2000 e 2002, e em 2004, o paulista terminou a categoria hoje conhecida como MotoGP, a mais importante do Mundial da modalidade, na quarta posição.

“Sei que [o título da MotoE] é algo importante para nosso esporte no Brasil. Isso dá uma motivação extra, saber que há muita gente torcendo e apoiando. Na real, não penso muito nisso [tamanho do possível feito]. Quero pensar mais no meu trabalho. Se voltar para casa no domingo com a certeza de que fiz o melhor e que ele foi suficiente para vencer, a missão estará concluída”, disse Granado.

“A única certeza é que estarei com a bandeira do Brasil [na moto]. Sempre sonhei poder comemorar um título com a bandeira, como vi várias vezes, em documentários, o Senna e outros pilotos que representam o país fazerem. O que mais penso é em como ser competitivo neste fim de semana e levar o resultado para casa”, concluiu o brasileiro.

Por: Agência Brasil

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Automobilismo

Venda de carros elétricos e híbridos dispara no Brasil com investimento das montadoras chinesas

Em 5 anos, mercado cresceu 1.400%. Em 2023, avanço foi resultado da estratégia agressiva de preços e marketing das empresas GWM e BYD

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O mercado brasileiro de carros elétricos e híbridos vem registrando um crescimento expressivo nos últimos anos, impulsionado pela entrada de novos modelos e marcas, especialmente as de origem chinesa. Segundo dados da consultoria automotiva Jato Brasil, as vendas desses veículos aumentaram quase 1.400% entre 2018 e 2023, passando de 3.970 para 59.173 unidades. Hoje, eles representam quase 5% do total de veículos de passeio vendidos no país.

Entre as montadoras que se destacam nesse segmento estão a BYD (Build Your Dreams) e a GWM (Great Wall Motors), que oferecem carros com preços competitivos e tecnologia avançada. A BYD é líder no mercado de 100% elétricos, com o modelo Dolphin, que custa entre R$ 150 mil e R$ 180 mil e foi lançado em junho deste ano. Em julho, a empresa importou 3 mil unidades do carro, que se tornou o elétrico mais vendido no Brasil. A GWM é líder no mercado de híbridos plug-in, que combinam um motor elétrico e outro a combustão, com o modelo Haval H6, que custa a partir de R$ 214 mil.

As duas empresas chinesas têm planos ambiciosos para o Brasil. A GWM anunciou um investimento de R$ 10 bilhões em dez anos, incluindo a compra de uma fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), onde pretende produzir dois novos modelos híbridos a partir de 2024. A BYD está no país desde o início dos anos 2010, atuando inicialmente no segmento de veículos pesados, como ônibus e caminhões elétricos. A empresa também tem uma fábrica em Campinas (SP), onde produz painéis solares e baterias.

Para os especialistas do setor automotivo, o avanço das montadoras chinesas é uma tendência irreversível e benéfica para o consumidor brasileiro, que terá mais opções de carros sustentáveis e econômicos. Eles também apontam que as empresas nacionais e estrangeiras terão que se adaptar à nova realidade e investir mais em inovação e qualidade para não perder espaço no mercado.

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Xiaomi recebe aprovação do governo para fabricar veículos elétricos na China

Gigante de smartphones planeja produção em massa de carros elétricos a partir de 2024; Xiaomi já vende SUV na China desde 2019

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A Xiaomi, uma das maiores fabricantes de smartphones e dispositivos eletrônicos do mundo, deu um passo importante para entrar no mercado de carros elétricos na China. A empresa recebeu a aprovação da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), o principal órgão de planejamento econômico do país, para iniciar a produção de veículos movidos a energia elétrica.

A Xiaomi ainda precisa da permissão do Ministério da Indústria e Informação (MIIT), que regula o setor automotivo, para começar a fabricar e vender seus carros elétricos. A expectativa é que a empresa lance seu primeiro modelo, o sedã MS11 EV, em 2024. O carro teria uma autonomia de 800 km e custaria cerca de R$ 300 mil na China, segundo informações divulgadas na internet.

A Xiaomi enfrentará uma forte concorrência no mercado de carros elétricos, que já conta com gigantes como Tesla, Nio e BYD. A empresa anunciou que investirá US$ 10 bilhões em dez anos para desenvolver sua divisão automotiva. Além disso, a empresa já construiu fábricas modernas em Pequim, com capacidade para produzir 200 mil carros elétricos por ano.

A Xiaomi não é novata no ramo automotivo. Em 2019, a empresa lançou o SUV Bestune T77 em parceria com a First Automobile Works (Faw), uma das maiores montadoras da China. O SUV tem motor 1.5 turbo de 163 cv e câmbio automatizado de sete velocidades. O carro é vendido na China com o logotipo da Xiaomi e integração com os produtos da marca.

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Automobilismo

Citroën C3 produzido no Brasil obtém nota zero estrela em teste de segurança

Latin NCAP destaca preocupações com a falta de equipamentos de segurança e desempenho do veículo

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O Citroën C3, um dos modelos mais vendidos da marca francesa no Brasil, foi avaliado pelo Latin NCAP, a entidade que realiza testes de segurança para os veículos novos comercializados na América Latina e no Caribe. O resultado foi alarmante: o carro recebeu zero estrela na classificação geral, demonstrando um baixo nível de proteção para os ocupantes e pedestres.

O Latin NCAP submeteu o Citroën C3 a quatro tipos de testes: impacto frontal, impacto lateral, impacto lateral de poste e proteção para pedestres. O veículo, que conta com dois airbags e Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) de série, não se saiu bem em nenhum deles.

No teste de impacto frontal, o carro obteve apenas 30,52% da pontuação máxima. A proteção para o peito do motorista foi considerada fraca, enquanto a do passageiro dianteiro foi marginal. A estrutura e a área dos pés também foram avaliadas como instáveis. O Latin NCAP atribuiu esse desempenho à falta de pretensores do cinto de segurança, que são dispositivos que tensionam o cinto em caso de colisão.

No teste de impacto lateral, o carro não passou pelo teste de impacto lateral de poste, pois não oferece proteção lateral padrão ou opcional para a cabeça. A proteção contra chicotada cervical (whiplash), que é o movimento brusco do pescoço em uma colisão traseira, também foi classificada como ruim.

No teste de proteção para o ocupante infantil, o carro obteve 12,10% da pontuação máxima. Apesar da proteção geral para as crianças ter sido quase total, pontos dinâmicos foram perdidos por causa da sinalização deficiente das ancoragens ISOFIX para os Sistemas de Retenção Infantil (SRI). Além disso, a sinalização de advertência do airbag no banco do passageiro dianteiro não está conforme os requisitos do Latin NCAP e não pode ser desativada. Alguns dos SRIs testados também falharam nos testes de instalação.

No teste de proteção para pedestres e usuários vulneráveis da estrada, o carro obteve 49,74% da pontuação máxima. A proteção para a cabeça dos pedestres foi marginalmente boa, enquanto as áreas próximas ao para-brisa e ao pilar A receberam proteção fraca a ruim. A proteção oferecida para a pélvis foi adequada a boa, enquanto a proteção para as pernas foi marginal a boa.

O Latin NCAP manifestou sua preocupação com o resultado do Citroën C3 e com a postura da fabricante Stellantis, que também produz outras marcas como Fiat, Peugeot e Jeep. Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP, afirmou que é inaceitável que a empresa produza veículos com um nível tão baixo de segurança, sabendo que tem capacidade para produzir carros mais acessíveis e seguros.

Furas ressaltou a necessidade de a Stellantis rever seus requisitos de segurança, que atualmente estão abaixo do padrão necessário para garantir a proteção dos consumidores da região. Ele lembrou que outros modelos da empresa, como a Strada, 208 e Cronos/Argo, também tiveram resultados decepcionantes nos testes do Latin NCAP. Ele defendeu que a empresa invista em tecnologias de segurança mais avançadas e que siga as recomendações da entidade.

Com o fracasso no teste de segurança, o Citroën C3 evidencia a importância de priorizar a segurança dos veículos produzidos no Brasil e a necessidade de melhorias significativas para garantir a proteção dos ocupantes e pedestres.

Veja o vídeo abaixo:

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