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Odontologia para Todos: Cirurgião Gilberto Alfredo discute sobre saúde bucal no Brasil
Especialista em saúde pública é um dos grandes nomes por trás do projeto Brasil Sorridente
No quadro Odontologia para Todos desta quinta (22), Ricardo Paulin faz uma entrevista exclusiva com o cirurgião dentista Gilberto Alfredo para O Panorama. Gilberto conta sobre sua trajetória e fala sobre a importância da odontologia para a saúde.
Especialista em saúde pública, mestre em epidemiologia do envelhecimento pela UNESP, doutor em ciências da saúde pela UNB e professor da universidade, Gilberto já está em Brasília faz 18 anos. O cirurgião foi um dos responsáveis pelo projeto Brasil Sorridente.
“Me sinto um profissional realizado. Eu vim a Brasília com a tarefa de implantar uma política nacional de saúde bucal”.
Com o apoio do Ministério Público, Gilberto implantou o projeto que traz inúmeros benefícios para a população, de modo que fosse acessível para todos. Além dos benefícios, o programa também foi responsável por fazer levantamentos com o intuito de mostrar a importância da saúde bucal no sistema público.
“A partir dos 65 anos de idade, a cada 4 idosos no Brasil, 3 já não tinham mais nenhum dente na boca”.
Gilberto comenta que as pessoas naturalizaram essa situação, o que é extremamente errado. Ele frisa que é preciso ter a consciência de que se as pessoas depois que nascem tem dentes, elas precisam morrer com dentes.
“O serviço público praticamente não tinha serviços de tratamento especializado”.
O cirurgião fala que uma das maiores conquistas do projeto Brasil Sorridente foi fazer com que a comunidade mais carente tivesse acesso a tratamentos que era considerado um luxo, e que atualmente as pessoas estão mais conscientes de que cuidar da boca é extremamente necessário.
“É necessário formar gestores, formar sanitaristas; É complexo, mas não é impossível”.
Ainda no bate papo, Gilberto disse que apesar das melhorias ao longo dos anos, o investimento na saúde pública não pode parar, e que as pessoas precisam continuar sendo conscientizadas através de projetos e programas desenvolvidos pelo sistema público. Ele pontua que só é possível fazer isso com uma boa gestão.
“Infelizmente temos governantes não tão sensíveis as necessidades”.
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