Ivana Fuso, de 19 anos, foi a novidade da convocação da técnica Pia Sundhage para o She Believes, torneio que a seleção feminina de futebol disputará nos Estados Unidos entre os dias 15 e 24 deste mês. Nascida em Salvador, a meio-campista do Manchester United (Inglaterra) foi criada na Alemanha, país que defendeu nas categorias de base.
A jovem foi descoberta de maneira semelhante à Giovana, atacante do Barcelona (Espanha), natural de São Paulo e que também tem nacionalidade espanhola e norte-americana: por meio da observação de talentos brasileiros no exterior. Braço direito de Pia, de quem é auxiliar na seleção feminina, Lilie Persson é quem acompanha as jogadoras na Europa.
“[A Giovana] É um bom exemplo. Observei-a no Madrid CFF [Espanha] e vi que também tinha nacionalidade brasileira. O mesmo [aconteceu] com a Ivana Fuso. E talvez tenham mais. Então, temos de ser uma espécie de Sherlock Holmes [risos]”, diz Lilie, à Agência Brasil.
Lilie Persson (à esq.) foi apresentada na seleção feminina ao lado de Pia Sundhage em 2019. – Luis Alvarenga/CBF
A missão da profissional sueca, de 53 anos, vai além de localizar novas Giovanas ou Ivanas. Cabe a Lilie acompanhar também as atletas que já integram o planejamento da seleção brasileira. Segundo ela, entre 20 e 25 jogadoras que atuam no Velho Continente estão no radar da comissão técnica. Dez das 25 convocadas para o torneio She Believes jogam na Europa, contra 11 que estão no Brasil, duas nos EUA e outras duas na China.
“Todas estão pensando na Olimpíada [de Tóquio, no Japão, entre julho e agosto], mas também olhamos a longo prazo. Após a Olimpíada, teremos uma Copa do Mundo [em 2023, na Austrália e na Nova Zelândia]. Então, também observamos a nova geração”, explica a auxiliar. “Hoje em dia, temos sorte de poder assistir a maior parte dos jogos pela internet. A maior parte é transmitida. Na Suécia, por exemplo, transmitem as ligas [femininas] francesa, italiana e alemã. Infelizmente, tivemos a pandemia [do novo coronavírus]. Caso contrário, eu estaria assistindo aos jogos de forma presencial”, completa.
Com experiência em categorias de base, Lilie (à esq.) se tornou a “olheira” para novos talentos da seleção feminina – CBF/Laura Zago/Direitos Reservados
Quando a seleção feminina está reunida, Lilie é uma das profissionais mais ativas nos treinos comandados por Pia. Durante as atividades, não é raro vê-la próxima às jogadoras, junto da também auxiliar Bia Vaz, conversando de forma individual e promovendo orientações específicas. A barreira do idioma, uma vez que a sueca ainda está aprendendo o português, não é problema.
“Tento pegar algumas palavras importantes, ligadas ao futebol. Algumas se tornaram minhas favoritas. ‘Fica com a bola’ e ‘tira daí’ soam muito bem no ouvido sueco. Uma vez, ouvi a Bárbara [goleira] gritar [para as marcadoras] ‘pega, pega!’, isso também chamou atenção. Somos todos seres humanos. É questão de saber deixar o outro confortável”, conta.
Parceria conquistou medalha de prata olímpica
E poucas pessoas conhecem tão bem a maneira de Pia trabalhar como Lilie. Antes de serem contratadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), elas estiveram juntas, por cinco temporadas, na seleção feminina da Suécia. Em 2016, na Olimpíada do Rio de Janeiro, conquistaram a medalha de prata, superando o Brasil na semifinal. Também dirigiram a equipe do país em duas Eurocopas e na Copa do Mundo de 2015, no Canadá.
“Ela [Pia] vive esse esporte há anos, esteve em toda e qualquer competição possível e, ainda assim, quer sempre aprender coisas novas, todo dia. Acho isso incrível. Ela também é muito boa na forma de pensar sua equipe, de querer ter os melhores por perto, na fisioterapia, na psicologia, na comissão, na comunicação. E como pessoa, é muito divertido estar com ela. É fácil de se relacionar, ama futebol, ama a música e ama a vida”, descreve.
A carreira de Lilie, porém, vai além do período na seleção sueca principal. Foram 17 anos como atleta e quase uma década como treinadora e auxiliar de times suecos até chegar, em 2005, à federação de futebol do país escandinavo, na qual permaneceu por 14 anos. O último cargo dela foi o de coordenadora técnica das seleções femininas de base – onde também trabalhou com Pia, que era técnica da equipe sub-17 antes de vir ao Brasil.
Lilie Persson é fã do futebol brasileiro e acredita que a mistura com o modo europeu pode gerar bons resultados – Laura Zago/CBF
Com base nas quatro décadas de experiência, dentro e fora de campo, Lilie acredita que a mescla entre a metodologia europeia e a técnica das atletas brasileiras pode fazer da seleção nacional uma das maiores potências da modalidade.
“Tenho conversando com a Duda [Luizeli, coordenadora de seleções femininas da CBF] e a vejo determinada, trabalhando duro. Realmente penso que o Brasil pode se tornar uma nação top. Não diria que há certo ou errado, mas maneiras diferentes de olhar o futebol. E tenho enorme respeito pelo modo brasileiro. Cresci vendo Sócrates, Marta e outros grandes jogadores. Mas, penso que se colocarmos um pouco do modo europeu, no que diz respeito a analisar o jogo, o oponente, ser mais efetivo nesse sentido, a mistura pode ser fantástica. E o contrário também. Na Suécia, por exemplo, temos brasileiros levando a técnica daqui, que é muito superior a nossa”, conclui Lilie.
Guilherme Gandra Moura, conhecido como pequeno Gui, foi homenageado nesta terça-feira (17) durante o prêmio FIFA The Best 2024, ao ser eleito o “Torcedor do Ano”. Ícone entre os cruzmaltinos, Gui emocionou a todos com sua paixão pelo Vasco da Gama, especialmente após superar momentos difíceis de saúde.
Gui ficou conhecido em 2023, quando, após sair de um coma induzido de 16 dias, surpreendeu ao recitar a escalação completa do Vasco logo ao despertar. A história viralizou nas redes sociais e tornou o jovem uma figura querida entre os torcedores do clube carioca e de todo o Brasil.
Com uma doença rara, Gui não deixou que as dificuldades diminuíssem seu amor pelo futebol. Ele se tornou um símbolo de superação, ganhando destaque em eventos do clube e recebendo homenagens como bandeiras com sua imagem nos estádios. Recentemente, teve a oportunidade de encontrar Philippe Coutinho, reforço do Vasco na temporada, consolidando sua posição como um verdadeiro embaixador da torcida vascaína.
Ao receber o prêmio, apresentado pelo ex-jogador Pepe, pequeno Gui encantou o público ao afirmar:
“Ser torcedor é acreditar sempre, mesmo nos momentos mais difíceis. Esse prêmio é para todos que vivem o futebol com amor.”
Com quase um milhão de seguidores nas redes sociais, Gui segue inspirando pessoas ao redor do mundo, mostrando que a paixão pelo esporte pode ultrapassar qualquer barreira.
O Latin NCAP, órgão responsável pela realização de testes de colisão com veículos novos comercializados na América Latina e no Caribe, divulgou os resultados de novos crash tests na manhã desta terça-feira (11). Entre os modelos avaliados, o hatch elétrico BYD Dolphin Plus se destacou, recebendo a nota máxima de cinco estrelas, tornando-se o primeiro carro da fabricante chinesa e também o primeiro modelo elétrico a conquistar essa classificação.
O programa de avaliação do Latin NCAP, que inclui a análise de diversos aspectos de segurança, destacou que o Dolphin Plus, versão mais potente do hatch chinês, obteve um desempenho impressionante. O modelo foi equipado com sete airbags, controle eletrônico de estabilidade e sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS), que são oferecidos de série. Isso resultou em uma proteção de 92,6% para ocupantes adultos, 93,1% para crianças e 77% para pedestres. O desempenho do sistema ADAS foi de 85%.
O teste incluiu simulações de frenagem autônoma de emergência, tanto em áreas urbanas quanto rodoviárias, além de verificações no sistema de detecção de pontos cegos. O resultado geral foi altamente positivo, com o Dolphin Plus apresentando uma estrutura estável e proteção adequada para os ocupantes durante os impactos.
Apesar da alta avaliação, o Latin NCAP observou que algumas áreas ainda podem ser melhoradas no modelo, como a proteção passiva para pedestres, que poderia ser aprimorada, e o desempenho do alerta de saída de faixa (LSS), que não atingiu a pontuação ideal. Além disso, o modelo não conta com o Sistema de Sinalização de Auto Socorro (SAS) e o Assistente Inteligente de Velocidade (ISA) não obteve a pontuação necessária.
Importante frisar que o teste foi realizado com a versão Dolphin Plus, e os resultados não se aplicam às versões mais básicas do modelo, como o Dolphin Mini.
O Palmeiras conquistou o tricampeonato do Paulistão Feminino de Futebol com vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians na cobrança de pênaltis, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP), após empate em 2 a 2 no placar agregado. A colombiana Tapia, goleira das Palestrinas defendeu três cobranças do Timão e as outras duas foram na trave. Fê Palermo e Ingryd balançaram a rede para as Palestrinas e garantiram o tricampeonato (os dois primeiros foram em 2001 e 2022). A conquista do Palmeiras interrompe a hegemonia das Brabas, tetracampeãs paulistas no ano passado.
Nesta quarta-feira (20), o Palmeiras, comandadas há pouco mais de um ano pela técnica Camilla Orlando, entrou em campo com desvantagem de 1 a 0 no placar, pois perdera em casa, por 1 a 0, primeiro jogo da final na última sexta (15). Nesta tarde, logo na primeira etapa da partida, as Palestrinas abriram 2 a 0, com gols da artilheira Amanda Gutierrez (total de oito gols no torneio) e Dudinha. Na volta do intevalo, Vitória Yaya deixou o banco e descontou para o Corinthians.