Mauricio Pochettino disse certa vez que preferiria voltar para seu rancho na Argentina do que treinar o Barcelona, mas agora se tornou o principal candidato a próximo técnico do clube catalão, depois que virou obrigação pensar o futuro após a goleada sofrida por 8 x 2 para o Bayern de Munique nesta sexta-feira.
Quique Setien deve ser demitido depois da humilhação sofrida pelo Barça nas quartas-de-final da Liga dos Campeões, um resultado que coroou uma temporada miserável, com o clube pela primeira vez desde 2014 não conseguindo ganhar um troféu importante.
Pochettino, que anteriormente já descartou assumir o comando do Barcelona depois de passar várias temporadas no rival da cidade, o Espanyol, como treinador e jogador, lidera uma pequena lista de candidatos à sucessão de Setien.
A mídia sugere que o técnico da seleção da Holanda Ronald Koeman, o ex-jogador Xavi e Thierry Henry também estão sendo considerados para o papel.
Pochettino teria sido abordado pelo Barça, assim como Koeman e Xavi, após a demissão de Ernesto Valverde em janeiro, somente dois meses depois de o argentino ter sido despedido pelo Tottenham Hotspur.
Na época, ele recusou a oferta porque estava fazendo uma pausa após cinco anos intensos revolucionando o Tottenham, levando-o a quatro temporadas consecutivas no G4 do Campeonato Inglês e à primeira final de Liga dos Campeões que o clube disputou na história, em 2019.
Mas após nove meses sem trabalho, Pochettino pode estar prestes a assumir o comando do banco de reservas do Camp Nou, já que admitiu ter suavizado sua postura a respeito do Barcelona.
“Eu não tive a intenção de desrespeitar o Barcelona (mas) o Espanyol me deu uma plataforma…”, disse Pochettino ao jornal El Pais no início deste mês.
“Talvez eu não diria isso agora porque você nunca sabe o que vai acontecer na sua vida.”
Pochettino admitiu ter boas relações com o presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, desde a época em que morava na cidade. Ele encontrou Bartomeu para jantar quando voltou à cidade, onde ainda possui uma casa.
Por Richard Martin – Reuters