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Economia

Estudo avalia relação entre deficiência e desigualdade social no DF

Número de pessoas com deficiência é maior no mercado informal

Júlio César SIlva/Divulgação UNA

Estudo do Instituto de Pesquisas e Estatísticas do Distrito Federal (Ipedf) confirma que, no geral, pessoas com algum tipo de deficiência física ou intelectual estão mais expostas à vulnerabilidade socioeconômica e às múltiplas formas de discriminação do que a população em geral.

Embora o foco da pesquisa, divulgada hoje (8) pelo instituto, seja realidade no DF, as constatações fazem eco a estudos globais como o relatório que a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em 2018, apontando que, apesar de avanços, pessoas com deficiência continuam em desvantagem quando analisados os parâmetros dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em setembro deste ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou um estudo inédito sobre a correlação entre deficiência e desigualdades sociais no Brasil. 

Com base em dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2021, os pesquisadores do Ipedf afirmam que não só a deficiência aumenta a probabilidade da pessoa conquistar uma menor renda financeira ao longo da vida, como a pobreza aumenta as chances delas se tornarem deficientes e aprofunda as limitações de quem já tem necessidades especiais. 

Dos moradores do Distrito Federal com alguma deficiência que responderam à PDAD 2021, mais de 18% tinham procurado um emprego nos 30 dias prévios à entrevista e não foram contratados. Já entre quem declarou não ter nenhuma deficiência, o percentual foi de 10,8%.

Desigualdade

“Olhando para a sobreposição de desigualdades, podemos ver que, das pessoas com deficiência, 3,2% se encontram na classe A e 26,8% na classe D/E”, destacou a pesquisadora Victória Evellyn Costa Moraes Sousa, frisando que, entre as camadas sociais de menor poder aquisitivo, é maior o número de pessoas com deficiência.

“Além disso, [no DF] a proporção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho informal também é muito maior: 35,3% contra 22,6% [de pessoas que declaram não ter nenhuma necessidade especial]. Isso pode ser um indicativo de que as pessoas com deficiência se encontram em maior proporção em ocupações precárias, de forma mais estável e, consequentemente, com menores salários”, comentou Victória ao apontar que pessoas com necessidade especiais receberam, em média, 40% a menos de salário do que pessoas sem deficiência.

Ao desmembrar dados da PDAD 2021 sobre escolaridade, os pesquisadores do Ipedf identificaram que embora o percentual de crianças com deficiência (63,5%) devidamente matriculadas em escolas não divirja muito do número de crianças sem qualquer necessidade especial (66,4%), a maioria delas (81,8%) estuda em escolas públicas, contra 68,5% das demais. Ou seja, a quantidade de crianças com deficiência e em idade escolar que precisam da rede pública de ensino é muito maior.

Além disso, mais de 26% das crianças com deficiência apresentaram uma defasagem escolar de dois ou mais anos e apenas 13,8% dos moradores do Distrito Federal com alguma deficiência completaram o ensino superior, contra 35,9% das pessoas sem deficiência.

“Isso pode ser resultado das desvantagens socioeconômicas desta população [com necessidades especiais], mas existe também um outro fator que colabora para isso: todo o arcabouço institucional da escola pública favorece à acessibilidade e a inclusão das crianças com deficiência”, ponderou a pesquisadora, sugerindo que, por imposições legais, a rede pública é mais receptiva.

Devido a uma mudança na forma como são identificadas as pessoas com deficiência, diminuiu de 139.012 para 113.642 o número de moradores do Distrito Federal que, ao responder a PDAD, afirmaram ter alguma dificuldade intelectual, visual, auditiva, para caminhar ou subir degraus.

“O que não quer dizer que haja uma diminuição da quantidade de pessoas com deficiência no Distrito Federal, sendo esta uma questão relacionada à forma como isso é perguntado”, acrescentou a pesquisadora. Em termos proporcionais, os números significam que o percentual de pessoas com necessidades especiais passa a ser de 3,8% da população total, e não mais os 4,8% apontados em 2018.

Entre os moradores do Distrito Federal com necessidades especiais, 43,2% têm deficiência visual em algum grau. Em seguida, vêm as chamadas deficiências múltiplas (22,6%); física (19,8%); auditiva (7,2%) e intelectual (7,2%). E a maioria dos moradores tem mais de 60 anos – com exceção do grupo de pessoas com deficiência intelectual, entre os quais a maioria tem por volta de 20 anos de idade.

Por: Agência Brasil

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Economia

Pix atinge novo marco com recorde de 239,9 milhões de operações em um único dia

Sistema de pagamentos registra recorde histórico em volume de operações e valor transferido em um único dia

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Foto: Divulgação

O Banco Central (BC) anunciou, nesta segunda-feira (2/12), que o sistema de pagamentos instantâneos Pix registrou um novo recorde diário de transações. Na última sexta-feira (29/11), foram realizadas 239,9 milhões de operações, superando o recorde anterior de 227,4 milhões, registrado em 6 de setembro deste ano.

Além disso, o volume financeiro movimentado também atingiu uma marca histórica, totalizando R$ 130 bilhões transferidos em um único dia.

Entenda o Pix

Criado pelo Banco Central e em funcionamento desde novembro de 2020, o Pix é um sistema de pagamentos em tempo real que opera 24 horas por dia. Segundo o BC, o sucesso da ferramenta reflete sua relevância como infraestrutura digital pública, promovendo inclusão financeira, inovação e competitividade no mercado de pagamentos no Brasil.

Novas regras e limites

Recentemente, foram implementadas mudanças para reforçar a segurança das transações via Pix. Agora, as transferências realizadas por dispositivos novos estão limitadas a R$ 200 por operação e R$ 1.000 no acumulado diário, até que o aparelho seja cadastrado na instituição financeira. Para dispositivos já cadastrados, não houve alterações nos limites.

Medidas para instituições financeiras

As instituições financeiras também deverão cumprir novas exigências para aprimorar a segurança. Entre elas:

  • Adotar sistemas de gerenciamento de risco capazes de identificar operações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente;
  • Informar os clientes sobre práticas para evitar fraudes em um canal de acesso amplo.

Além disso, os bancos agora são obrigados a revisar semestralmente a base de dados do BC para identificar possíveis marcações de fraude relacionadas aos clientes. Caso haja registros de fraude, as medidas recomendadas incluem o encerramento da conta do cliente, o bloqueio cautelar de transações recebidas e a suspensão de limites diferenciados para operações.

O Banco Central reforça que essas mudanças visam fortalecer a segurança e a confiança no sistema Pix, que se consolida cada vez mais como uma das principais ferramentas de pagamentos no país.

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Economia

Produtos mais desejados da Black Friday 2024 incluem camisas de times, celulares e TVs

Itens de vestuário esportivo ganham destaque entre as buscas, seguidos por eletrônicos, perfumes e artigos de decoração, conforme dados do Google

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A Black Friday 2024 trouxe uma variedade de produtos para a lista de desejos dos consumidores brasileiros. Roupas, smartphones, eletrodomésticos e perfumes lideram as buscas no período promocional, segundo levantamento do Google, que analisou o comportamento entre os dias 3 e 9 de novembro.

O destaque vai para as camisas de times de futebol, que aparecem no topo do ranking, impulsionadas pelo encerramento das competições esportivas deste ano. “As camisas de times, tradicionalmente associadas à cultura brasileira, ganharam força como um dos itens mais procurados, algo incomum em grandes eventos do varejo”, afirmou Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o varejo do Google Brasil.

Além disso, tênis casuais, celulares, e itens de decoração e beleza também figuram entre os mais buscados, refletindo tendências de consumo cada vez mais dinâmicas, de acordo com a análise.

Os produtos mais pesquisados da Black Friday 2024:

  1. Camisas de times (23%)
  2. Tênis casuais (17%)
  3. Celulares e equipamentos elétricos (17%)
  4. Eletroportáteis, como airfryer (15%)
  5. Perfumes (14%)
  6. Televisores (14%)
  7. Sandálias e chinelos (13%)
  8. Tablets (13%)
  9. Itens de decoração (12%)
  10. Roupas infantis (12%)

A pesquisa reforça a diversidade de interesses do público nesta data, que segue consolidada como uma das mais importantes do calendário de compras no Brasil.

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Economia

Empresa chinesa adquire mina com rica reserva de urânio no Amazonas por R$ 2 bilhões

Negócio foi intermediado pelo grupo minerador Misur, envolvendo uma das maiores estatais chinesas. Mina de Pitinga, a 300 km de Manaus, também é rica em outros minérios

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Mina de Pitinga, localizada no interior do Amazonas

A Mina de Pitinga, localizada no interior do Amazonas, teve suas operações adquiridas pela estatal chinesa China Nonferrous Trade Co. Ltd. O valor da negociação, mediada pelo grupo minerador peruano Misur, responsável pela Mineração Taboca S.A., foi de US$ 340 milhões, cerca de R$ 2 bilhões. O anúncio da venda foi feito na última terça-feira (26).

A Mineração Taboca, conhecida pela descoberta de uma importante reserva mineral em 1979, está situada na Vila Balbina, a cerca de 300 km de Manaus. Além do urânio — usado como combustível na geração de energia nuclear —, a mina é reconhecida pela extração de cassiterita, columbita e pela produção de estanho refinado, na qual lidera nacionalmente.

Em nota oficial, a empresa informou a transferência integral de suas ações para a companhia chinesa, destacando os potenciais benefícios do acordo.

“Este novo momento é estratégico e oferece à Mineração Taboca uma oportunidade de expandir seu acesso a tecnologias avançadas, tornando-a mais competitiva e ampliando sua capacidade produtiva”, destacou a empresa em comunicado.

A compradora, China Nonferrous Mining Co., é uma das maiores produtoras estatais de cobre, com atuação em diversas áreas da cadeia mineral, incluindo processamento e fundição. A empresa também tem forte presença em países como Zâmbia, na África.

Críticas no Senado

O negócio gerou reações no Congresso Nacional. Durante sessão plenária na quarta-feira (27), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a transação, levantando suspeitas de possíveis favorecimentos ao governo chinês e mencionando a influência de questões ambientais como um obstáculo para investidores brasileiros.

“Nós, brasileiros, somos barrados por restrições ambientais e por ONGs, mas os chineses adquirem a maior mina de urânio do Brasil sem impedimentos. Vão processar urânio perto de Manaus, no município de Presidente Figueiredo, que é sustentado pelo turismo. Como isso acontece sem questionamentos? Há algo escondido, um acordo ou perseguição?”, afirmou o senador.

A Mina de Pitinga, além de sua importância econômica, está localizada em uma região de relevância ambiental e turística, o que amplia o debate sobre o impacto da transação.

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