A violência urbana no Rio de Janeiro fez mais uma vítima nesta terça-feira (10/12). Gisele Mendes de Sousa e Mello, capitão de Mar e Guerra e oficial médica da Marinha do Brasil, morreu após ser atingida por uma bala perdida na cabeça, dentro das dependências do Hospital Naval Marcílio Dias, em Lins de Vasconcelos, na zona norte.
O incidente ocorreu no final da tarde, enquanto Gisele estava no local. No momento do disparo, policiais militares realizavam uma operação nas proximidades do Complexo do Lins, região marcada por confrontos entre forças de segurança e o crime organizado.
Notas de pesar e homenagens
A morte de Gisele gerou comoção entre colegas de profissão, amigos e familiares. Nas redes sociais, diversas homenagens destacaram sua trajetória profissional e pessoal.
“Uma mulher de valor inestimável, casada e mãe de dois filhos. Hoje, seu filho mais novo completa 22 anos. Deixo registrada minha profunda tristeza e admiração. Gisele cumpriu sua missão com excelência e será sempre lembrada com respeito e carinho”, afirmou o médico Raphael Cruz.
Outra colega de trabalho ressaltou as qualidades de Gisele como líder e profissional da saúde: “Dra. Gisele era uma médica por vocação, exemplar em todos os sentidos, sempre gentil e comprometida. Sua perda representa um golpe imenso para toda a equipe.”
Em nota oficial, a Marinha do Brasil lamentou o ocorrido e informou que está prestando todo o suporte necessário à família da oficial.
Contexto do ocorrido
Segundo informações da Polícia Militar, a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins conduzia uma operação em áreas dominadas por grupos criminosos. Durante a ação, agentes foram recebidos com disparos no Morro Nossa Senhora da Guia, também conhecido como Gambá, próximo ao hospital onde Gisele foi atingida.
A Marinha e a Polícia Militar reforçaram o compromisso com a apuração rigorosa das circunstâncias do incidente. Não foram divulgados detalhes sobre o autor do disparo que atingiu a médica.
Clamor por medidas efetivas
A tragédia reacendeu debates sobre a segurança pública e a atuação das forças de segurança no estado. Nas redes sociais, internautas cobraram ações mais efetivas contra o crime organizado.
“É hora de uma resposta firme. A presença das Forças Armadas poderia trazer a estabilidade necessária para regiões como o Complexo do Lins”, sugeriu um usuário em comentário em uma publicação oficial da Marinha.
A morte de Gisele Mendes de Sousa e Mello é mais um capítulo trágico na história da violência que atinge o Rio de Janeiro, deixando a sociedade em luto e reforçando a necessidade de políticas públicas eficazes para combater a criminalidade.