Durante uma operação realizada pela Polícia Civil de São Paulo
, três fuzis com brasões do Exército da Bolívia foram apreendidos em um sítio utilizado por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A descoberta sugere que as armas foram desviadas do país e seriam usadas para financiar ataques a carros-fortes.
A operação, desencadeada no domingo (6), resultou na apreensão de 10 fuzis de guerra e mais de 1,5 tonelada de cocaína pura, avaliada em R$ 30 milhões. A droga, acondicionada em tabletes prontos para distribuição, estava escondida em um sítio em Aguaí, interior do estado de São Paulo.
A quadrilha operava há pelo menos quatro meses, sendo identificada como responsável pela distribuição de armas e drogas em diversas regiões do estado. As investigações começaram em junho, quando um esconderijo em Cordeirópolis foi descoberto, mas os suspeitos abandonaram o local antes da abordagem policial. Desde então, os investigadores perceberam que o grupo alterava sua rotina para evitar a ação das autoridades.
O delegado Fábio Sandrin, da 4.ª Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat), afirmou: “Durante a investigação, percebemos que eles estavam aproveitando a logística de transporte de drogas para movimentar armamento.” Essa estratégia permitiu à quadrilha operar de maneira mais eficiente na distribuição de cocaína e armamentos.
Após 15 dias de vigilância, a polícia localizou o sítio em Águaí, a cerca de 200 quilômetros da capital. Na manhã de domingo, a equipe cercou o local e encontrou um arsenal que incluía fuzis do tipo AR-10, FAL calibre 7.62 e AK 7.62, além de 325 munições e 53 carregadores.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a importância da operação: “É uma das principais ocorrências dessa gestão. A apreensão não apenas asfixia financeiramente o crime organizado, mas também retira o poder de fogo dessas organizações.”
Os três suspeitos detidos, com idades entre 27 e 42 anos, foram encaminhados à sede do Deic e indiciados por tráfico de drogas, porte ilegal de armas e associação para o tráfico. As investigações continuam com a expectativa de identificar e prender outros integrantes da quadrilha.