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Saúde

Geração Baby Boomer vive mais, mas enfrenta mais problemas de saúde do que antigas gerações

“Os Baby Boomers têm mais chances de desenvolver doenças crônicas em comparação com gerações anteriores”, afirmou Gimeno

Foto: Divulgação

Um estudo recente revelou que a geração conhecida como “Baby Boomers“, composta por pessoas nascidas entre 1946 e 1964, enfrenta mais problemas de saúde em comparação com as gerações anteriores, apesar de sua maior expectativa de vida. A pesquisa, conduzida por universidades como Oxford e University College London (UCL), indicou um “desvio geracional de saúde”, mostrando que, embora vivam mais, os Baby Boomers apresentam um aumento significativo em condições crônicas, como diabetes, colesterol alto e problemas cardíacos.

Deterioração da saúde entre os Baby Boomers

Os dados analisados, coletados entre 2004 e 2018, abrangem mais de 100 mil pessoas, incluindo adultos com 50 anos ou mais em diversas regiões, como Estados Unidos, Inglaterra e Europa continental. Segundo a pesquisa, a prevalência de diabetes e colesterol alto entre os Baby Boomers aumentou, enquanto diagnósticos de câncer e problemas cardíacos também se tornaram mais comuns, especialmente na Europa.

Laura Gimeno, doutoranda da UCL e autora principal do estudo, destacou que, além das condições crônicas, foram observadas poucas melhorias nas taxas de incapacidade. “Os Baby Boomers têm mais chances de desenvolver doenças crônicas em comparação com gerações anteriores”, afirmou Gimeno, acrescentando que o aumento da obesidade também contribui para o quadro.

Impacto da atividade física e da nutrição

O estudo indicou variações regionais, com declínios na força muscular nos Estados Unidos e na Inglaterra, enquanto outras partes da Europa mantiveram ou aumentaram essa capacidade. Segundo os pesquisadores, essas diferenças refletem o impacto do estilo de vida, incluindo mudanças na atividade física e na nutrição, ao longo dos anos.

Geração X também em risco

A pesquisa alertou para um padrão semelhante entre a Geração X, composta por pessoas nascidas entre 1965 e 1980. De acordo com Gimeno, essa geração também corre o risco de enfrentar piores condições de saúde em comparação com os Baby Boomers na mesma idade. “A Geração X tem maior propensão a desenvolver obesidade, diabetes e problemas de saúde mental”, explicou.

Com o envelhecimento da população em ritmo acelerado e o aumento da expectativa de vida, os pesquisadores enfatizam a necessidade de intensificar ações preventivas. “A ausência de melhorias na saúde entre as gerações é preocupante, e precisamos redobrar esforços para prevenir o surgimento dessas doenças”, concluiu Gimeno.

Tendência preocupante

Estudos anteriores já apontavam uma deterioração na saúde dos Baby Boomers, especialmente nos Estados Unidos. Em 2020, uma análise com 135 mil pessoas na Inglaterra mostrou que, embora a Geração X esteja vivendo mais, sua qualidade de vida não acompanha essa longevidade, reforçando uma tendência preocupante em termos de saúde pública.

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Saúde

Mudança no esquema vacinal: vacina injetável substitui a oral contra poliomielite

O Ministério da Saúde confirmou que ele permanecerá ativo na promoção da imunização contra outras doenças preveníveis por vacinas, como o sarampo

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A partir de hoje, 4 de novembro, o Ministério da Saúde do Brasil anuncia a substituição das doses de reforço com a vacina oral contra poliomielite (VOP), popularmente conhecida como “gotinha”, por uma única dose da vacina inativada poliomielite (VIP), que é aplicada por injeção. Essa alteração no calendário vacinal foi divulgada em setembro e se torna definitiva.

De acordo com o Ministério, essa decisão foi tomada com base em critérios epidemiológicos, além de evidências científicas e recomendações internacionais, visando aprimorar a segurança do esquema vacinal. Anteriormente, o esquema incluía três doses da VIP, administradas aos 2, 4 e 6 meses, seguidas por duas doses de reforço com a VOP, aos 15 meses e aos 4 anos.

Com a nova abordagem, as crianças continuarão a receber a vacina inativada, agora com a seguinte programação:

  • 2 meses – 1ª dose
  • 4 meses – 2ª dose
  • 6 meses – 3ª dose
  • 15 meses – dose de reforço

Benefícios da Mudança

A vacina oral utiliza o vírus enfraquecido e é administrada por via oral, enquanto a VIP contém o vírus inativado e é aplicada via intramuscular. Segundo Alfredo Gilio, Coordenador da Clínica de Imunização do Hospital Israelita Albert Einstein, a mudança traz vantagens significativas, especialmente para crianças com sistemas imunológicos comprometidos, pois elimina os riscos associados à administração de vacinas de vírus vivo.

Gilio também aponta que o uso da vacina oral pode representar riscos em contextos com baixa taxa de saneamento, uma vez que o vírus vivo pode ser excretado nas fezes, potencialmente se espalhando pela comunidade e criando variantes patogênicas do poliovírus.

O Futuro do Zé Gotinha

Um dos símbolos da luta contra a poliomielite no Brasil, o personagem Zé Gotinha, criado na década de 1980, continuará a ser uma figura importante, mesmo com a descontinuação da vacina oral. O Ministério da Saúde confirmou que ele permanecerá ativo na promoção da imunização contra outras doenças preveníveis por vacinas, como o sarampo.

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Saúde

Padre Marcelo Rossi compartilha transformação após superação da depressão

Religioso destaca a importância do cuidado com a mente e o corpo em postagem nas redes sociais

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Padre Marcelo Rossi

Na última quinta-feira (31), o Padre Marcelo Rossi surpreendeu seus seguidores ao compartilhar fotos que mostram sua significativa transformação após um período de luta contra a depressão. Em uma postagem nas redes sociais, o religioso comparou uma imagem de 2016, onde aparece visivelmente magro, com uma foto recente que evidencia seu ganho de peso e fortalecimento físico.

“Amados, depressão não é frescura, mas tem cura. Glória a Deus. Cuidar do corpo, mente e espírito é essencial. A Alegria do Senhor é nossa força. Tem coisas que têm que ver para crer”, escreveu o padre na legenda das fotos, ressaltando a seriedade da doença e a importância de buscar tratamento.

A mudança física e emocional de Marcelo Rossi gerou uma onda de apoio entre seus seguidores, que se manifestaram nos comentários. “Um líder espiritual para provar para os mal-informados que depressão realmente não é falta de Deus”, comentou um dos seguidores. Outro usuário mencionou: “Tenho até hoje anotados os versículos que te ajudaram a vencer a depressão! Padre, o senhor é uma inspiração para muitas almas que estão gritando em silêncio.”

Recentemente, o padre também participou do programa ‘Domingão com Huck’, onde discutiu a importância do autocuidado, tanto físico quanto mental. “Eu tomei consciência que precisava me cuidar. É um médico de corpo, a gente conversa muito, e um médico de cabeça, psiquiatra, e a gente dialoga sobre a importância do tripé: cuidar fisicamente do corpo, mas também da nossa mente através da palavra”, afirmou durante a entrevista.

Marcelo Rossi compartilhou que, em um período crítico de sua vida, chegou a pesar apenas 60 kg, um reflexo da sua batalha contra a doença. Ele ainda relembrou seu passado como educador físico, quando era conhecido por seu físico forte e saudável. “Eu esqueci daquilo que eu ensinava aos outros”, confessou, refletindo sobre a importância de cuidar de si mesmo.

A trajetória do padre Marcelo Rossi serve como um alerta e uma inspiração para aqueles que enfrentam a depressão. Sua mensagem de esperança e a ênfase no tratamento e na espiritualidade têm ressoado profundamente, convidando muitos a refletirem sobre a importância do cuidado integral com a saúde mental.

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Saúde

Anvisa aprova novas imagens em embalagens de cigarro para combater o uso do tabaco

As fabricantes têm um ano para se adaptar, com a obrigatoriedade começando em 2 de novembro de 2025. As mudanças visam alertar sobre os riscos do tabagismo, responsável por 156 mil mortes anuais no Brasil

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última quarta-feira (30) novas normas que estabelecem imagens e mensagens de advertência para embalagens, expositores e mostruários de produtos fumígenos derivados do tabaco. As fabricantes terão um prazo de um ano para se adaptar às novas advertências, que se tornarão obrigatórias a partir de 2 de novembro de 2025.

As alterações visam promover a conscientização e alertar a população sobre os malefícios do uso de produtos derivados do tabaco. O Brasil foi um dos pioneiros na adoção de imagens de advertência nas embalagens, começando em 2001, após recomendações da Comissão Nacional para Controle do Tabaco e discussões na Assembleia Mundial da Saúde em 2000. Desde então, as imagens e mensagens de advertência passaram por quatro atualizações, em 2001, 2003, 2008 e 2017.

Segundo a Anvisa, o consumo de tabaco e a exposição ao fumo passivo são responsáveis por cerca de 156 mil mortes anualmente no Brasil, além de causarem aproximadamente 50 doenças, incluindo câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares. A atualização das advertências é uma estratégia contínua para aumentar a efetividade dos alertas e reduzir o impacto do tabagismo na saúde pública.

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