conecte-se conosco

Brasil

Governo anuncia na 3ª medidas econômicas e prorrogação do auxílio emergencial, diz líder

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O governo do presidente Jair Bolsonaro prepara uma grande cerimônia na próxima terça-feira para o anúncio de medidas de recuperação da economia do país, incluindo a prorrogação do auxílio emergencial, disse à Reuters o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Segundo Bezerra, é certo que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro, mas ainda não há definição sobre o formato ou o valor desse benefício. Ainda assim, completa, é intenção do presidente ter a questão definida até a segunda-feira.

“Na terça-feira vai ter uma grande solenidade no Palácio do Planalto, que é o anúncio do programa Pró-Brasil, e também o anúncio da nova agenda do governo federal do ponto de vista da recuperação da economia”, disse o líder em entrevista à Reuters.

“E acredito, portanto, que nessa solenidade de anúncio do Pró-Brasil, o presidente deve também anunciar a definição sobre o auxílio emergencial. É certo que o auxílio será prorrogado e é certo que será prorrogado até dezembro.”

Bezerra citou as possibilidades em estudo, se a prorrogação ocorrerá por meio de decreto ou medida provisória e qual o valor, mas garante que uma extensão dos 600 reais está descartada.

“Se você vai ter uma parcela de 200 que seria por decreto e mais duas de 250 ou de 300, ou se você vai ter 4 (parcelas) de 250, ou se você vai ter 4 de 300, isso são contas que estão sendo feitas pelo Ministério da Economia e o presidente vai ver qual a melhor forma”, disse.

Outra parte das iniciativas do governo responde às preocupações sobre a manutenção do teto de gastos. De acordo com o líder, há riscos de ele não ser respeitado em 2022 “se não tomarmos nenhuma medida”. Por isso mesmo, a agenda a ser anunciada incluirá os chamados gatilhos para a regra de ouro.

Bezerra relatou que o senador Marcio Bittar (MDB-AC), deve apresentar, na condição de relator, um substitutivo que irá fundir a chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos gatilhos —também chamada de PEC emergencial—, a PEC do pacto federativo e mais algumas sugestões do Executivo.

O líder admite que o tema poderá “oferecer resistência política tendo em vista a proximidade da eleição”, mas pondera que “o gatilho poderá estar casado com o programa denominado Renda Brasil, que é o programa de solidariedade social que vai representar um grande avanço em relação ao Bolsa Família”.

ECONOMIA E ELEIÇÃO

Na avaliação de Bezerra, que se reuniu com Bolsonaro na quarta e nesta quinta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o aumento da popularidade do presidente traz novo fôlego ao governo e à sua agenda legislativa e terá efeitos também nas eleições municipais deste ano.

Afirma, aliás, que se a mobilização do governo pela retomada da economia der certo, como acredita, Bolsonaro irá se firmar como franco favorito nas eleições presidenciais de 2022.

“O aumento da popularidade do presidente vem em boa hora, vai ser o capital político dele que vai dar o impulso para a aprovação das medidas que serão apresentadas a partir de terça-feira”, disse.

“E o que vai definir a reeleição do presidente Bolsoanro é o sucesso da retomada da economia”, pontuou.

Com isso, cresce a responsabilidade de Guedes em tocar essa recuperação econômica. Bezerra garante que o ministro está “firme” e “animado” e deve trabalhar, assim como toda a equipe econômica, ao longo de todo o fim de semana para fechar todas as propostas a serem anunciadas na terça.

“O fato de o presidente estar bem, o ministro da Economia está fortalecido por consequência. Se o governo está bem, ele também termina criando um novo ânimo para que possa dar sequência à sua agenda de reformas.”

Por Maria Carolina Marcello e Anthony Boadle – Reuters

Clique para comentar

Faça seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Curiosidades

Toyota Corolla de 1993 atinge 2 milhões de quilômetros com motor original

Mesmo com a quilometragem impressionante e a idade avançada do carro, Hebley não tem planos de aposentá-lo tão cedo

Publicado

on

Foto: Newshub

O neozelandês Graeme Hebley estabeleceu um marco impressionante com seu Toyota Corolla de 1993, que já percorreu mais de 2 milhões de quilômetros mantendo o motor e a transmissão originais. Hebley adquiriu o veículo em 2000, quando ele já havia rodado cerca de 80 mil quilômetros. Desde então, o carro se tornou seu fiel companheiro no trabalho como entregador de jornais, ajudando-o a percorrer quase 5 mil quilômetros por semana.

A longevidade do Corolla, que continua em uso diário, é atribuída tanto à durabilidade do veículo quanto ao cuidado minucioso de Hebley. Ele realiza revisões a cada duas semanas em uma oficina local, onde os mecânicos ficaram surpresos com a quilometragem acumulada. John Sherman, mecânico da Guthrie’s Auto Care, confessou que, se não tivesse trabalhado no carro, teria dificuldade em acreditar que ele chegou a 2 milhões de quilômetros sem problemas significativos.

O feito de Hebley é ainda mais notável quando comparado a outros veículos que atingiram quilometragens elevadas. Embora o recorde mundial seja mantido por um Volvo P1800S, que percorreu mais de 5 milhões de quilômetros, esse carro precisou de duas reconstruções de motor ao longo de sua vida. Em contraste, o Corolla de Hebley continua rodando com seu motor original.

Mesmo com a quilometragem impressionante e a idade avançada do carro, Hebley não tem planos de aposentá-lo tão cedo. “Sinceramente, acho que ele vai durar para sempre”, disse ele em entrevista ao Newshub.

Além do Toyota Corolla de Hebley, outro carro que se destaca pela alta quilometragem com motor original é um Honda Accord de 2003, que atingiu cerca de 1,6 milhão de quilômetros. Contudo, o desempenho do Corolla de 1993 permanece excepcional, demonstrando a resistência e qualidade da engenharia automotiva da Toyota.

Continue lendo

Saúde

Homem de 34 anos sofre infarto após consumir dois energéticos por dia

Os médicos alertam sobre os riscos das bebidas energéticas, que elevam a frequência cardíaca e podem causar desidratação e arritmia

Publicado

on

Foto:Divulgação

Aaron Shreve, um inglês de 34 anos, sofreu um infarto no início de 2024 após consumir duas ou três latas de energéticos diariamente por vários meses. Sua esposa, Meagan, compartilhou a situação no TikTok, revelando que Aaron também tomava café regularmente, embora a família não saiba exatamente quando ele começou a consumir energéticos de forma habitual.

Em janeiro, Aaron relatou à esposa que estava sentindo o coração acelerado, o que levou Meagan a chamar imediatamente o resgate. Quando a ambulância chegou, Aaron desmaiou e foi direto para a UTI, onde os médicos realizaram várias massagens cardíacas, resultando em fraturas nas costelas.

O infarto de Aaron foi grave, exigindo uma hospitalização de cinco semanas. Os médicos diagnosticaram que o consumo excessivo de energéticos e a baixa ingestão de água causaram desidratação e arritmia, culminando no infarto.

Embora Aaron tenha se recuperado após semanas de monitoramento, os médicos recomendaram a redução do consumo de energéticos. Essas bebidas são conhecidas por elevarem o nível de açúcar no sangue e contêm estimulantes como cafeína e taurina, que aumentam a frequência cardíaca por até 45 minutos. Com cerca de 200 mg de cafeína por lata, consumir duas já atinge o máximo diário recomendado para adultos.

Continue lendo

Economia

Aumento na conta de luz pode chegar a 13% com bandeira vermelha

Economistas ajustam previsões, destacando impacto significativo na tarifa de energia e nas projeções de inflação para 2024

Publicado

on

Contas de luz ficarão mais caras por causa da seca que afeta os reservatórios das hidrelétricas — Foto:Divulgação

A recente decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de implementar a bandeira vermelha patamar 2 para o setor elétrico pode elevar a conta de luz em até 13% neste mês, conforme previsão de economistas. Esse ajuste é influenciado por fatores como o consumo médio de energia por parte dos consumidores.

A bandeira vermelha 2, a mais alta da escala, foi acionada devido ao baixo nível dos reservatórios e à necessidade de acionar termelétricas, que apresentam um custo mais elevado. Esta decisão foi inesperada, especialmente por ter sido feita uma transição direta do patamar verde para o nível mais crítico.

Impactos na Inflação e Expectativas Econômicas

Com a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, o acréscimo será de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que poderá pressionar a inflação. O índice de preços ao consumidor (IPCA), que já havia alcançado o teto da meta de 4,5% até julho, poderá ultrapassar essa margem. A projeção para o IPCA de 2024 aumentou pela sétima semana consecutiva, passando de 4,25% para 4,26%, sem incluir ainda o impacto da nova bandeira.

O economista Homero Guizzo, da Terra Investimentos, estima um aumento de cerca de 13% no custo da energia em setembro, o que poderá adicionar 0,52 ponto percentual ao IPCA deste mês, resultando em uma inflação de 0,72%. Por outro lado, Mateus Cavaliere, da PSR Consultoria, prevê uma alta média de 10% nas contas de luz, com um aumento de R$ 16 para uma conta de 200 kWh/mês.

Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, antecipa um acréscimo de 12% e acredita que a bandeira não retornará ao patamar verde neste ano. Leonardo Costa, da ASA Investments, projeta um aumento médio de 11,5% na tarifa devido à seca prolongada, que afetou a geração de energia.

Perspectivas e Ajustes

Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, espera um impacto de 0,43 ponto percentual na inflação, mas vê possibilidade de retorno à bandeira amarela até o final do ano, o que reduziria o impacto. Andréa Angelo, da Warren Investimentos, acredita que a bandeira vermelha 2 pode se repetir em outubro, com retorno ao nível amarelo nos últimos meses do ano, projetando uma inflação de 4,45% para 2024.

Maikon Perin, especialista da Ludfor Energia, prevê um reajuste superior a 10% em setembro devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2. Ele observa que, embora os preços no mercado livre estejam altos, a situação pode incentivar a migração para esse ambiente de negociação mais competitivo.

Continue lendo

Popular