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Brasil

Guedes volta a defender desindexação de despesas públicas do Orçamento

Classe política deve definir uso de recursos, diz ministro a senadores

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender hoje (25) a desvinculação e desindexação de despesas públicas obrigatórias do Orçamento. Durante audiência na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, Guedes disse que a classe política tem de assumir a responsabilidade pelo Orçamento.

“Eu defendo, desde o dia em que cheguei aqui, o empoderamento da classe política. A essência da política é definir o uso dos recursos. Eu defendo que os senhores assumam o controle do Orçamento. Esses recursos hoje estão todos carimbados, há usos que estão completamente inadequados”, afirmou Guedes.

Para o ministro, os gestores públicos deveriam ter o poder de decidir livremente em que área os recursos serão investidos. Na opinião de Guedes, a desindexação das despesas auxiliaria o repasse de recursos aos setores que mais pressionam por aumento de repasses, como a Saúde, e ajudaria a “esvaziar” a pressão sobre o teto de gastos.

“Como a política ainda não assumiu o comando dos orçamentos, vai tudo subindo e comprimindo o o governo contra o teto de gastos”, acrescentou.

Durante a audiência, Guedes falou também sobre as críticas ao governo federal, que teria demorado a reagir à disparada de casos de covid-19 no fim do ano. O ministro lembrou que, no fim de dezembro, quando uma nova variante do vírus surgiu no país, mais agressiva e com maior velocidade de contágio e dispararam as mortes por covid-19, havia dúvidas no governo se esse aumento representava a entrada do Brasil na segunda onda do novo coronavírus ou se ainda era reflexo de eleições municipais, das festas de fim de ano e do relaxamento da população ante as orientações de distanciamento social.

“Nosso protocolo era exatamente disparar as camadas de proteção. Para que isso acontecesse, se nós simplesmente saíssemos aprovando medidas sem considerar também os efeitos econômicos, correríamos o risco de uma desorganização da economia”, afirmou o ministro, ressaltando que várias medidas dependiam de aprovação do Congresso.

Quanto ao que classificou de “primeira guerra” da pandemia, Guedes destacou que foi no final do ano, quando as mortes caíram para 200 por dia, que a economia “começou a voltar”. Segundo o ministro, pelos primeiros dados deste ano, a economia já mostrava um certo vigor.

“Arrecadação recorde neste bimestre de 2021, recorde histórico, acima, inclusive, do de 2020, quando a economia já estava também com resultados acima dos de 2019. Então, a arrecadação veio bem acima do esperado, foram R$ 127,7 bilhões em fevereiro, nunca foi tão alta; e, no bimestre, R$ 300 bilhões, janeiro e fevereiro. Fevereiro é um mês com menos dias, a arrecadação é um pouco menor, ma,s no bimestre, foram R$ 300 bilhões, também recorde”, destacou Guedes.

Guedes ressaltou ainda que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central veio o dobro do esperado e que, em janeiro, 260 mil novos empregos foram criados.

Questionado sobre a possibilidade de aumento no valor do auxílio emergencial, o ministro disse aos senadores que não descarta um benefício mais alto, mas que lembrou isso dependeria de contrapartidas como a venda de empresas públicas.

“O estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos. Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis. Aumentar o valor sem, por outro lado, ter as fontes de recursos corretas, traz a superinflação, ou a inflação de dois dígitos, como era antigamente. O resultado final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a inflação”, afirmou.

Por: Agência Brasil

Saúde

Erro médico faz mulher tratar por 6 anos câncer inexistente

Justiça de São Paulo condenou a Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente

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Uma mulher de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, recebeu uma indenização de R$ 200 mil da Amico Saúde, empresa médica que a submeteu a um tratamento de quimioterapia por seis anos por uma metástase óssea que nunca existiu. A Justiça de São Paulo considerou que houve erro médico de diagnóstico e tratamento, que causou danos físicos e psicológicos à paciente.

A mulher, que tinha 54 anos em 2010, foi diagnosticada corretamente com câncer de mama e fez uma mastectomia. Porém, em outubro do mesmo ano, um novo exame indicou que ela tinha metástase óssea, ou seja, que o câncer havia se espalhado para os ossos. Ela então iniciou um tratamento de quimioterapia, que continuou mesmo após mudar de plano de saúde em 2014.

Em 2017, os médicos do novo plano de saúde desconfiaram do diagnóstico e pediram um exame mais preciso, chamado PetScan, que revelou que a mulher não tinha metástase óssea. O resultado foi confirmado por outro exame em 2018 e por um laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

Um exame feito em 2010, na mesma época em que ela começou a quimioterapia, já havia apontado que a probabilidade de ela ter metástase óssea era baixa, mas esse dado foi ignorado pelos médicos da Amico Saúde. A Justiça não conseguiu explicar por que a mulher foi tratada de forma equivocada por tanto tempo, se por negligência ou por economia.

A mulher relatou que sofreu muito com os efeitos colaterais da quimioterapia, como dor, insônia, perda óssea, perda de dentes e limitação dos movimentos da perna. Ela também disse que viveu uma grande angústia psicológica, achando que iria morrer a qualquer momento. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora, porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais”, afirmou a defesa da paciente.

A sentença que condenou a Amico Saúde a pagar R$ 200 mil de indenização foi dada em primeira instância e confirmada pelo Tribunal de Justiça. O relator do recurso, o desembargador Edson Luiz de Queiroz, destacou que “a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado”.

No final de 2023, a Amico Saúde fez um acordo com a mulher e pagou os R$ 200 mil.

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Política

Lula anuncia Ricardo Lewandowski como novo Ministro da Justiça

Jurista se aposentou como ministro do STF em abril de 2023, perto de completar 75 anos

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Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (11) a escolha do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Lewandowski substituirá Flávio Dino, que foi indicado por Lula para ocupar uma vaga no STF e teve seu nome aprovado pelo Senado.

Lula destacou o currículo e a experiência de Lewandowski, que foi “um extraordinário ministro da Suprema Corte” e aceitou o convite na quarta-feira (10). O presidente disse que a nomeação será publicada em 19 de janeiro e que o novo ministro tomará posse em 1º de fevereiro. Até lá, Flávio Dino permanecerá à frente da pasta, que ele conduziu de forma “magistral”, segundo Lula.

“Eu acho que ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está aqui do meu lado, cada um na sua função”, afirmou Lula, que estava acompanhado de Lewandowski, Flávio Dino, e da primeira-dama, Janja da Silva.

Lula também declarou que dará autonomia para que Lewandowski monte sua própria equipe na Justiça, mas que pretende conversar com ele em fevereiro sobre os nomes que ficarão ou sairão do ministério. O presidente comparou a situação a um técnico de futebol, que deve escalar seu próprio time e ser responsável pelos resultados.

“[Em 1º de fevereiro] Ele [Lewandowski] já vai ter uma equipe montada, ele vai conversar comigo e aí vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades”, disse Lula.

Ao final da cerimônia, Lula revelou que a primeira-dama Janja espera que mulheres tenham mais espaço na nova gestão da Justiça, ao que Lewandowski respondeu: “Certamente”.

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Saúde

Menina de 8 anos se queixa de dores de cabeça, desmaia e morre após AVC

Maria Julia de Camargo Adriano estava na rede da casa onde morava em Ribeirão do Pinhal (PR) quando se queixou de dores na cabeça

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Uma tragédia abalou a família de Maria Julia de Camargo Adriano, de 8 anos, que morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no último sábado (6). A menina, que era natural de Paraná, tinha o sonho de ser veterinária e era muito inteligente e dedicada aos estudos.

Segundo relatos da família, Maria Julia começou a sentir fortes dores de cabeça e perdeu a consciência. Ela foi socorrida e levada ao hospital mais próximo, onde os médicos constataram que ela tinha um sangramento no cérebro.

Devido à gravidade do caso, ela precisou ser transferida duas vezes, até chegar ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde ficou internada na Unidade de terapia intensiva (UTI). Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu e teve a morte confirmada na segunda-feira (8).

A causa do AVC foi um aneurisma, uma dilatação anormal dos vasos sanguíneos, que se rompeu e provocou uma hemorragia cerebral. A tia de Maria Julia, Adriana, disse que a menina não tinha nenhuma doença pré-existente e que os médicos consideraram o ocorrido uma fatalidade.

O AVC é uma condição que afeta principalmente adultos, especialmente aqueles que têm fatores de risco como diabetes, obesidade e tabagismo. Em crianças, é muito raro e pode estar associado a alguma má formação na estrutura corporal.

A médica neurologista Adriana Moro explicou que o AVC em crianças é difícil de ser diagnosticado, pois não é uma suspeita comum quando há alguma alteração neurológica. Ela alertou para a importância de reconhecer os sintomas do AVC, como dor de cabeça, fraqueza, alteração da fala e visão, e procurar atendimento médico imediato.

A família de Maria Julia está devastada com a perda da menina, que era alegre, carinhosa e amava os animais. Eles pedem orações e apoio neste momento de dor e luto.

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