A empresa farmacêutica Johnson & Johnson suspendeu, nessa segunda-feira (12), o teste da última etapa da vacina contra a Covid-19. De acordo com o comunicado, a pausa nos testes foi devido a um dos participantes contrair uma doença ainda desconhecida. Entretanto, não se sabe ainda se a causa da doença é a vacina ministrada pela multinacional.
O ensaio clínico está, atualmente, na terceira e última etapa de teste em humanos. Porém, de acordo com a Johnson & Johnson, as regras para testes de vacina preveem a suspensão em caso de evento adverso sério e inesperado.
Um comitê independente deve analisar a possibilidade de retorno dos testes. A suspensão dos testes clínicos é recorrente na última e terceira etapa. Sendo assim, esse é o momento em que uma grande quantidade de pessoas participam do teste, recebendo a vacina. A etapa é responsável por examinar a segurança e eficácia da imunização da vacina. Além disso, o último processo de testes da vacina é um dos mais importantes, pois reúne um número grande de participantes.
Por meio de um comunicado, a Johnson & Johnson informou o motivo da pausa nos testes clínicos da vacina.
“Interrompemos temporariamente a aplicação de novas doses em todos os nossos testes clínicos da vacina candidata contra a Covid-19, devido a uma doença inexplicada em um participante do estudo”, aponta a empresa farmacêutica.
Última etapa
Iniciada há pouco mais de um mês, a última etapa dos testes clínicos teve a meta de encontrar ao menos 60 mil voluntários. Os participantes do teste da vacina contra Covid-19 são de vários países, como Estados Unidos, Brasil, Argentina, África do Sul, Chile, Colômbia, México, entre outros.
A fórmula da vacina contém um adenovírus – grupo de vírus que normalmente causam doenças respiratórias – responsável pelo resfriado, mas que está inativo. Complementando o adenovírus, a vacina conta ainda com a proteína spike, que a Covid-19 usa para atacar células humanas.
Em setembro, a universidade de Oxford (Reino Unido) também paralisou os testes. Assim como aconteceu com a Johnson & Johnson, o motivo também foi uma doença desconhecida que um dos participantes do teste teve. Após análise da situação, os testes voltam a funcionar normalmente.
Previsão das vacinas
Ainda não há uma vacina criada que seja eficaz contra o coronavírus. Vários países ao redor do mundo estão trabalhando a todo vapor para conduzir testes para uma vacina contra a Covid-19. Entretanto, não há nenhum resultado conclusivo até o momento. O Distrito Federal (DF) recebe semana que vem vacinas vindas da Bélgica, mas que ainda estão em fase de teste. Cerca de 800 pessoas se voluntariaram para o teste.
Em seu perfil do Twitter, o biólogo e pesquisador brasileiro Átila Iamarino explica que, mesmo com uma vacina pronta, ainda há muito chão a percorrer. Em suma, uma pessoa tem a segurança da imunização apenas quando 70% a 90% da população também se vacinar. Ou seja, se a adesão à vacina contra a Covid-19 for pequena, ainda há muito com o que se preocupar.
Rússia, Estados Unidos, Brasil e China, por exemplo, estão trabalhando na criação de uma vacina contra o coronavírus. O prazo médio de desenvolvimento de uma vacina, segundo a OPAS, é de 10 anos. Porém, por se tratar de pandemia global, centenas de instituições estão trabalhando em uma nova vacina, que deve ficar pronta em até 18 meses.
Entretanto, não há uma data exata para a criação da nova vacina, visto que os resultados preliminares não saíram ainda. Em 25 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que havia 31 vacinas candidatas em fase de teste em humanos. Além disso, outras 142 estão em avaliação pré-clínica.
Após aprovação, as vacinas iniciam a parte clínica, para, então, receber aprovação regulatória e entrar no mercado oficialmente.
Covid-19 pelo mundo
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) apontou que até o dia 9 de outubro, 36.361.054 casos de COVID-19 apareceram ao redor do mundo. Também foram divulgados 1.056.186 óbitos decorrentes da doença. Caso a subnotificação tenha, de fato, ocorrido, os números aumentam ainda mais. No continente americano – Norte, Central e Sul – foram registrados mais de 17 milhões de casos, sendo eles majoritariamente no Brasil e Estados Unidos.
Em 11 de março de 2020, a Covid-19 foi caracterizada oficialmente pela OMS como uma pandemia. Até o momento, os principais sintomas são febre, cansaço e tosse seca. Por fim, em alguns casos é possível o paciente apresentar dores no corpo, perda de paladar, conjuntivite e até diarreia. Na maioria dos casos os sintomas são leves e começam mais brandos. Clique aqui para saber mais sobre casos mundiais dda doença (site em inglês).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou à Mongólia nesta segunda-feira (2/9) para uma visita oficial, desafiando o mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Haia em março de 2023. Esta é a primeira vez que Putin viaja para um país que, teoricamente, deveria cumprir a ordem da Corte Internacional.
Apesar do mandado de prisão em vigor, a Mongólia acolheu Putin com honras de chefe de Estado. Durante sua estadia de dois dias, o presidente russo participará de reuniões bilaterais e assinará documentos com o governo mongol.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu publicamente que as autoridades mongóis cumpram o mandado de prisão e entreguem Putin ao Tribunal Penal Internacional. A União Europeia também expressou seu desejo de ver a decisão respeitada.
No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou as preocupações, afirmando que o governo russo não está preocupado com a execução do mandado e que mantém um “diálogo maravilhoso” com a Mongólia.
Putin já havia demonstrado cautela em participar de eventos internacionais, como a cúpula dos Brics em agosto de 2023 na África do Sul. O Kremlin ainda não descartou a possibilidade de sua presença na próxima cúpula do G20, marcada para novembro no Brasil.
O enigma que envolvia o corpo congelado encontrado em uma caverna na Pensilvânia em 1977 foi finalmente solucionado, após quase cinco décadas. O Gabinete do Médico Legista do Condado de Berks identificou os restos mortais como pertencentes a Nicholas Paul Grubb, um jovem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia.
Curiosamente, a tecnologia moderna não foi responsável por resolver o caso do “Pinnacle Man”, nome inspirado no pico das Montanhas Apalaches próximo ao local onde Grubb foi encontrado. De acordo com o médico legista do condado, John Fielding, o avanço na identificação foi resultado do trabalho de um detetive da Polícia Estadual da Pensilvânia, que fez uma descoberta crucial ao revisar arquivos antigos.
Em 16 de janeiro de 1977, caminhantes encontraram o corpo congelado de um homem em uma caverna situada abaixo do Pinnacle, em Albany Township. Durante a autópsia, não foi possível identificar o homem por sua aparência, vestuário ou pertences, conforme relatado por George Holmes, vice-legista chefe do Condado de Berks.
Holmes também revelou que a causa da morte foi uma overdose de drogas, e não havia indícios de trauma no corpo de Grubb que sugerissem crime. Embora registros dentários e impressões digitais tenham sido coletados durante a autópsia, as impressões digitais foram perdidas com o tempo.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou a 1ª Turma da Corte para um julgamento virtual que decidirá sobre a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil. A sessão começará à meia-noite desta segunda-feira (2) e terá duração de 24 horas, com a participação dos ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Carmen Lúcia, além de Moraes.
A suspensão da plataforma foi implementada pelas operadoras de internet no país na madrugada de sábado (31), após Moraes determinar o bloqueio da rede social. A decisão foi tomada devido à falta de resposta do proprietário da plataforma, Elon Musk, ao prazo de 24 horas estipulado pelo ministro para que fosse indicado um representante legal do X no Brasil.
O contexto da decisão remonta ao fechamento do escritório da empresa no Brasil, anunciado por Musk em 17 de agosto, em meio a acusações de ameaças por parte de Moraes. A suspensão também está relacionada ao não cumprimento de ordens anteriores do STF, incluindo a determinação para bloquear perfis de investigados em um inquérito da Polícia Federal sobre obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.
Este julgamento ocorre em um ambiente de crescente tensão entre as ordens judiciais brasileiras e as práticas de moderação de conteúdo do X, com implicações significativas para o funcionamento da rede social no país.