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Moda

Jovem estilista acusa grife de luxo de se apropriar de ideia

Foto: Reprodução/ Instagram/ Tra My Nguyen

Uma promissora designer de moda acusou a grife de luxo Balenciaga de se apropriar de seu trabalho. Ela afirma que a marca postou uma imagem nas mídias sociais muitíssimo parecida com uma de seu portfólio – o mesmo portfólio que havia sido enviado para a Balenciaga meses antes.

Estudante de mestrado em moda na Alemanha, Tra My Nguyen disse que ficou “zangada e sem palavras” quando a marca espanhola de propriedade francesa revelou uma foto de uma moto envolta em roupas coloridas em sua conta oficial do Instagram na quarta-feira (22).

Ela acusou a empresa de “roubar, apropriar-se e lucrar com as ideias dos artistas POC (pessoas de cor)”.

A Balenciaga ainda não respondeu ao pedido de comentário da CNN.

Em comunicado divulgado no Instagram na quinta-feira (23), Nguyen, que mora em Berlim e é de origem vietnamita, disse que a imagem foi baseada no seu projeto de mestrado, que explora a cultura feminina de motocicletas do Vietnã.

Segundo a estilista alemã, uma recrutadora de Balenciaga que viu seu trabalho exibido na Universidade de Artes de Berlim e pediu duas vezes para ver seu portfólio.

Uma captura de tela de uma suposta troca de e-mails de outubro do ano passado parece mostrar um dos funcionários da marca solicitando o portfólio de Nguyen com a premissa de que a marca estava procurando estagiários.

Depois de responder com informações e imagens de seu trabalho, que incluíam fotos de motos envoltas em roupas, Nguyen disse que não teve resposta e não deu permissão para que ninguém usasse sua ideia.

“Eu não sou seu moodboard!”, escreveu a estilista num story do Instagram, exigindo que a marca pedisse desculpas e removesse a imagem. [Em moda, um moodboard é um conjunto de imagens que define o conceito por trás de uma coleção ou peça].

Em um e-mail à CNN, Nguyen disse que queria conscientizar as pessoas sobre a “exploração de jovens criativos”, especialmente aqueles que são negros, indígenas e pessoas de cor (BIPOCs).

“Não apenas (as grandes marcas) roubam as ideias artísticas e o intelecto dos alunos, mas também esperam que eles trabalhem de graça como estagiários”, desabafou. Ela acrescentou que a “exploração sistemática” havia “ficado normal na indústria da moda”.

Nguyen explicou que seu projeto estava enraizado na história de sua própria família e que sua mãe havia vendido uma moto “para imigrar para a Alemanha”.

“A ideia era desconstruir o estilo de rua emergente no Vietnã, conhecido como Street Ninja”, escreveu. “Eu colei roupas de proteção UV do Vietnã sobre uma moto para criar ‘esculturas vestíveis’”.

“Eu me sinto traída e magoada por fazer parte da minha cultura, é um processo artístico e não uma estética aleatória da moda com a qual você pode lucrar!”, acrescentou, afirmando em seu comunicado que o ato era “típico” da marca.

Nguyen disse à CNN que achava que uma resposta apropriada de Balenciaga seria um pedido de desculpas. “Além disso, espero que reconheçam sua prática de design tóxico de apropriação da ‘cultura de pouca leitura’ para torná-la ‘alta moda’”, acrescentou.

Nguyen pediu às universidades que fizessem mais para proteger os direitos de propriedade intelectual de seus alunos.BalenciagaFoto: Reprodução/ Instagram/ Balenciaga

Controvérsias passadas

Com criações baseadas na cultura pop e que elevam as imagens cotidianas em símbolos de status, a Balenciaga atraiu críticas de apropriação no passado.

Em 2017, a marca apresentou uma bolsa azul muito parecida com as produzidos pela Ikea, embora a peça da Balenciaga estivesse à venda por US$ 2.145.

O produtor musical Swizz Beatz também já acusou a marca de copiar o logotipo “R” usado pelo coletivo de hip hop e pela etiqueta Ruff Ryders.

Logotipos de outra coleção foram amplamente comparados ao da campanha presidencial de Bernie Sanders – mas o diretor criativo da Balenciaga, Demna Gvasalia, negou que Sanders tinha sido sua inspiração.

A marca própria (e cult) de Gvasalia, chamada Vetements, que ele deixou em setembro de 2019, é conhecida pelo uso de imagens da cultura de massa, incluindo uma cena do filme Titanic, que foi impressa em um capuz enorme e vestida por Celine Dion, que participou da trilha sonora do filme.

Em uma entrevista em 2019 ao Women’s Wear Daily, Gvasalia abordou essas críticas, dizendo que apropriação é “uma grande palavra que todo mundo está dando voltas à esquerda e à direita, mas ninguém realmente sabe de onde vem e por que”.

“Não foi Demna quem começou isso”, disse, referindo-se a si mesmo na terceira pessoa e em seguida comparando seu traballho com o de Marcel Duchamp, o artista que transformou objetos do cotidiano em obras de arte desejáveis e que, no fim, também foi acusado de se apropriar de ideias.

“Eu só queria ressaltar que a apropriação não começou como um conceito de moda comigo”, afirmou Gvasalia. “Talvez eu o tenha modernizado algum conceito para que ele fosse compreensível para a geração de consumidores com quem converso”.

Os críticos argumentam, no entanto, que há uma grande diferença entre os gestos irônicos com referências bastante conhecidas e (supostamente) não creditar um indivíduo menos conhecido por inspirar as imagens de uma marca.

No caso de Nguyen, ela diz que a Balenciaga ainda não havia entrado em contato com ela. “Em vez disso, eles ainda estão postando seus feeds como se nada tivesse acontecido”, acusou.

Por Oscar Holland – CNN

Estilo

O que as cores falam por você?

As cores podem influenciar diretamente no nosso humor e na percepção que os outros tem ao nosso respeito. Quem nunca se pegou escolhendo a cor que passaria a virada do ano?

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Foto: Reprodução/Thelolovivinetwork.com

Ao reconhecer que a imagem que projetamos tem poder e que a vestimenta tem papel preponderante na construção dessa imagem, não podemos ignorar a influência significativa que as cores tem na nossa comunicação não-verbal. Sabia que existem vários estudos relacionados ao tema?

A psicologia das cores se dedica a estudar a maneira pela qual as cores são percebidas pelo nosso cérebro. E esse estudo é tão significativo que a maioria das grandes marcas que conhecemos fizeram e fazem uso desse conhecimento não só para criar sua identidade visual, mas para permanecer na memória dos seus consumidores e influenciar seu comportamento. Prova disso é que basta fazer menção a uma marca conhecida pra que a gente lembre das suas cores, por exemplo: Mac Donalds, Coca Cola, Tiffany & Co. (sendo que esta tem até um tom de azul que carrega seu nome!), entre tantas outras.

É fácil concluir que escolha intencional da cor é uma ferramenta fundamental para a construção da imagem que desejamos projetar. Logicamente, essa escolha deverá levar em consideração nosso humor, a situação para a qual nos vestimos  e o significado de cada cor. Assim sendo, segue abaixo os principais significados das cores, suas simbologias:

Vermelho: energia, intensidade, impulsividade, amor, paixão, ódio, emoção, sensualidade.

Laranja: ânimo, energia (menos que o vermelho), calor, criatividade, humor, jovialidade.

Amarelo: alegria, confiança, otimismo, riqueza, sabedoria.

Verde: esperança, equilíbrio, frescor, harmonia, perseverança, renovação.

Azul: credibilidade, frieza, poder, nobreza, segurança.

Roxo: criatividade, luxo, realeza, sabedoria, sensualidade.

Rosa: delicadeza, feminilidade, inocência, romantismo.

Marrom: comprometimento, realismo, seriedade, sofisticação.

Branco: pureza, paz, limpeza, futurismo, sabedoria.

Preto: poder, seriedade, elegância, luxo.

Cinza: inovação, resiliência, sobriedade.

Dourado: luxo, sorte, riqueza.

Prata: modernidade, dinamismo vanguardismo.

Além dos significados das cores, para fazer uma escolha intencional de cor, é importante saber que cores mais intensas, escuras e/ou frias (azul, verde, roxo e suas variantes no círculo cromático) tem o poder de afastar, repelir, denotam inacessibilidade. Ao passo que cores mais suaves, claras e/ou quentes (amarelo, laranja, vermelho e suas variantes no círculo cromático) tendem a aproximar, porque dão a impressão de acessibilidade.

Agora que você já conhece um pouco sobre as diferentes mensagens que as cores transmitem, fica mais fácil fazer o bom uso delas. Quando precisar de mais energia, por exemplo, dê preferência a cores mais intensas. Se for de calma que você precisar, use cores mais claras e suaves. Se apaixonada, quem sabe o velho e bom vermelho vai te acompanhar? Agora, a pergunta que não quer mesmo calar é: qual a cor que melhor te representa hoje?

Wilfa Branco

Consultora e Coach de Imagem e Estilo

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Estilo

O papel da vestimenta no desenvolvimento da autoestima

A vestimenta ocupa um papel de destaque no que comunicamos com a nossa imagem e pode ser uma poderosa aliada no desenvolvimento da autoestima.

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Foto: Lobachad/Envato


Desde o princípio, a vestimenta desenvolveu vários papéis ou funções. Quando os homens das cavernas começaram a usar a pele dos animais que caçavam para cobrir e proteger a sua própria pele do frio e do atrito com os obstáculos que encontravam no ambiente, aquela vestimenta rudimentar desenvolvia a função de proteção.


Com o passar do tempo as técnicas para a construção da vestimenta foram se aprimorando. Surgiram amarrações diversas, tecidos feitos por meio do entrelaçamento dos fios dos pelos de animais, diferentes técnicas de tingimento etc. E em meio a tantas novidades, a vestimenta começou a desempenhar outras funções.


Ao longo dos séculos, a vestimenta passou de mera proteção térmica a verdadeira declaração de status e de poder. Na Antiguidade, os egípicios, por exemplo, presavam a limpeza, tinham o hábito de tomar muitos banhos (o que não era comum naquela época), raspavam a cabeça para evitar piolhos e usavam perucas com vários adornos, além de roupas branquíssimas. Na Roma antiga, as cores das vestimentas separavam a sociedade em espécies de castas. Nas monarquias as cores e os tecidos das roupas também simbolizavam riqueza e poder. Havia cores que só a realeza podia usar.


Diversos são os exemplos que poderiam ser citados aqui ao falar da evolução do vestuário, mas o que importa por ora é demonstrar o papel fundamental que a roupa tem na construção e desenvolvimento da imagem e da autoestima.


Dizer que nossa imagem é pura comunicação não verbal e ignorar o papel relevante que a roupa tem nesse contexto seria, no mínimo, contraditório. Ouso dizer que a roupa, ou a ausência dela, é quem primeiro comunica, porque suas cores e texturas impactam primeiro o olhar. Os demais elementos que compõem a nossa imagem chegam em seguida, como um complemento, que podem ou não estar de acordo.


A roupa que escolhemos vestir comunica muito sobre nós, nosso humor, temperamento, status, aspirações e tantas outras coisas. E para quem vive em sociedade o ato de se vestir é praticado diariamente. Em um contexto normal, não há ato social que não esteja precedido da vestimenta. Nossa roupa é capaz de provocar aproximação ou de repelir pessoas. Pensem em quantas vezes vocês já se viram nessa situação. Em quantas vezes já se afastaram ou prejulgaram alguém pela roupa que a pessoa vestia?


Para além da comunicação externa, porém, a roupa tem o poder de elevar ou diminuir nossa autoestima. E esse para mim é o ponto mais relevante de todos! Sabe aqueles dias que a gente passa o dia todo de pijama, que a gente não tem vontade de nada? Também tem aqueles dias que a gente veste qualquer coisa, não arruma o cabelo. E do ano passado pra cá, que temos a realidade do home office? Quem aqui não se vestiu pelo menos uma vez da cintura pra cima?


Todos conseguimos nos enxergar em uma dessas situações com alguma frequência. Agora, reflitam o quão produtivos conseguimos ser nesses dias. Não estou aqui dizendo que não podemos ter um day off. Claro que não só podemos, como devemos! Mas o que gostaria que ficasse claro aqui é que esse padrão não deve ser o desejado. Devemos ter uma rotina de cuidados diários com a nossa imagem, porque isso impacta diretamente na maneira como nos vemos e como nos comportamos.


O padrão de comportamento é mais ou mesmos assim: se eu me sinto mal comigo tendo a cuidar menos de mim, a me olhar menos no espelho, a me vestir de qualquer jeito, adoto uma postura e um discurso que vão acabar com minha autoestima. E é a imagem de uma pessoa derrotada que eu vou passar, porque é assim que estarei me sentindo.


E é exatamente contra esse padrão que devemos lutar! A receita é simples, mas não necessariamente fácil de ser executada. Devemos nos cuidar! Não vou dizer aqui a hora que você tem que acordar! Cada um tem sua realidade. Mas, ao despertar, especialmente nos dias em que não nos sentimos bem, devemos racionalmente seguir uma rotina que começa com o autocuidado. Um bom banho pra acabar de acordar, os cuidados com pele e cabelos e, claro, a escolha da roupa! Neste ponto faça uma escolha consciente! Você verá que vai fazer toda a diferença! Se estiver precisando de ânimo, experimente usar uma peça com uma cor mais vibrante e enérgica! Está agitada, ansiosa, use cores que acalmam e promovem o relaxamento. Feliz e apaixonada? Use as cores do amor! Para cada modo há uma cor que vai contribuir para transmitir ou “curar” o sentimento.


Além das cores, o corte das roupas também transmite informações! Roupas com o corte mais reto e estruturadas (comuns no guarda roupa masculino) transmitem mensagens de poder e distanciamento. Já as roupas leves, fluidas, com linhas curvas, comunicam abertura e proximidade.


Pense em qual mensagem você quer ou precisa transmitir e escolha a vestimenta de forma assertiva! E lembre-se que a mudança desejada na sua vida começa por você! Invista em você, porque não conseguimos demonstrar ser algo que não somos na essência. Na vida pessoal ou profissional, vista-se para os objetivos que você quer alcançar!

Wilfa Branco
Consultora e coach de imagem e estilo

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Entretenimento

Festival de Cannes: veja os looks das brasileiras no red carpet

Marina Ruy Barbosa, Camila Coelho e Bruna Linzmeyer são alguns dos nomes que brilharam no red carpet.

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Foto: Getty Images

Criado em 1946, o Festival de Cannes, um dos mais prestigiados festivais de cinema no mundo, acontece todos os anos na cidade francesa de Cannes, reunindo muitas celebridades, fotógrafos, diretores, jornalistas e produções de sucesso. Após uma pausa forçada em 2020, devido à pandemia, o festival teve sua retomada na última terça-feira (6) com a edição 21021  e segue até o dia 17 de julho.

Por lá, nomes brasileiros como Marina Ruy Barbosa, Bruna Linzmeyer têm chamado atenção com looks deslumbrantes ao passarem pelo tapete vermelho. 

Marina Ruy Barbosa 

A atriz e empresária brasileira Marina Ruy Barbosa brilhou no red carpet da première do filme italiano “The Piani”. Em um deslumbrante vestido preto da Maison Valentino, Marina apostou em uma combinação de brincos e anel em esmeraldas e diamantes da coleção Red Carpet by Chopard. 

Bruna Linzmeyer 

Na cidade para prestigiar a estreia do filme Medusa, onde vive o papel de Melissa, Bruna apostou em um vestido leve floral da grife italiana Gucci. 

Camila Coelho

Com um vestido branco bordado de cauda da grife Nicolas Jebran, beleza natural e jóias  da Chopard, mesma coleção escolhida por Marina, Camila brilhou no red carpet.

Izabel Goulart

Quem também investiu em um modelo de vestido na cor branca foi a top model Izabel, que optou por um modelo com decote lateral e ousado da marca Etro.

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