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Brasil

Mais de 24 mil crianças no Brasil são superdotadas, mostra censo

Vocabulário, criatividade e raciocínio avançado são características

Foto: Fernanda Iara Gonzalez/Arquivo pessoal

Muito prazer na leitura, nos estudos e notas altas na escola. Pensamento rápido e apurado, vocabulário amplo, talento para resolver equações, criatividade extrema, raciocínio avançado, foco e atenção preciosos e alta sensibilidade. Essas são algumas das características das crianças superdotadas, que comemoram hoje (10) o Dia Internacional da Superdotação. Habilidades incluem aptidão para atividades intelectuais, artísticas ou esportivas que parecem ser inatas, uma vez que essas pessoas apresentam tais características sem que se possa explicar como aprenderam. 

No Brasil, de acordo com o Censo Escolar 2020, há 24.424 estudantes com perfil de altas habilidades/superdotação matriculados na educação especial, mas o número real pode ser ainda maior.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que 5% da população têm algum tipo de alta habilidade ou superdotação. Segundo o Ministério da Educação (MEC), se forem considerados os mais de 47 milhões de alunos da educação básica (Censo Escolar, Inep 2020) cerca de 2,3 milhões de estudantes devem compor esse grupo.

O índice de identificação desse segmento ainda é baixo no Brasil, ou seja, acredita-se que existem muitos mais estudantes com altas habilidades ou superdotação do que o número geralmente revelado no Censo Escolar.  “Esse é o principal desafio para a área na Educação Especial: identificar precocemente esses estudantes e oferecer atendimento adequado, com serviços e recursos especializados”, informou em nota o MEC.

O teste de quociente de inteligência (QI) não é o único meio para identificar uma criança superdotada, há diferentes métodos, mas algumas caracteristicas já podem apontar altas habilidades e/ou superdotada, explica o psicólogo Alexander Bez, profissional com especializações em saúde mental nas universidades de Miami e da Califórnia. ]

“As características das crianças superdotadas são bem diferenciadas. A habilidade em aprender rápido é sempre incontestável. Elas têm facilidade em desenvolver um vocabulário mais amplo, maior interesse no aprendizado, como também em assuntos gerais”.

O teste de QI é uma escala que ajuda a avaliar e comparar a habilidade de diferentes pessoas em algumas áreas do pensamento, como matemática básica, raciocínio ou lógica, por exemplo. Crianças acima de 140 QI são superdotados e crianças acima de 180 QI são consideradas gênio.

De acordo com o especialista, outras características podem indicar alto potencial em crianças: 

Capacidade inicial de ler, aprender e compreender as coisas rapidamente

Pode ficar intensamente absorvido em tópicos de interesse, ao mesmo tempo em que fica alheio aos eventos ao redorObservação aguçada, curiosidade e tendência a fazer perguntas

Desenvolvimento precoce de habilidades motoras (por exemplo, equilíbrio, coordenação e movimento)

Capacidade de pensar abstratamente, mostrando sinais de criatividade e inventividade

Encontra alegria em descobrir novos interesses ou apreender novos conceitos

Uso inicial de vocabulário avançado

Retenção de variedade de informações

Mostra independência, autossuficiência e responsabilidade na realização de tarefas

Capacidade de visualizar situações de perspectivas variadas e explorar abordagens alternativas


No país, a Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação realiza essa triagem. Outro local que também trabalha nessa identificação é a social edtech CogniSigns, com atuação alinhada aos determinantes sociais da saúde.

O Conselho Brasileiro para a Superdotação (ConBraSD) considera que testes psicométricos, como a aplicação do WISC IV para a aferição do QI, inventários de características, observação do comportamento, entrevistas com a família e professores, assim como alguns testes informais para estabelecimento de vínculo entre avaliador e avaliado, são alguns exemplos de procedimentos que podem ser adotados. Mais informações sobre superdotação estão no e-book 10 perguntas e respostas do ConBraSD. 

Educação Especial

Características que podem apontar para um alto potencial em crianças

Características que podem apontar para um alto potencial em crianças – Daniel Dresch/ Arte Agência Brasil

A composição do público da educação especial encontra-se definida em diversos marcos legislativos, entre os quais a Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Art. 58).  Entende-se por educação especial a modalidade oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Por meio de recursos e serviços especializados, a educação especial promove ações que visam a atender às demandas de seu público, bem como apoiar os sistemas de ensino no atendimento educacional especializado. 

Segundo informou o Ministério da Educação, as altas habilidades ou superdotação são evidenciadas em qualquer lugar, mas, no caso dos estudantes que apresentam características na escola, são consideradas suas habilidades acima da média, o envolvimento com a tarefa, sua criatividade, o ritmo de aprendizagem, a qualidade dos produtos que apresentam para evidenciar a aprendizagem, assim como o modo como se relacionam interpessoalmente.

O processo de identificação geralmente é feito pela escola, contando com a participação dos técnicos da educação especial, que atuam na sala de recursos, dos demais profissionais da escola, das equipes multiprofissionais e dos técnicos do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAHHS), quando o sistema de ensino tem a disponibilidade desse núcleo.

O processo começa com a indicação das altas habilidades ou superdotação do aluno, quando são percebidas pela família, pelos professores, pelos colegas ou pelo próprio estudante.

A avaliação é feita por equipe multidisciplinar e compreende aspectos cognitivos, acadêmicos, sociais e emocionais, entre outros. O processo de identificação tem duração variável, podendo chegar até mesmo a um ano; ao final, é emitido um relatório comprovando a identificação e referenciando as áreas de altas habilidades ou superdotação do estudante.

Segundo informou a pasta, “espera-se que o estudante seja inserido em programas oferecidos pelo próprio sistema de ensino, como o atendimento em sala de recursos ou mesmo no Núcleo de Altas Habilidades. Há também localidades que dispõem de programas oferecidos por iniciativa da sociedade civil ou por instituições de ensino superior, para atendimento a esse público”. 

A família pode buscar fora da escola o processo de identificação por meio de profissionais especializados. Ao ser identificado, o estudante deverá receber o acompanhamento com recursos e serviços de educação especial, a fim de que o seu potencial seja valorizado e para que não se sinta desmotivado em sua trajetória acadêmica. 

Na opinião do psicólogo Alexandre Bez, estudar em uma escola especial não é necessário para esses estudantes, embora seja estimulante. “Uma criança superdotada geralmente vai atrás de seus objetivos. Mas, psicologicamente, possuir pares equivalentes sempre confere uma qualidade a mais para que estímulos específicos possam ser desencadeados. As crianças superdotadas são intelectualmente diferenciadas. Dessa forma, ter pares especiais com o mesmo talento nato ajuda a aumentar os desafios, impulsionando os talentos naturais que elas já possuem”.

Superdotado

Os pais do estudante Pedro, hoje com 9 anos, tiveram ajuda da escola em que o garoto estudava para confirmar sua inteligência avançada. “Pedro sempre demonstrou interesse pelos estudos, aprendeu a ler e escrever aos 4 anos de idade, ainda na educação infantil. Quando ele tinha 7 anos, fui convidada a participar de uma reunião com os pedagogos e professores da escola para conversarmos a respeito da inteligência avançada do Pedro”, contou a mãe, a pedagoga Fernanda Iara Gonzalez.

A escola indicou um auxílio oferecido pela prefeitura São José dos Campos (SP), onde mora a família, para crianças com traços de autodidata. “Porém, com o início da pandemia não conseguimos esse acompanhamento”, lamentou Fernanda.

Atualmente, Pedro não está em uma escola especial para superdotados, mas os pais  o transferiram para outra instituição. “Mudamos ele de escola para melhor aproveitamento e acompanhamento. Ele estudava em escola municipal, hoje estuda em ensino particular”, acrescenta.

Desvantagens

Dependendo do universo em que a criança vive e sua diferenciação, eventuais manifestações depressivas podem ser recorrentes, alerta o psicólogo. “Sem ter um preparo especial, essa criança pode ter problemas também de colocação profissional, por isso é importante o apoio familiar. Sem apoio, ela pode ficar desmotivada e perder o interesse em certas coisas, como também por ser superdotada – pode haver incongruências nas amizades, principalmente no que tange à faixa etária e ao grupo social em que vive”.

Além disso, o perfeccionismo pode trazer componentes emocionais negativos à vida da criança. “A pressão em lidar com as expectativas dos pais pode ser bem contraproducente. Eles também podem ter intensa sensibilidade, pela falta de amigos compatíveis com a sua esfera intelectual, o que pode gerar dificuldade ao se agrupar socialmente. Essa situação pode gerar conduta de autoisolamento. Outros pontos podem ser timidez excessiva e dificuldade para relacionamentos íntimos-conjugais”, diz Bez. 

Segundo os pais de Pedro, com o início da pandemia o garoto ficou mais ansioso. “Ele já era uma criança extremamente ansiosa, teve seu quadro intensificado e, em alguns momentos, tivemos muita dificuldade para ajudá-lo. Mostrou também dificuldade de lidar com seus próprios sentimentos e emoções. Por sorte, ele é muito tranquilo, amoroso e educado, o que ajuda bastante a dialogarmos”.

A família tem dado muito apoio à criança. “Além da mudança de escola, Pedro, eu e o pai [o supervisor de produção Rafael Mariano Nogueira] fazemos acompanhamento com terapeuta, o que tem nos ajudado bastante a compreender a diferença de raciocínio e o tempo dele em relação a tudo. Assim conseguimos ajudá-lo com mais consciência nesse processo de autoconhecimento, para que consiga ter maior domínio em relação às expectativas e descobertas, já que ele tem apenas 9 anos”, afirma Fernanda. 

Apoio familiar

Ao ter uma criança diagnosticada com superdotação, a compreensão da família é necessária para proporcionar todo o apoio e atenção. “O apoio da família é essencial. Não se escolhe ser gênio ou superdotado diferenciado, se nasce. Esse apoio familiar será altamente motivador, coibindo todas e quaisquer frustrações que poderiam aparecer”, reforça o psicólogo.

Nesse sentido, a presença da família, em especial, as ações do pai e da mãe, têm que ser sempre incentivadoras e motivacionais, como também apoiadoras. “A prevalência da harmonia no lar é fundamental para a criança ter uma ambiente saudável, sem estresse”, diz o especialista. 

Mesmo com apenas 9 anos, Pedro já diz qual carreira pretende seguir. “Ele sempre demonstrou interesse e facilidade pela área de informática e engenharia. Mesmo sendo muito novo, fala que essas são suas opções para seguir carreira”, conta a mãe.

PNEE

O governo federal lançou em 2020 a nova Política Nacional de Educação Especial para ampliar o atendimento educacional especializado a mais de 1,3 milhão de educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 

Por meio da PNEE, os sistemas de ensino estaduais e municipais poderão receber apoio para instalar salas de recursos multifuncionais ou específicas, dar cursos de formação inicial ou continuada de professores, melhorar a acessibilidade arquitetônica e pedagógica nas escolas, e ainda criar ou aprimorar centros de Serviço de Atendimento Educacional Especializado. A adesão de estados e municípios é voluntária.

Decreto nº 7.611/2011  estabelece que os sistemas de ensino que tenham estudantes com altas habilidades ou superdotação, matriculados em classes comuns e em salas de recursos, onde participam do atendimento educacional especializado no contraturno, já recebem duplamente o valor relativo ao financiamento da educação, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

Outro programa fundamental é a Formação Continuada de Professores e Profissionais de Educação na área da educação especial. O MEC constantemente desenvolve cursos, em parceria com instituições federais de ensino, envolvendo as diversas áreas, inclusive as altas habilidades ou superdotação visando à formação continuada de docentes da educação básica. O MEC também apoia técnica e financeiramente estados, o Distrito Federal (DF) e municípios para a oferta de cursos de formação continuada de professores, por iniciativa dos entes federados, no âmbito do Plano de Ações Articuladas, em busca das metas pactuadas no Plano Nacional de Educação.

Há também o Programa Sala de Recursos Multifuncionais, cujo principal objetivo é a aquisição de materiais didáticos e pedagógicos, equipamentos de tecnologia para as salas de recursos (atualmente são mais de 31 mil salas), para atender às especificidades pedagógicas dos estudantes da Educação Especial, matriculados nas escolas públicas das redes estaduais, do DF e municipais. No ano de 2020 foram destinados R$ 254 milhões para compor novas salas de recursos ou equipar as existentes.

Também o Programa Escola Acessível, implementado no âmbito do Programa Dinheiro Direto na Escola, busca promover condições de acessibilidade não apenas ao ambiente físico, mas, aos recursos didáticos e pedagógicos e à comunicação e informação nas escolas públicas de ensino regular. Em 2021, o aporte previsto é de R$100 milhões, que serão empenhados para beneficiar cerca de 4.500 escolas.

Saúde

Erro médico faz mulher tratar por 6 anos câncer inexistente

Justiça de São Paulo condenou a Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente

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Uma mulher de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, recebeu uma indenização de R$ 200 mil da Amico Saúde, empresa médica que a submeteu a um tratamento de quimioterapia por seis anos por uma metástase óssea que nunca existiu. A Justiça de São Paulo considerou que houve erro médico de diagnóstico e tratamento, que causou danos físicos e psicológicos à paciente.

A mulher, que tinha 54 anos em 2010, foi diagnosticada corretamente com câncer de mama e fez uma mastectomia. Porém, em outubro do mesmo ano, um novo exame indicou que ela tinha metástase óssea, ou seja, que o câncer havia se espalhado para os ossos. Ela então iniciou um tratamento de quimioterapia, que continuou mesmo após mudar de plano de saúde em 2014.

Em 2017, os médicos do novo plano de saúde desconfiaram do diagnóstico e pediram um exame mais preciso, chamado PetScan, que revelou que a mulher não tinha metástase óssea. O resultado foi confirmado por outro exame em 2018 e por um laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

Um exame feito em 2010, na mesma época em que ela começou a quimioterapia, já havia apontado que a probabilidade de ela ter metástase óssea era baixa, mas esse dado foi ignorado pelos médicos da Amico Saúde. A Justiça não conseguiu explicar por que a mulher foi tratada de forma equivocada por tanto tempo, se por negligência ou por economia.

A mulher relatou que sofreu muito com os efeitos colaterais da quimioterapia, como dor, insônia, perda óssea, perda de dentes e limitação dos movimentos da perna. Ela também disse que viveu uma grande angústia psicológica, achando que iria morrer a qualquer momento. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora, porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais”, afirmou a defesa da paciente.

A sentença que condenou a Amico Saúde a pagar R$ 200 mil de indenização foi dada em primeira instância e confirmada pelo Tribunal de Justiça. O relator do recurso, o desembargador Edson Luiz de Queiroz, destacou que “a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado”.

No final de 2023, a Amico Saúde fez um acordo com a mulher e pagou os R$ 200 mil.

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Política

Lula anuncia Ricardo Lewandowski como novo Ministro da Justiça

Jurista se aposentou como ministro do STF em abril de 2023, perto de completar 75 anos

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Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (11) a escolha do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Lewandowski substituirá Flávio Dino, que foi indicado por Lula para ocupar uma vaga no STF e teve seu nome aprovado pelo Senado.

Lula destacou o currículo e a experiência de Lewandowski, que foi “um extraordinário ministro da Suprema Corte” e aceitou o convite na quarta-feira (10). O presidente disse que a nomeação será publicada em 19 de janeiro e que o novo ministro tomará posse em 1º de fevereiro. Até lá, Flávio Dino permanecerá à frente da pasta, que ele conduziu de forma “magistral”, segundo Lula.

“Eu acho que ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está aqui do meu lado, cada um na sua função”, afirmou Lula, que estava acompanhado de Lewandowski, Flávio Dino, e da primeira-dama, Janja da Silva.

Lula também declarou que dará autonomia para que Lewandowski monte sua própria equipe na Justiça, mas que pretende conversar com ele em fevereiro sobre os nomes que ficarão ou sairão do ministério. O presidente comparou a situação a um técnico de futebol, que deve escalar seu próprio time e ser responsável pelos resultados.

“[Em 1º de fevereiro] Ele [Lewandowski] já vai ter uma equipe montada, ele vai conversar comigo e aí vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades”, disse Lula.

Ao final da cerimônia, Lula revelou que a primeira-dama Janja espera que mulheres tenham mais espaço na nova gestão da Justiça, ao que Lewandowski respondeu: “Certamente”.

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Saúde

Menina de 8 anos se queixa de dores de cabeça, desmaia e morre após AVC

Maria Julia de Camargo Adriano estava na rede da casa onde morava em Ribeirão do Pinhal (PR) quando se queixou de dores na cabeça

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Uma tragédia abalou a família de Maria Julia de Camargo Adriano, de 8 anos, que morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no último sábado (6). A menina, que era natural de Paraná, tinha o sonho de ser veterinária e era muito inteligente e dedicada aos estudos.

Segundo relatos da família, Maria Julia começou a sentir fortes dores de cabeça e perdeu a consciência. Ela foi socorrida e levada ao hospital mais próximo, onde os médicos constataram que ela tinha um sangramento no cérebro.

Devido à gravidade do caso, ela precisou ser transferida duas vezes, até chegar ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde ficou internada na Unidade de terapia intensiva (UTI). Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu e teve a morte confirmada na segunda-feira (8).

A causa do AVC foi um aneurisma, uma dilatação anormal dos vasos sanguíneos, que se rompeu e provocou uma hemorragia cerebral. A tia de Maria Julia, Adriana, disse que a menina não tinha nenhuma doença pré-existente e que os médicos consideraram o ocorrido uma fatalidade.

O AVC é uma condição que afeta principalmente adultos, especialmente aqueles que têm fatores de risco como diabetes, obesidade e tabagismo. Em crianças, é muito raro e pode estar associado a alguma má formação na estrutura corporal.

A médica neurologista Adriana Moro explicou que o AVC em crianças é difícil de ser diagnosticado, pois não é uma suspeita comum quando há alguma alteração neurológica. Ela alertou para a importância de reconhecer os sintomas do AVC, como dor de cabeça, fraqueza, alteração da fala e visão, e procurar atendimento médico imediato.

A família de Maria Julia está devastada com a perda da menina, que era alegre, carinhosa e amava os animais. Eles pedem orações e apoio neste momento de dor e luto.

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