A escocesa Tia Castle, de 31 anos, enfrenta há oito anos a síndrome de Fowler, um distúrbio raro que impede o músculo esfíncter da bexiga de relaxar, causando retenção urinária. Desde a infância, Tia sofre com infecções renais e do trato urinário. As complicações da condição resultaram na perda de um rim, além de frequentes episódios de espasmos na bexiga que impactaram drasticamente sua rotina e seu sono.
Em 2016, ela enfrentou uma crise aguda de retenção urinária que a levou ao hospital. Lá, descobriu que estava com sepse devido ao acúmulo de cerca de dois litros de urina. Após passar por vários exames, ela foi diagnosticada com a síndrome de Fowler, uma condição que afeta apenas duas em cada um milhão de mulheres e resulta na incapacidade de esvaziar a bexiga naturalmente.
Desde o diagnóstico, Tia depende de cateteres e enfrenta infecções recorrentes. Apesar de ter tentado diversos tratamentos, incluindo procedimentos invasivos e até a remoção parcial da bexiga, a jovem só encontrou algum alívio ao realizar uma estomia em 2022, procedimento que desviou a urina para uma bolsa externa.
Mesmo com o tratamento, as infecções persistem, e Tia recentemente iniciou testes com uma vacina experimental como última tentativa de controle. Atualmente, ela conta com o apoio da instituição Fowler’s Syndrome UK e busca conscientizar outras pessoas sobre a síndrome de Fowler, afirmando: “Quero que todos saibam que, com um estoma, não há motivo para vergonha — é o que me mantém viva”.