O mês de outubro reserva muitas surpresas para os amantes da astronomia, que poderão contemplar diversos fenômenos celestes, como um eclipse solar anular, duas chuvas de meteoros e a aproximação de planetas com a Lua. Confira a seguir as principais atrações do céu neste mês e não perca a chance de admirar o espetáculo da natureza.

Eclipse solar anular: um anel de fogo no céu No dia 14 de outubro, ocorrerá um dos eventos mais esperados do ano: um eclipse solar anular, que se caracteriza pela formação de um anel luminoso ao redor da Lua, quando esta se interpõe entre a Terra e o Sol. Esse fenômeno acontece porque a Lua está em um ponto distante da sua órbita, fazendo com que seu tamanho aparente seja menor do que o do Sol.

O eclipse será visível em grande parte do continente americano, mas os melhores lugares para observá-lo serão no Nordeste brasileiro, especialmente nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, onde o eclipse será total e poderá ser visto a partir das 15h. Em outras regiões do país, o eclipse será parcial, com a Lua cobrindo apenas uma parte do disco solar.

Para acompanhar o eclipse, é necessário usar óculos especiais ou filtros solares adequados, pois a exposição direta aos raios solares pode causar danos à visão. Nunca use óculos escuros, filmes fotográficos ou vidros coloridos, pois eles não oferecem proteção suficiente.

Chuvas de meteoros: estrelas cadentes iluminam a noite Outra atração imperdível são as chuvas de meteoros, que ocorrem quando pequenos fragmentos de cometas ou asteroides entram na atmosfera terrestre e se incendeiam, formando rastros luminosos no céu. Esses fragmentos são chamados de meteoroides e, ao se tornarem visíveis, recebem o nome de meteoros ou estrelas cadentes.

Em outubro, haverá duas chuvas de meteoros importantes: as Dracônidas e as Oriônidas. As Dracônidas são originadas dos restos do cometa 21P Giacobini-Zinner e terão seu pico na madrugada do dia 9, produzindo cerca de 10 meteoros por hora. As Oriônidas são provenientes dos detritos do famoso cometa Halley e terão seu ápice na noite do dia 20 e na madrugada do dia 21, gerando até 20 meteoros por hora.

As chuvas de meteoros recebem o nome das constelações de onde parecem surgir: as Dracônidas vêm da constelação do Dragão e as Oriônidas vêm da constelação de Órion. No entanto, os meteoros podem aparecer em qualquer ponto do céu noturno e podem ser observados a olho nu, sem necessidade de equipamentos especiais. Basta escolher um local escuro e com boa visibilidade e esperar pacientemente pelo show.

Planetas e estrelas: companheiros da Lua Além dos fenômenos já citados, o mês de outubro também traz algumas conjunções interessantes entre a Lua e outros astros. No dia 10, entre 4h e 5h da manhã, a Lua Minguante estará próxima ao planeta Vênus e à estrela Regulus, que é a mais brilhante da constelação de Leão. Os três poderão ser vistos até o amanhecer em qualquer parte do país. Vênus ainda continuará brilhando no céu matutino mesmo depois que o Sol nascer.

Vênus está em uma fase chamada de elongação oeste, que significa que ele está afastado do Sol em relação à Terra e pode ser visto antes do nascer do Sol. Com um telescópio ou binóculos, é possível ver que Vênus está iluminado pela metade, assim como a Lua no Quarto Minguante.

No dia 16, após o pôr do Sol, a Lua estará alta no céu acompanhada de Saturno. Os dois estarão separados por uma distância equivalente ao dobro da distância entre a Lua e Júpiter no dia 1º. Será uma boa oportunidade para admirar os dois planetas junto ao nosso satélite natural.

Datas para guardar no calendário de outubro

• 06/10: Lua em Quarto Minguante
• 08 e 09/10:  Chuva de meteoros Dracônidas
• 14/10: Eclipse solar anular e Lua nova
• 20 e 21/10:  Chuva de meteoros Oriônidas
• 22/10: Lua em Quarto Crescente
• 23/10: Vênus em maior elongação leste (melhor visualização)
• 24/10: Conjunção entre Lua e Saturno
• 28/10: Lua Cheia
• 28/10: Eclipse lunar parcial