A cidade de Grindavik, no sul da Islândia, vive um clima de tensão e medo diante da possibilidade de uma erupção vulcânica iminente. Mais de 4 mil moradores foram obrigados a deixar suas casas e buscar refúgio em outras localidades, após o governo islandês declarar estado de emergência na região.
A medida foi tomada depois que uma série de tremores de terra sacudiu a área próxima a Grindavik, indicando um aumento da atividade vulcânica. Somente nesta segunda-feira (13), foram registrados pelo menos 900 abalos sísmicos, que se somam aos milhares de outros que ocorreram nas últimas semanas.
Segundo o Escritório Meteorológico da Islândia, os cientistas estão acompanhando de perto a situação e detectaram mudanças no domingo (12) que sugerem que o magma está se aproximando da superfície, a uma distância de menos de 4 quilômetros da cidade de Grindavik.
A Agência de Proteção Civil do país alertou, na sexta-feira (10), que a Islândia enfrenta um cenário que os seus 360 mil habitantes “não vivenciaram antes, pelo menos não desde a erupção em Vestmannaeyjar”, referindo-se a um evento de 1973 que começou sem aviso prévio e destruiu 400 residências.
A Islândia é um país vulcânico, situado sobre uma falha tectônica que separa a América do Norte da Eurásia, ao longo da Dorsal Mesoatlântica. Sob ela, há uma área que é mais quente que o magma ao redor, derretendo e afinando a crosta terrestre. Por isso, a Islândia possui 32 vulcões ativos.
A península de Reykjanes, perto da capital Reiquiavique, é um ponto vulcânico e sísmico. Em março de 2021, fontes de lava emergiram de uma fissura no solo com entre 500 e 750 metros de comprimento no sistema vulcânico Fagradalsfjall da região.