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Mundo

Colômbia elege Gustavo Petro, primeiro presidente de esquerda do país

Com discurso contra desigualdade, político prometeu reformas

Reuters/Vannesa Jimenez

Gustavo Petro, ex-membro do movimento guerrilheiro M-19 que prometeu mudanças sociais e econômicas profundas, conquistou a Presidência da Colômbia no domingo (19), tornando-se o primeiro candidato de esquerda na história do país.

Petro venceu o magnata da construção Rodolfo Hernández com uma margem inesperadamente ampla, de mais de 700 mil votos, no que analistas disseram ser uma demonstração da ânsia dos colombianos por esforços para combater a profunda desigualdade.

Petro, ex-prefeito da capital Bogotá e atual senador, prometeu combater a desigualdade com educação universitária gratuita, reforma previdenciária e altos impostos sobre terras improdutivas. Ele obteve 50,5% dos votos contra 47,3% de Hernández.

As propostas de Petro, especialmente a proibição de novos projetos de petróleo, assustam alguns investidores, embora ele tenha prometido respeitar os contratos atuais.

A vitória de Petro deve causar nervosismo no mercado financeiro até que seu ministério seja anunciado, disseram analistas à agência internacional de notícias Reuters no domingo.

“A partir de hoje a Colômbia muda; a Colômbia está diferente”, disse Petro aos apoiadores em uma arena de shows de Bogotá. “A mudança consiste precisamente em deixar para trás o sectarismo.”

“Não é hora de ódio, este governo, que começará em 7 de agosto, é um governo de vida”, afirmou.

Alejandro Forero, de 40 anos, que usa cadeira de rodas, chorou quando os resultados foram divulgados.

“Finalmente, graças a Deus. Eu sei que ele será um bom presidente e ajudará aqueles de nós menos privilegiados. Isso vai mudar para melhor”, disse Forero, que está desempregado.

Milhares de pessoas saíram às ruas em Bogotá para comemorar, com algumas dançando perto de seu maior local de votação sob chuva intermitente.

Esta campanha foi a terceira candidatura presidencial de Petro e sua vitória acrescenta a nação andina a uma lista de países latino-americanos que elegeram candidatos de esquerda nos últimos anos.

A vitória de Petro mostrou que as pessoas na Colômbia, onde quase metade da população vive em alguma forma de pobreza, estão ansiosas para combater a desigualdade, disse Daniela Cuellar, da FTI Consulting.

“O que a população colombiana demonstrou hoje é que está buscando um governo focado nas principais questões sociais”, declarou ela. “As doenças da desigualdade de longa data da Colômbia, que foram exacerbadas pela covid-19, contribuíram para que o eleitorado buscasse uma mudança.”

Mas um congresso fragmentado, onde uma dezena de partidos tem assentos, funcionará como um controle das propostas de Petro.

“A força institucional e o Estado de Direito da Colômbia parecem suficientemente robustos para que o país mantenha a estabilidade econômica”, disse Cuellar. “Além disso, fazer campanha não é governar, as políticas de Petro serão mais moderadas.”

“Mesmo que ele tente aprovar reformas radicais, ele não tem o apoio do Congresso para implementá-las”, acrescentou.

Petro, de 62 anos, disse que foi torturado pelos militares quando detido por seu envolvimento com a guerrilha, e oficiais de alto escalão das Forças Armadas estavam se preparando para mudanças se sua vitória fosse confirmada.

Por Agência Brasil

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Rei da Espanha repreende sogra após flagrante de furto no palácio

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, foi advertida por Felipe VI após ser vista levando alimentos do Palácio de Zarzuela para casa, hábito iniciado durante a pandemia

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Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, costumava desfrutar de privilégios no Palácio de Zarzuela, residência oficial da monarquia espanhola, por conta de seu vínculo familiar. No entanto, segundo o portal português Flash!, o que inicialmente parecia ser um gesto de hospitalidade acabou se transformando em uma situação que gerou incômodo no rei Felipe VI.

Funcionários do palácio relataram que Paloma se sentia à vontade para utilizar diversos serviços da Casa Real, incluindo lavanderia e refeições, como se fosse moradora permanente. Embora a presença da enfermeira fosse inicialmente justificada pela proximidade com as netas, a princesa Leonor e a infanta Sofia, o comportamento teria extrapolado os limites aceitáveis.

De acordo com os relatos, o ponto de maior polêmica foi quando Paloma foi flagrada levando comida do palácio para casa, hábito que teria começado durante o período de confinamento imposto pela pandemia. “Ela chegou a pedir que alimentos fossem enviados diretamente para sua residência”, informou o portal.

O rei Felipe VI tolerou a situação durante a pandemia, compreendendo as dificuldades do momento. No entanto, o prolongamento desse comportamento levou o monarca a demonstrar sua insatisfação. Ele teria conversado com pessoas próximas e, eventualmente, dado um ultimato à sogra para encerrar a prática.

O episódio veio à tona em meio a outras polêmicas envolvendo a família real, incluindo rumores sobre um caso extraconjugal da rainha Letizia. Essas questões têm alimentado debates sobre a vida privada dos membros da monarquia espanhola e suas relações familiares.

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Dominique Pelicot é condenado a 20 anos de prisão por drogar ex-mulher para estupros em série

Caso histórico envolve mais de 50 réus e revela década de abusos na França

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Sua ex-mulher, Gisèle Pelicot

Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos de prisão nesta quinta-feira (19/12) após ser considerado culpado por drogar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e permitir que dezenas de homens a estuprassem ao longo de dez anos. O julgamento, realizado em Avignon, no sul da França, ganhou repercussão internacional pela gravidade dos crimes e pelo número de envolvidos.

As investigações mostraram que Dominique drogava a vítima repetidamente e facilitava os abusos, que eram registrados em vídeo. Outros 50 homens também foram condenados, com penas entre 3 e 15 anos de prisão. Apesar das sentenças, familiares e ativistas criticaram a Justiça, afirmando que as punições ficaram abaixo do esperado para a gravidade dos crimes.

Repercussões e impacto
O caso veio à tona em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual em um mercado. Durante as investigações, a polícia encontrou imagens que revelaram os abusos contra Gisèle, casada com ele por cinco décadas. Somente após essas descobertas ela soube das agressões.

Na saída do tribunal, Gisèle agradeceu o apoio recebido e afirmou que tornar o caso público foi essencial para “mudar a vergonha de lado”. Manifestantes demonstraram solidariedade à vítima, carregando cartazes com mensagens de apoio, enquanto gritavam “justiça” do lado de fora do tribunal.

Decisões e novos passos legais
A defesa de Dominique anunciou que pretende recorrer da sentença, assim como outros réus. No total, as penas aplicadas aos 51 condenados somam 428 anos de prisão, marcando um dos maiores julgamentos de violência sexual da história recente da França.

O caso é visto como um marco no combate à violência contra mulheres e reforça a necessidade de ampliar discussões sobre proteção e justiça para vítimas de crimes sexuais.

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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