A Argentina enfrenta uma grave crise de abastecimento de combustíveis, que afeta milhares de motoristas e comerciantes em todo o país. A escassez de gasolina e diesel provocou longas filas nos postos, que em muitos casos ficaram sem estoque e tiveram que fechar as portas. Imagens da Reuters mostram bombas vazias e cartazes informando a falta do produto.
A situação é resultado de um conflito entre o governo e as empresas petrolíferas, que alegam prejuízos com o congelamento dos preços dos combustíveis imposto pelo presidente Alberto Fernández em agosto. As petroleiras reduziram a produção e a distribuição, alegando que não conseguem cobrir os custos operacionais.
O ministro da Economia, Sergio Massa, deu um ultimato às empresas e exigiu que normalizem o abastecimento até à meia-noite desta terça-feira (31). “O petróleo argentino é para os argentinos”, declarou Massa, em uma coletiva de imprensa. “Vou defender o abastecimento interno, vou defender o consumo dos argentinos”, acrescentou.
O governo ameaça aplicar sanções às petroleiras que não cumprirem a determinação, como multas, suspensão de licenças e até intervenção estatal. As empresas, por sua vez, pedem uma revisão dos preços e uma compensação pelos danos causados pela medida.
A crise do combustível agrava a situação econômica e social da Argentina, que já sofre com a inflação, a recessão e a pandemia do coronavírus. Os consumidores temem que a falta de combustíveis gere um aumento nos preços dos alimentos e dos serviços de transporte. Além disso, o problema pode afetar o abastecimento de energia elétrica, já que parte da matriz energética do país depende do gás natural.
Veja o vídeo abaixo: