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Em encontro com Putin, Dilma nega dinheiro à Rússia e ataca hegemonia do dólar

Líder do Banco do Brics, a ex-presidente da República participa, em São Petersburgo, de cúpula russa com países da África

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Foto: Alexey DANICHEV / SPUTNIK /AFP

Dilma Rousseff, a presidente do Banco do Brics, se encontrou com o líder russo Vladimir Putin nesta quarta-feira (26) em São Petersburgo, na Rússia, para discutir a cooperação entre os países-membros do bloco diplomático formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Um dos principais temas abordados foi a utilização de moedas locais nas transações comerciais entre os países, como forma de reduzir a dependência do dólar e fortalecer as economias emergentes.

Dilma, que assumiu o cargo em abril deste ano, também negou que o banco fosse conceder novos empréstimos à Rússia, que enfrenta sanções internacionais por causa da invasão da Ucrânia em 2022. Em uma mensagem publicada na plataforma X, ela afirmou que “quaisquer especulações sobre a discussão de novas operações do NBD na Rússia são infundadas”. A ex-presidente do Brasil não comentou sobre o conflito ucraniano na reunião com Putin.

O encontro ocorreu no âmbito da segunda Cúpula Rússia-África, da qual Dilma participou como líder do órgão multilateral. Ela também terá uma reunião bilateral com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para preparar a próxima cúpula do Brics, que acontecerá entre 22 e 24 de agosto no país africano.

Na declaração conjunta após a reunião, Putin elogiou o trabalho do banco e disse que apoiaria as iniciativas de seu pessoal. Ele também criticou o domínio do dólar no comércio internacional e disse que o banco poderia desempenhar um papel significativo no desenvolvimento das relações em moedas nacionais entre os países do Brics.

Dilma reforçou a meta do NDB de fazer 30% de suas captações em moedas locais até 2026 e disse que não há justificativa para que países em desenvolvimento não possam estabelecer trocas em moedas locais. Ela também defendeu um “mundo mais multilateral e multipolar” e destacou a parceria com Moscou no Brics e no NDB.

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