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Em meio a protestos, Putin e Lukashenko prometem resolução “breve” dos problemas em Belarus

Foto: SERGEI GAPON/AFP

Os líderes da Rússia e de Belarus concordaram neste sábado que problemas em Belarus devem ser resolvidos “em breve”, disse o Kremlin, enquanto dezenas de milhares de pessoas tomam as ruas de Minsk mais uma vez para pedir a renúncia do presidente Alexander Lukashenko.

Acusado de fraude na eleição do domingo passado, Lukashenko havia feito um apelo ao presidente russo, Vladimir Putin, uma vez que o líder bielorrusso enfrenta o maior desafio em seus 26 anos de governo e a ameaça de novas sanções ocidentais.

Os laços entre os dois tradicionais aliados já haviam sido colocados sob tensão antes da eleição, pois a Rússia recentemente reduziu os subsídios que sustentavam o governo de Lukashenko. A Rússia vê Belarus como uma proteção estratégica contra a OTAN e a União Europeia.

As declarações de ambos os lados continham uma referência direta a um “estado de união” entre os dois países. Lukashenko já havia rejeitado os apelos de Moscou por laços econômicos e políticos mais estreitos classificando-os como um ataque à soberania de seu país.

“Ambos os lados expressaram confiança de que todos os problemas que surgiram serão resolvidos em breve”, revelou um comunicado do Kremlin depois que Lukashenko e Putin conversaram por telefone.

“Esses problemas não devem ser explorados por forças destrutivas que buscam prejudicar a cooperação mutuamente benéfica entre os dois países no âmbito do estado de união”, acrescentou.

A União Europeia prepara-se para impor novas sanções a Belarus em resposta à violenta repressão no país, com pelo menos dois manifestantes mortos e milhares detidos.

Em uma visita à vizinha Polônia, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que Washington está monitorando a situação de perto.

Os líderes de Estônia, Letônia e Lituânia conclamaram Belarus a realizar novas eleições “livres e justas”.

Lukashenko disse que não precisa de governos ou mediadores estrangeiros para resolver a situação no país, informou a agência de notícias estatal Belta.

“Não vamos dar o país a ninguém”, disse ele.

Dezenas de milhares foram às ruas da capital bielorrussa no sábado. Multidões se reuniram para depositar flores onde um dos manifestantes foi morto esta semana, agitando bandeiras e gritando “vá embora” e “Lukashenko é um assassino”.

INTROMISSÃO EXTERNA

Lukashenko acusou os manifestantes de serem criminosos e de praticarem conluio com agitadores estrangeiros. Antes de sua conversa com Putin no sábado, ele sugeriu que o impacto dos protestos poderia se espalhar além das fronteiras de Belarus.

Moscou também acusou nesta semana países não identificados de “intromissão externa” em Belarus.

“É necessário entrar em contato com Putin para que eu possa falar com ele agora, porque não é mais uma ameaça apenas para Belarus”, disse Lukashenko, segundo a agência de notícias Belta.

“Defender Belarus hoje não é menos do que defender todo o nosso espaço, o estado de união… Aqueles que vagam pelas ruas, a maioria não entende isso.”

A candidata presidencial da oposição Sviatlana Tsikhanouskaya, que fugiu para a vizinha Lituânia na terça-feira, pediu mais protestos e um recall das eleições.

Sua campanha anunciou que ela estava começando a formar um conselho nacional para facilitar a transferência de poder.

Lukashenko alertou na sexta-feira os bielorrussos para ficarem em casa e assim evitarem se tornar “bucha de canhão”.

A Rússia tem estado atenta à agitação em suas fronteiras desde a queda dos governos na Revolução Rosa de 2003 na Geórgia, na Revolução Laranja na Ucrânia em 2003-04 e nos protestos de Maidan em Kiev em 2014 – eventos em que afirma que o Ocidente apoiou os manifestantes.

Aos 65 anos, Lukashenko, que já administrou uma fazenda estatal soviética, enfrenta oposição crescente por conta de sua forma de lidar com a pandemia do coronavírus, bem como a crise na economia e o enfraquecimento dos direitos.

Por Andrei Makhovsky e Polina Devitt – Reuters

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Rei da Espanha repreende sogra após flagrante de furto no palácio

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, foi advertida por Felipe VI após ser vista levando alimentos do Palácio de Zarzuela para casa, hábito iniciado durante a pandemia

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Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, costumava desfrutar de privilégios no Palácio de Zarzuela, residência oficial da monarquia espanhola, por conta de seu vínculo familiar. No entanto, segundo o portal português Flash!, o que inicialmente parecia ser um gesto de hospitalidade acabou se transformando em uma situação que gerou incômodo no rei Felipe VI.

Funcionários do palácio relataram que Paloma se sentia à vontade para utilizar diversos serviços da Casa Real, incluindo lavanderia e refeições, como se fosse moradora permanente. Embora a presença da enfermeira fosse inicialmente justificada pela proximidade com as netas, a princesa Leonor e a infanta Sofia, o comportamento teria extrapolado os limites aceitáveis.

De acordo com os relatos, o ponto de maior polêmica foi quando Paloma foi flagrada levando comida do palácio para casa, hábito que teria começado durante o período de confinamento imposto pela pandemia. “Ela chegou a pedir que alimentos fossem enviados diretamente para sua residência”, informou o portal.

O rei Felipe VI tolerou a situação durante a pandemia, compreendendo as dificuldades do momento. No entanto, o prolongamento desse comportamento levou o monarca a demonstrar sua insatisfação. Ele teria conversado com pessoas próximas e, eventualmente, dado um ultimato à sogra para encerrar a prática.

O episódio veio à tona em meio a outras polêmicas envolvendo a família real, incluindo rumores sobre um caso extraconjugal da rainha Letizia. Essas questões têm alimentado debates sobre a vida privada dos membros da monarquia espanhola e suas relações familiares.

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Dominique Pelicot é condenado a 20 anos de prisão por drogar ex-mulher para estupros em série

Caso histórico envolve mais de 50 réus e revela década de abusos na França

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Sua ex-mulher, Gisèle Pelicot

Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos de prisão nesta quinta-feira (19/12) após ser considerado culpado por drogar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e permitir que dezenas de homens a estuprassem ao longo de dez anos. O julgamento, realizado em Avignon, no sul da França, ganhou repercussão internacional pela gravidade dos crimes e pelo número de envolvidos.

As investigações mostraram que Dominique drogava a vítima repetidamente e facilitava os abusos, que eram registrados em vídeo. Outros 50 homens também foram condenados, com penas entre 3 e 15 anos de prisão. Apesar das sentenças, familiares e ativistas criticaram a Justiça, afirmando que as punições ficaram abaixo do esperado para a gravidade dos crimes.

Repercussões e impacto
O caso veio à tona em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual em um mercado. Durante as investigações, a polícia encontrou imagens que revelaram os abusos contra Gisèle, casada com ele por cinco décadas. Somente após essas descobertas ela soube das agressões.

Na saída do tribunal, Gisèle agradeceu o apoio recebido e afirmou que tornar o caso público foi essencial para “mudar a vergonha de lado”. Manifestantes demonstraram solidariedade à vítima, carregando cartazes com mensagens de apoio, enquanto gritavam “justiça” do lado de fora do tribunal.

Decisões e novos passos legais
A defesa de Dominique anunciou que pretende recorrer da sentença, assim como outros réus. No total, as penas aplicadas aos 51 condenados somam 428 anos de prisão, marcando um dos maiores julgamentos de violência sexual da história recente da França.

O caso é visto como um marco no combate à violência contra mulheres e reforça a necessidade de ampliar discussões sobre proteção e justiça para vítimas de crimes sexuais.

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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