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Mundo

Fronteiras internacionais australianas reabrem ao fim de dois anos

Mais de 50 voos internacionais estão previstos hoje

REUTERS/Steven Saphore
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A partir de hoje (21), os aeroportos da Austrália voltam a ficar movimentados. Ao fim de quase dois anos, o país que tinha aplicado algumas das medidas mais rígidas do mundo para combater a pandemia de covid-19, reabre pela primeira vez as fronteiras. Mais de 50 voos internacionais devem pousar durante o dia.

Um voo da Qantas, proveniente de Los Angeles, foi o primeiro a aterrissar em Sydney, às 6h20 locais. Seguiram-se voos de Tóquio, Vancouver e Singapura.

Os encontros encheram as áreas de chegadas. Foi o caso de Charlotte. A menina não via o avô há muito tempo e abraçada a ele disse aos repórteres : “Senti tanto a falta dele e esperava por esta viagem há tanto tempo”.

Durante o ano passado, alguns australianos foram autorizados a regressar, mas a maioria de visitantes permaneceu longe do país. 

Ao fim de quase dois anos, quem está vacinado com duas doses não precisa ficar em quarentena, ao contrário dos não vacinados, que terão de esperar 14 dias em um hotel, por conta própria.

A região da Austrália Ocidental é a única parte do território que só abrirá portas em 3 de março e vai exigir vacinados com as três doses.

“Sejam bem-vindos”

“Que notícia maravilhosa para a nossa indústria de turismo e para as 660 mil pessoas nela empregadas”, afirmou Dan Tehan, ministro do Comércio, Turismo e Investimento.

O presidente executivo da Qantas, Alan Joyce, estima que a transportadora nacional conduza esta semana mais de 14 mil passageiros para a Austrália e declara : “É justo dizer que todos esperamos muito tempo para receber os visitantes de volta ao país”.

Para o gestor, o momento pode marcar “o início do que muitos acreditam ser uma recuperação longa e lenta para o setor de turismo, devastado pela pandemia”.

“Acho que veremos uma recuperação muito, muito forte”, acrescentou o ministro Dan Tehan no aeroporto de Sydney, vestindo uma camiseta onde se lia “Wellcome back” (“Sejam bem-vindos”).

Durante a pandemia, todos os meses as políticas restritivas custaram às empresas cerca de 2,3 mil milhões de euros, de acordo com a Câmara Australiana de Comércio e Indústria, com o setor do turismo particularmente atingido.

Tony Walker, diretor do Quicksilver Group, que opera cruzeiros, excursões de mergulho e resorts na Grande Barreira de Corais, declarou que estava “muito animado por poder reabrir”.

“Os turistas internacionais representam cerca de 70% dos negócios para os operadores de turismo”, argumentou Walker. A ausência de pessoas, com o fechamento de fronteiras e os confinamentos, resultou em “dois anos incrivelmente difíceis”, acrescentou . A empresa de Walker passou de 650 para 300 funcionários.

Reencontros 

Em 2019, a Austrália recebeu cerca de 9,5 milhões de visitantes estrangeiros e, para Tehan, a expectativa é que o setor de turismo recupere, depois de ter sido sufocado pelas proibições de viagens.

A aplicação da política “zero covid” para conter a pandemia no território australiano também recebeu duras críticas por separar famílias.

No outro prato da balança estão as muitas vidas salvas, especialmente antes de as vacinas estarem disponíveis. A Austrália regista 4.900 mortes associadas à covid-19 desde o início da pandemia.

Por: Agência Brasil

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Rei da Espanha repreende sogra após flagrante de furto no palácio

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, foi advertida por Felipe VI após ser vista levando alimentos do Palácio de Zarzuela para casa, hábito iniciado durante a pandemia

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Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, costumava desfrutar de privilégios no Palácio de Zarzuela, residência oficial da monarquia espanhola, por conta de seu vínculo familiar. No entanto, segundo o portal português Flash!, o que inicialmente parecia ser um gesto de hospitalidade acabou se transformando em uma situação que gerou incômodo no rei Felipe VI.

Funcionários do palácio relataram que Paloma se sentia à vontade para utilizar diversos serviços da Casa Real, incluindo lavanderia e refeições, como se fosse moradora permanente. Embora a presença da enfermeira fosse inicialmente justificada pela proximidade com as netas, a princesa Leonor e a infanta Sofia, o comportamento teria extrapolado os limites aceitáveis.

De acordo com os relatos, o ponto de maior polêmica foi quando Paloma foi flagrada levando comida do palácio para casa, hábito que teria começado durante o período de confinamento imposto pela pandemia. “Ela chegou a pedir que alimentos fossem enviados diretamente para sua residência”, informou o portal.

O rei Felipe VI tolerou a situação durante a pandemia, compreendendo as dificuldades do momento. No entanto, o prolongamento desse comportamento levou o monarca a demonstrar sua insatisfação. Ele teria conversado com pessoas próximas e, eventualmente, dado um ultimato à sogra para encerrar a prática.

O episódio veio à tona em meio a outras polêmicas envolvendo a família real, incluindo rumores sobre um caso extraconjugal da rainha Letizia. Essas questões têm alimentado debates sobre a vida privada dos membros da monarquia espanhola e suas relações familiares.

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Dominique Pelicot é condenado a 20 anos de prisão por drogar ex-mulher para estupros em série

Caso histórico envolve mais de 50 réus e revela década de abusos na França

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Sua ex-mulher, Gisèle Pelicot

Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos de prisão nesta quinta-feira (19/12) após ser considerado culpado por drogar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e permitir que dezenas de homens a estuprassem ao longo de dez anos. O julgamento, realizado em Avignon, no sul da França, ganhou repercussão internacional pela gravidade dos crimes e pelo número de envolvidos.

As investigações mostraram que Dominique drogava a vítima repetidamente e facilitava os abusos, que eram registrados em vídeo. Outros 50 homens também foram condenados, com penas entre 3 e 15 anos de prisão. Apesar das sentenças, familiares e ativistas criticaram a Justiça, afirmando que as punições ficaram abaixo do esperado para a gravidade dos crimes.

Repercussões e impacto
O caso veio à tona em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual em um mercado. Durante as investigações, a polícia encontrou imagens que revelaram os abusos contra Gisèle, casada com ele por cinco décadas. Somente após essas descobertas ela soube das agressões.

Na saída do tribunal, Gisèle agradeceu o apoio recebido e afirmou que tornar o caso público foi essencial para “mudar a vergonha de lado”. Manifestantes demonstraram solidariedade à vítima, carregando cartazes com mensagens de apoio, enquanto gritavam “justiça” do lado de fora do tribunal.

Decisões e novos passos legais
A defesa de Dominique anunciou que pretende recorrer da sentença, assim como outros réus. No total, as penas aplicadas aos 51 condenados somam 428 anos de prisão, marcando um dos maiores julgamentos de violência sexual da história recente da França.

O caso é visto como um marco no combate à violência contra mulheres e reforça a necessidade de ampliar discussões sobre proteção e justiça para vítimas de crimes sexuais.

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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