O Nobel de Física de 2020 premiou três cientistas cujas pesquisas resultaram na descoberta de como se formam os buracos negros no universo, comunicou nesta terça-feira (06/10) a Academia Real de Ciências da Suécia, em Estocolmo. Os agraciados são o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez.
A premiação celebra “um dos mais exóticos objetos no universo”, ou seja, os buracos negros, “onde o tempo parece estar suspenso”, disseram os membros do comitê.
Os escolhidos recebem uma medalha de ouro e uma premiação de 10 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 6,2 milhões). Metade do prêmio vai para Penrose, por demonstrar através da matemática que a formação dos buracos negros é possível, com base na teoria da relatividade elaborada por Albert Einstein.
A outra metade será dividida entre Genzel e Ghez por descobrirem que “um objeto invisível e extremamente pesado governa a órbita das estrelas no centro de nossa galáxia”, explicaram os membros da Academia. Ghez é a quarta mulher a receber o Nobel de Física.
O secretário-geral da academia sueca, Goran K. Hansson, disse que o alemão e a americana foram escolhidos para a premiação “pela descoberta de um objeto compacto e supermassivo no centro de nossa galáxia”.
“As descobertas dos laureados deste ano abriram novos terrenos para o estudo de objetos compactos e supermassivos”, disse o presidente do Comitê do Nobel de Física, David Haviland.
No ano passado, o Nobel de Física foi para outro trio de cientistas, que contribuiu para ampliar a compreensão da evolução do universo e do lugar da Terra no cosmos. Os vencedores foram o canadense James Peebles, pelo desenvolvimento teórico da cosmologia física, e os suíços Michael Mayor e Didier Queloz, pela primeira descoberta de um planeta fora do Sistema Solar, ou exoplaneta.
Nesta segunda-feira foi anunciado o Nobel de Medicina, que premiou um trio de cientistas Harvey Alter, Charles Rice e Michael Houghton pela descoberta do vírus da hepatite C. Nos próximos dias, serão anunciados os prêmios de Química, de Literatura e de Economia, além do Prêmio Nobel da Paz.
Por: DW