O presidente da Argentina, Javier Milei, cumpriu uma de suas promessas de campanha e suspendeu por um ano a veiculação de publicidade oficial nos meios de comunicação do país. A medida foi anunciada pelo porta-voz do governo, Manuel Adorni, em uma coletiva de imprensa na Casa Rosada.
Adorni também informou que o governo reduziu em 34% o número de cargos federais, mas não especificou quanto isso representaria em economia para os cofres públicos. Segundo ele, as nomeações e os contratos estão sendo revisados desde que Milei assumiu o poder.
A redução de cargos envolveu a diminuição de 18 para 9 ministérios, de 106 para 54 secretarias e de 182 para 140 subsecretarias. “O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a catástrofe”, afirmou o porta-voz.
Adorni também disse que o governo irá investigar possíveis “contratações irregulares” feitas pelo governo anterior, de Alberto Fernández, e que exigirá 100% de presença dos funcionários públicos. Ele ainda declarou que “o emprego militante acabará”.
Outra promessa de campanha de Milei foi a privatização de três meios de comunicação estatais: a TV Pública, a Rádio Nacional e a Télam. Milei acusou a TV Pública de ser um “mecanismo de propaganda” e de ter divulgado informações falsas e negativas sobre seu partido durante a campanha eleitoral.
“Setenta e cinco por cento do que foi dito sobre nosso lado foi de maneira negativa, com mentiras e apoiando a campanha do medo. Não vou aderir a essas práticas de ter um ministério da propaganda”, disse Milei, defendendo uma comunicação governamental mais transparente e equitativa.