Política

Em 1º decreto, Milei corta ministérios pela metade na Argentina

Segundo imprensa local, governo do presidente eleito da Argentina terá 9 pastas. Antecessor Alberto Fernández tinha 18 ministros.

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Foto: Reprodução

Javier Milei, o novo presidente da Argentina, tomou posse neste domingo (10) com um discurso duro contra o populismo e o déficit público. Em seu primeiro ato como chefe de Estado, ele assinou um decreto que reduz pela metade o número de ministérios do país, de 18 para nove.

A medida faz parte do plano de Milei para enxugar o Estado e equilibrar as contas públicas, que ele considera a principal causa da crise econômica e social que afeta a Argentina há décadas. O governo do ultraliberal será composto pelas seguintes pastas:

  • Ministério de Interior;
  • Ministério de Relações Exteriores;
  • Ministério de Comercio Internacional e Culto;
  • Ministério da Defesa;
  • Ministério da Economia;
  • Ministério de Infraestrutura;
  • Ministério da Justiça;
  • Ministério de Segurança;
  • Ministério da Saúde e Capital Humano.

“Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado”, disse Milei aos seus apoiadores nas escadarias do Congresso, em uma quebra de protocolo, já que normalmente o discurso de posse ocorre dentro do parlamento.

Milei reconheceu que a situação deve piorar antes de melhorar, e que o governo não tem recursos para enfrentar a crise. “Lamentavelmente tenho que dizer, ‘no hay plata’”, afirmou, usando uma expressão popular que significa “não há dinheiro”.

Ele alertou que o ajuste fiscal terá efeitos negativos sobre a atividade econômica, o emprego, a pobreza e a indigência, e que o país enfrentará um período de estagflação, ou seja, estagnação com inflação alta. No entanto, ele disse que esse será “o último gole amargo para começar a reconstruir a Argentina”.

“Não será fácil: cem anos de fracasso não se desfazem num dia, mas um dia começa, e hoje é esse dia”, declarou.

Mais tarde, já na Casa Rosada, a sede do governo, Milei voltou a falar ao público e disse que sua eleição representa “o fim da noite populista e o renascer da Argentina próspera e liberal”.

Entre as autoridades que participaram da cerimônia de posse estavam o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O atual presidente brasileiro, Lula, não compareceu a Buenos Aires e enviou seu ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, como representante do Brasil.

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