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Regiões tropicais podem ficar inabitáveis com aquecimento, diz estudo

Cumprir metas climáticas pode evitar calor insuportável

Foto: Jon Nazca

Os trópicos podem tornar-se inabitáveis para o ser humano se não conseguirmos limitar o aquecimento global a 1,5 grau centígrado, alertam os cientistas. Cumprir as metas climáticas mundiais pode evitar que as populações das regiões tropicais enfrentem episódios de “calor insuportável”.

“O calor extremo, em consequência do aquecimento global, é uma questão preocupante para a crescente população tropical”, diz novo estudo publicado nessa segunda-feira (8), na revista científica Nature Geoscience.

As regiões tropicais do planeta podem atingir ou mesmo exceder os limites suportados pela vida humana, devido às alterações climáticas. O aumento do calor e da umidade ameaçam, assim, submeter grande parte da população mundial a condições potencialmente letais.

Se não conseguirmos limitar o aquecimento global a 1,5 grau centígrado , as faixas tropicais que se estendem em ambos os lados do Equador correm o risco de se transformar num novo ambiente que atingirá “os limite da habitabilidade humana”, adverte a pesquisa.

Desenvolvido pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, o estudo lembra que a capacidade de o ser humano “arrefecer” o seu corpo depende de certas condições de temperatura e umidade do ar.

Como explicam os cientistas, há um limite de sobrevivência além do qual uma pessoa já não consegue regular a sua temperatura corporal com eficácia. Esse limite é excedido quando o denominado termômetro de bulbo úmido (WBGT, a temperatura mais baixa que pode ser alcançada apenas pela evaporação da água). indica que a temperatura e a umidade do ar ultrapassam os 35 graus centígrados.

Isto é, temos uma temperatura corporal que permanece relativamente estável em 37 graus, enquanto a nossa pele é mais fria para permitir que o calor flua.

Mas se a temperatura do bulbo úmido exceder os 35 graus, o corpo torna-se incapaz de se resfriar. “Se estiver demasiadamente úmido, o nosso corpo não consegue arrefecer evaporando o suor – é por isso que a umidade é importante quando consideramos a habitabilidade em um local quente”, disse ao Guardian Yi Zhang,  investigador da Universidade de Princeton que conduziu o novo estudo.

“As altas temperaturas são perigosas ou mesmo letais”, acrescentou.

Nesse sentido, os especialistas concluíram que o aumento da temperatura tem de ser limitado a 1,5 grau para evitar que as regiões dos trópicos ultrapassem os 35 graus na temperatura do bulbo úmido.

Considerando o atual contexto de aquecimento global, os autores alertam que essas regiões podem experimentar “eventos de calor extremo” nos próximos anos, que podem exceder o “limite de segurança”.

Cumprir metas climáticas é solução

As condições perigosas e “intoleráveis” nos trópicos podem ocorrer ainda antes do limiar de 1,5 grau.

De fato, o mundo já aqueceu, em média, cerca de 1,1 grau centígrado nos últimos anos, e embora os governos tenham prometido, no acordo climático de Paris, manter as temperaturas a 1,5 grau, os cientistas têm alertado que esse limite pode ser ultrapassado dentro de uma década.

Isso tem implicações potencialmente negativas para milhões de pessoas – cerca de 40% da população mundial vivem, atualmente, em países tropicais, sendo que essa proporção deverá aumentar para metade da população mundial até 2050.

“Pode-se pensar neste termômetro do bulbo úmido como uma imitação do processo de arrefecimento da pele humana por meio da evaporação do suor – é por isso que é relevante para o stress térmico dos nossos corpos”, explicou Zhang.

“Quanto mais seco for o ambiente, mais eficaz é a evaporação e menor a temperatura do bulbo úmido”, acrescentou.

A investigação de Princeton centrou-se em regiões tropicais, em latitudes entre 20 graus a norte do Equador, uma linha que corta o México, a Líbia e Índia, até 20 graus ao sul, que passa pelo Brasil, Madagascar e o norte da Austrália.

* Com informações da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

Por: Agência Brasil

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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Astronautas têm retorno à Terra adiado novamente: entenda o motivo

Problemas técnicos na cápsula da Boeing e atrasos em lançamentos da SpaceX estendem missão na ISS

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Os astronautas Barry Butch Wilmore e Suni Williams

Os astronautas Barry Butch Wilmore e Suni Williams, em missão na Estação Espacial Internacional (ISS), terão que aguardar mais tempo antes de retornar à Terra. Segundo a NASA, o retorno, inicialmente previsto para fevereiro, foi reprogramado para o final de março ou início de abril devido a atrasos na preparação da nova cápsula da SpaceX, que levará a tripulação substituta.

Wilmore e Williams decolaram em junho a bordo da Starliner, da Boeing, para um voo de teste que deveria durar apenas oito dias. Entretanto, falhas no sistema de propulsão da cápsula impossibilitaram seu uso seguro no retorno, obrigando a NASA a estender a permanência da dupla na ISS.

Histórico e novas medidas

Desde setembro, a Starliner permanece acoplada à ISS, e equipes da Boeing e da NASA realizam análises técnicas para identificar as causas das falhas. Paralelamente, a SpaceX assumiu a missão de trazer os astronautas de volta. Apesar da possibilidade de utilizar uma cápsula reserva, a empresa optou por aguardar a conclusão da nova unidade, garantindo maior segurança na operação.

A NASA reforçou que a troca de tripulação ocorrerá com sobreposição na estação, prática que facilita a transição e garante continuidade nas pesquisas.

O caso reflete os desafios de consolidar a Starliner como alternativa viável no transporte de astronautas, algo fundamental para reduzir a dependência exclusiva da SpaceX, que atualmente domina as missões tripuladas americanas.

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Elon Musk se torna a primeira pessoa com fortuna de US$ 400 bilhões

Valorização da SpaceX e alta recorde das ações da Tesla impulsionam o patrimônio do bilionário, que se consolida como o mais rico do mundo

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O empresário Elon Musk

Nova York, EUA – O empresário Elon Musk atingiu um feito inédito no mundo financeiro: seu patrimônio líquido alcançou impressionantes US$ 400 bilhões, de acordo com informações divulgadas pela Bloomberg. Ele é o primeiro a atingir essa marca, consolidando sua posição como a pessoa mais rica do planeta.

O aumento significativo em sua riqueza pessoal, quase US$ 20 bilhões em poucos dias, foi impulsionado por uma nova avaliação da SpaceX, que agora está avaliada em cerca de US$ 350 bilhões. A empresa firmou um acordo para a compra de até US$ 1,25 bilhão em ações privilegiadas, fortalecendo ainda mais seu valor de mercado.

Impacto pós-eleições
Desde a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024, os negócios de Musk têm experimentado um crescimento extraordinário. Uma aliança estratégica com o presidente eleito levou as empresas do bilionário ao centro das atenções. Além de comandar a Tesla e a SpaceX, Musk é proprietário da plataforma X e CEO de iniciativas como Neuralink, xAI e The Boring Company.

Em um movimento inusitado, Musk foi nomeado, ao lado de Vivek Ramaswamy, para liderar o novo “Departamento de Eficiência Governamental” (DOGE), batizado em homenagem à famosa criptomoeda Dogecoin.

A Tesla em ascensão
As ações da Tesla fecharam em um recorde histórico na última quarta-feira (11), cotadas a US$ 424,77. Esse desempenho reflete o otimismo dos investidores em relação ao mercado, com o índice Nasdaq ultrapassando os 20.000 pontos pela primeira vez. Desde o dia das eleições, as ações da Tesla tiveram um aumento de 65%, impulsionadas pela expectativa de desregulamentações favoráveis ao setor durante o governo Trump.

Musk, que é o maior acionista da Tesla, também viu sua startup de inteligência artificial, xAI, dobrar de valor em novembro, atingindo US$ 50 bilhões após uma nova rodada de investimentos, conforme relatado pelo Wall Street Journal.

Comparação com outros bilionários
Atualmente, Musk acumula uma fortuna US$ 140 bilhões maior que a do segundo colocado no ranking de bilionários, Jeff Bezos, fundador da Amazon. A diferença se deve, em parte, ao crescimento contínuo das ações da Tesla e ao pacote de remuneração recorde do empresário, que pode alcançar até US$ 120 bilhões, dependendo da valorização das ações da montadora.

Embora a liderança na lista de bilionários seja frequentemente disputada, Musk continua a expandir suas fontes de riqueza, consolidando-se como uma figura singular na história econômica mundial.

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