Indi Gregory, uma bebê de oito meses que sofria de uma doença rara e incurável na mitocôndria, faleceu nesta segunda-feira (13) após ter os aparelhos que a mantinham viva desligados por ordem judicial. A família da menina lutava na justiça para continuar o tratamento e levá-la para casa, mas não obteve sucesso.
A bebê estava internada no Queen’s Medical Centre, em Nottingham, onde os médicos afirmaram que não havia mais nada a ser feito por ela. A doença de Indi afetava a produção de energia nas células e causava danos cerebrais irreversíveis. Ela dependia de ventilação mecânica e alimentação por sonda para sobreviver.
Os pais de Indi, Dean Gregory e Claire Staniforth, tentaram reverter a decisão do tribunal que autorizou a suspensão do suporte vital da filha, mas tiveram todos os seus recursos negados. Eles também pediram para que Indi pudesse morrer em casa, cercada pelos familiares, mas a justiça determinou que ela fosse transferida para uma unidade de cuidados paliativos.
Indi recebeu cidadania italiana do governo da Itália, que ofereceu tratamento médico no país, mas um juiz inglês vetou a transferência da bebê para Roma, alegando que não seria do seu melhor interesse. A família contou com o apoio da ONG Christian Legal Centre, que defende a vida humana desde a concepção até a morte natural.
O pai de Indi confirmou que ela morreu durante a madrugada desta segunda-feira (13), depois de ser colocada em coma induzido no sábado (11). Ele agradeceu a todos que oraram e se solidarizaram com a situação da filha. “Ela era a nossa princesa e sempre será”, disse ele.