Em sua primeira visita ao Brasil, Sam Altman, cofundador da OpenAI (empresa responsável pelo ChatGPT), compartilhou sua visão de que a inteligência artificial (IA) será responsável pelo fim de alguns empregos, mas também aprimorará diversas profissões.
No último dia 18, Altman participou de um evento fechado intitulado “O Futuro da IA e o Brasil”, promovido pela Fundação Lemann, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Durante o evento, a cientista e pesquisadora brasileira Nina da Hora questionou Altman sobre os impactos negativos da IA nos empregos. O criador do ChatGPT respondeu: “Achamos que muitos empregos vão desaparecer [com a IA]. Isso acontece em todas as revoluções tecnológicas, mas muitos empregos vão melhorar. De maneira geral, acredito que veremos impacto em todos os setores. A sociedade pode regulamentá-la, mas não poderá impedir que isso aconteça”.
Um relatório do Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral, destaca que até 2027, espera-se que pelo menos 23% dos empregos atuais sofram modificações. Alguns serão criados, outros passarão por transformações e alguns até mesmo desaparecerão.
“Muitos serão substituídos por algoritmos que automatizam essas funções ou por serviços de autoatendimento, como caixas de supermercado e de banco”, explica Carlos Arruda, professor associado da Fundação Dom Cabral.
Por outro lado, nos próximos quatro anos, espera-se uma alta demanda por profissionais especializados em inteligência artificial, aprendizado de máquina, big data, segurança da informação, professores e pessoas que trabalham com energia renovável.