Mercearia é interditada em MG por armazenar queijo ao lado de lavagem para porcos
Ação do Procon-MG revela irregularidades alarmantes em estabelecimento de vereador, que resultaram na apreensão de 2,3 toneladas de alimentos impróprios
No total, a operação fiscalizou 15 estabelecimentos, dos quais 13 foram autuados
Uma operação de fiscalização do Procon-MG, realizada entre setembro e outubro, resultou na apreensão de 2,3 toneladas de alimentos impróprios para o consumo e na interdição de quatro estabelecimentos em Conceição das Alagoas, no Triângulo Mineiro. A ação expôs práticas alarmantes de higiene e segurança alimentar, incluindo uma mercearia de propriedade de um vereador local.
Os fiscais encontraram uma série de irregularidades, como produtos com prazos de validade vencidos e falta de informações obrigatórias nas embalagens. Os produtos de origem animal estavam sem registro e selo de inspeção adequados, enquanto os queijos eram produzidos em embalagens de fertilizantes reaproveitadas, o que representa um grave risco à saúde pública.
Além disso, a fiscalização revelou que a área de produção do estabelecimento coexistia com o tratamento de lavagem para alimentação de suínos e a presença de animais domésticos, levantando sérias preocupações sobre a contaminação dos alimentos. As condições de manipulação eram insalubres e totalmente inadequadas, com produtos em decomposição encontrados no local.
O vereador responsável pela mercearia foi preso em flagrante, acusado de produzir e comercializar alimentos fora das especificações de segurança e qualidade. Ele foi levado à delegacia de plantão em Uberaba, onde foi ouvido e posteriormente liberado pela Justiça, mas deve enfrentar charges por crimes contra as relações de consumo, além de vender mercadorias falsificadas ou deterioradas.
Rodrigo Lionel Barbosa, promotor de Justiça da 1ª Promotoria de Justiça de Conceição das Alagoas, destacou que “indícios de crime contra a segurança dos consumidores” foram detectados, resultando na prisão do responsável e em um pedido cautelar para proibir a venda de produtos de origem animal e laticínios no estabelecimento.
No total, a operação fiscalizou 15 estabelecimentos, dos quais 13 foram autuados, sendo dois com interdição parcial das atividades, evidenciando a necessidade de rigorosas medidas de fiscalização para proteger a saúde dos consumidores.