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Mundo

Zelenskiy questiona Conselho de Segurança da ONU na manutenção da paz

Para presidente da Ucrânia, a Carta da ONU está sendo violada

Reuters/Andrew Kelly

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, discursou hoje (5) no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), por videoconferência. Zelenskiy denunciou assassinatos e estupros de civis na cidade de Bucha e criticou duramente o Conselho de Segurança por não garantir a paz no mundo. Ele disse que são necessárias mudanças no sistema de segurança mundial e propôs uma conferência global.

“Onde está o Conselho de Segurança? Onde está a paz que ele deve manter? Onde estão as garantias que as Nações Unidas precisam dar? É óbvio que as principais instituições do mundo, que deveriam assegurar a punição de um agressor, simplesmente não funcionam efetivamente. O mundo pode ver o que os militares russos fizeram em Bucha enquanto ocupavam a cidade. Mas o mundo ainda precisa ver o que eles fizeram em outras cidades ocupadas”, disse.

Horas antes de participar da reunião do Conselho de Segurança, Zelenskiy estava na cidade de Bucha, onde foram encontrados corpos amarrados e com tiros à queima-roupa, uma vala comum e outros sinais de execuções, depois que tropas russas deixaram a região.

Zelenskiy afirmou que não há um crime sequer que os russos não tenham cometido. “Além de matar todo e qualquer um que estivesse servindo para defender nosso país, também assassinaram as pessoas fora de suas casas, famílias inteiras, adultos, crianças. Alguns deles foram atingidos nas estradas, outros foram jogados em poços, e morreram em sofrimento. Foram mortos dentro de apartamentos, de casas, com granadas explodindo. Civis foram atropelados por tanques quando tentavam fugir em seus carros no meio da estrada. Apenas por divertimento cortaram membros, cortaram as gargantas, mulheres foram estupradas e mortas na frente de seus filhos, e suas línguas foram cortadas”, denunciou Zelenskiy.

O presidente ucraniano acusou a Rússia de provocar o caos político em diversos países e a crise de alimentos no mundo. Ele também relembrou o artigo 1, capítulo 1º, da Carta das Nações Unidas que versa sobre os propósitos da Organização.

“É manter a paz e garantir que a segurança seja aplicada. A Carta da ONU está sendo violada, literalmente. Estamos vendo os crimes de guerra mais terríveis de todos os tempos, desde o final da Segunda Guerra Mundial. As tropas russas estão deliberadamente destruindo as cidades ucranianas, transformando tudo em cinzas através de seus ataques aéreos, estão provocando a fome, atacando comboios de civis, os abrigos onde os civis estavam se escondendo dos ataques, piorando as condições dentro dos territórios ocupados, para que o máximo de civis sejam mortos. O massacre na cidade de Bucha é apenas um”.

Zelenskiy disse também que os russos vão dizer que os corpos foram jogados ali, que foi uma encenação, mas afirmou que estamos em 2022, e que a Ucrânia tem provas claras, tem imagens de satélite e interesse em dar acesso máximo aos jornalistas. E pediu uma investigação independente e transparente e a punição dos responsáveis.

Por: Agência Brasil

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Rei da Espanha repreende sogra após flagrante de furto no palácio

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, foi advertida por Felipe VI após ser vista levando alimentos do Palácio de Zarzuela para casa, hábito iniciado durante a pandemia

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Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, costumava desfrutar de privilégios no Palácio de Zarzuela, residência oficial da monarquia espanhola, por conta de seu vínculo familiar. No entanto, segundo o portal português Flash!, o que inicialmente parecia ser um gesto de hospitalidade acabou se transformando em uma situação que gerou incômodo no rei Felipe VI.

Funcionários do palácio relataram que Paloma se sentia à vontade para utilizar diversos serviços da Casa Real, incluindo lavanderia e refeições, como se fosse moradora permanente. Embora a presença da enfermeira fosse inicialmente justificada pela proximidade com as netas, a princesa Leonor e a infanta Sofia, o comportamento teria extrapolado os limites aceitáveis.

De acordo com os relatos, o ponto de maior polêmica foi quando Paloma foi flagrada levando comida do palácio para casa, hábito que teria começado durante o período de confinamento imposto pela pandemia. “Ela chegou a pedir que alimentos fossem enviados diretamente para sua residência”, informou o portal.

O rei Felipe VI tolerou a situação durante a pandemia, compreendendo as dificuldades do momento. No entanto, o prolongamento desse comportamento levou o monarca a demonstrar sua insatisfação. Ele teria conversado com pessoas próximas e, eventualmente, dado um ultimato à sogra para encerrar a prática.

O episódio veio à tona em meio a outras polêmicas envolvendo a família real, incluindo rumores sobre um caso extraconjugal da rainha Letizia. Essas questões têm alimentado debates sobre a vida privada dos membros da monarquia espanhola e suas relações familiares.

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Dominique Pelicot é condenado a 20 anos de prisão por drogar ex-mulher para estupros em série

Caso histórico envolve mais de 50 réus e revela década de abusos na França

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Sua ex-mulher, Gisèle Pelicot

Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos de prisão nesta quinta-feira (19/12) após ser considerado culpado por drogar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e permitir que dezenas de homens a estuprassem ao longo de dez anos. O julgamento, realizado em Avignon, no sul da França, ganhou repercussão internacional pela gravidade dos crimes e pelo número de envolvidos.

As investigações mostraram que Dominique drogava a vítima repetidamente e facilitava os abusos, que eram registrados em vídeo. Outros 50 homens também foram condenados, com penas entre 3 e 15 anos de prisão. Apesar das sentenças, familiares e ativistas criticaram a Justiça, afirmando que as punições ficaram abaixo do esperado para a gravidade dos crimes.

Repercussões e impacto
O caso veio à tona em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual em um mercado. Durante as investigações, a polícia encontrou imagens que revelaram os abusos contra Gisèle, casada com ele por cinco décadas. Somente após essas descobertas ela soube das agressões.

Na saída do tribunal, Gisèle agradeceu o apoio recebido e afirmou que tornar o caso público foi essencial para “mudar a vergonha de lado”. Manifestantes demonstraram solidariedade à vítima, carregando cartazes com mensagens de apoio, enquanto gritavam “justiça” do lado de fora do tribunal.

Decisões e novos passos legais
A defesa de Dominique anunciou que pretende recorrer da sentença, assim como outros réus. No total, as penas aplicadas aos 51 condenados somam 428 anos de prisão, marcando um dos maiores julgamentos de violência sexual da história recente da França.

O caso é visto como um marco no combate à violência contra mulheres e reforça a necessidade de ampliar discussões sobre proteção e justiça para vítimas de crimes sexuais.

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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