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Nasce 1º bebê do mundo de útero transplantado por cirurgia assistida robótica

A criança é um menino com 49 centímetros e 3,1 kg, ele e a mãe passam bem.

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O processo foi feito sem o grande corte abdominal que é necessário em procedimentos realizados por humanos. Com a cirurgia por robôs, o útero pode ser retirado pela vagina — Foto: Pixabay

No último dia 25 de maio, um marco histórico foi alcançado na área da medicina: o nascimento do primeiro bebê do mundo a ser concebido em um útero transplantado por meio de cirurgia assistida por robô. O menino, que mede 49 centímetros e pesa 3,1 kg, veio ao mundo saudável em uma cesariana planejada, juntamente com a mãe, que também passa bem.

A equipe responsável por esse procedimento pioneiro é da renomada Universidade de Gotemburgo, na Suécia. A mãe do bebê, de 35 anos, recebeu o útero de uma doadora da família. A cirurgia, considerada inédita no mundo, foi realizada por meio de técnicas menos invasivas, com o auxílio de robôs, através de laparoscopia, que consiste na utilização de câmeras minúsculas operando por meio de pequenas incisões.

O transplante de útero, tanto por meio de cirurgia tradicional como assistida por robô, ainda é considerado um tratamento experimental, oferecendo a possibilidade de gestação a mulheres que perderam a funcionalidade do órgão ou não o possuem desde o nascimento.

A técnica começou a ser testada em 2014, com cerca de 90 procedimentos realizados em todo o mundo desde então. O primeiro caso registrado no Brasil ocorreu em 2018, sendo um dos 50 casos que resultaram em gravidez.

Em comunicado, os médicos da Universidade de Gotemburgo celebraram essa conquista. O médico responsável pelo transplante, Niclas Kvarnström, destacou: “Com a técnica assistida por robô, é possível realizar procedimentos que anteriormente eram considerados impossíveis com a cirurgia convencional. É um privilégio fazer parte dessa evolução nessa área, com o objetivo geral de minimizar o trauma para a paciente”.

Pernilla Dahm-Kähler, chefe do departamento de obstetrícia, acrescentou: “Com a cirurgia assistida por robô, podemos realizar cirurgias de alta precisão. A técnica oferece um excelente acesso para operar profundamente na pelve. Esta é a cirurgia do futuro, e estamos orgulhosos e felizes por termos conseguido desenvolver transplantes uterinos nesse nível técnico minimamente invasivo”.

Esse avanço médico representa uma grande conquista para a ciência e oferece esperança a mulheres que sonham em ser mães, mas enfrentam desafios relacionados à fertilidade. O sucesso desse transplante uterino assistido por robô é um passo importante rumo a novas possibilidades e tratamentos cada vez mais eficientes na área da medicina reprodutiva.

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