Dizem que o dom para arte é uma coisa que já nasce com a gente, fazendo com que apenas precise ser lapidado. Em entrevista com o Dr. Vitor Borges, no jardim do Instituto Médico de Psicologias Integradas (IMPI), Sebastião Cascão, conhecido como Tão Cascão, falou sobre sua trajetória como economista, urbanista e sua carreira atual como artista plástico.
A arte começou a fazer parte da vida de Tão Cascão quando ele ainda era criança. Aos nove anos de idade começou a estudar artes em uma escola em Brasília, onde começou a ter o seu primeiro contato com arte e cerâmica, copiando quadros de artistas como Vincent Van Gogh e criando alguns quadros próprios. O artista também estudou na Escola Parque, da 308, que, até então, era uma escola modelo.
“Não sei como é a escola hoje, mas, na minha época, era modelo. E lá fiz tapeçaria, fiz encadernação, fiz metal, escritura, fiz desenho, teatro e muitas coisas. A escola parque foi uma base para que eu pudesse abrir um leque para isso tudo, e foi assim que comecei no meio da arte, desenhando a escola”, contou Tão Cascão sobre como começou.
O artista comentou que fez inúmeras exposições, incluindo três em Portugal. De acordo com Tão, os portugueses dão muito valor às artes plásticas e visuais, por isso fez tantas exposições em Portugal. Entre outros lugares, o artista já fez diversas exposições em Brasília, em Vitória, na Galeria Eugênio Pacheco de Queiroz.
“Não faço arte decorativa, a minha arte sempre representa alguma coisa, ela sempre representa alguma coisa desde sempre”, declarou o artista.
Sobre os trabalhos e processo criativo, o artista citou uma pintura coletiva que fez para a casa Thomas Jefferson chamada “Ou”. Comentou também sobre a exposição “Monossílabos”, expondo que, ao longo do processo, teve muito sofrimento, busca, insatisfação sobre as 24 telas e, inclusive, recebeu ajuda do Dr. Vitor, no sentido dos significados. A jornada para a produção das telas durou quatro anos e o artista conta que pôde experimentar várias questões da condição humana.
“O processo criativo, quando se busca principalmente a originalidade, ele causa muito sofrimento porque o quadro conversa comigo, meu sentimento, vontade de expressar alguma coisa, o quadro exige uma qualidade pictórica, os contrastes e as texturas, não só textura de outros elementos que não seja tinta, mas produzir textura com a tinta para significar o que a gente quer que signifique”, contou Tão.
Sobre o uso de palavras e poemas o artista contou que já tinha alguns textos e outros ia escrevendo em guardanapos ou em qualquer papel que surgisse, conforme as ideias iam vindo na cabeça. Amante da leitura, Tão sempre teve paixão pelos livros que agiram como um ponto importante no processo de criação das telas, entre elas, duas que surgiram de forma espontânea. Ainda sobre o processo criativo, Tão falou sobre a luz durante a jornada do “Monossilábicos” e que, desde o começo, estava tentando representar um sofrimento imenso.
“Pintei um quadro chamado “Luz” depois um quadro chamado “Ser”. Já me disseram que conto história na minha criação e é verdade, tem muitas coisas que estão na memória, no consciente coletivo e toma conta, às vezes, desesperadamente toma conta e eu faço”, finalizou o artista.
Para entender mais sobre a carreira do artista Tão Cascão, confira a entrevista completa no canal de Youtube do O Panorama.
IMPI–Instituto de Medicina e Psicologia Integradas
RT: Dalmo Garcia Leão CRM 4453
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