O quadro “Odontologia para Todos” recebeu o conselheiro do Conselho Federal de Odontologia, Dr. Samir Najjar, para uma entrevista com Ricardo Paulin. Formado pela Universidade Federal de Goiás, estado onde nasceu, além de atuar no conselho, Samir é especialista em prótese dentária e atende em consultório particular. Dois anos após chegar em Brasília, foi convidado por Adriano Magalhães para montar uma chapa ao lado do Dr. Ribamar, e ao lado do mesmo, atuou na ABO-DF por 20 anos.
Ao contrário do que muitos imaginam, em instituições como a ABO e o CFO, os conselheiros não ganham salário, por isso, o Dr. esclareceu a importância de continuar com os atendimentos. Sobre sua trajetória nas instituições, Samir explica que é como uma “mosca”, que te morde e faz você pegar gosto pelo trabalho. Entre os maiores ganhos, ele cita a oportunidade de construir muitos relacionamentos e amizades, nos congressos, reuniões e eventos no geral.
“Eu tenho muito orgulho de ter participado da ABO, quando coordenava a parte comercial do congresso, tivemos muitas realizações em Brasília. Em 2005 eu presidi um congresso internacional, onde tivemos o maior público, teve um congresso nacional de odontologia militar”, contou o Dr. sobre algumas de suas realizações estando à frente da ABO.
Já sobre o CRO, onde passou três anos, o Dr. falou sobre seu trabalho ter acontecido com muita dedicação, alcançando desta forma, muitas realizações como por exemplo projetos de lei, ampliação do mercado de trabalho, aumento das vagas para dentistas na polícia, trabalhos sociais e comemorações. Samir ressaltou a importância da união da classe com entidades do DF, onde foi possível fazer um trabalho muito grande em relação à questão acadêmica, com palestras entre outras coisas.
Sobre o papel do CFO em relação aos convênios, o Dr. esclarece que tem uma comissão dentro da instituição que atua na parte de convênio e credenciamento, mas que, ainda sim, não deixa de ser uma briga difícil. De acordo com Samir, os planos de saúde estão massacrando os dentistas e com esse massacre, eles ficam sem autonomia.
“O dentista se deixa ser explorado e depois vem atrás do conselho para que consigamos resolver. Temos atuado fazendo valores credenciais básicos que a gente possa atender de uma forma decente a população, mas infelizmente isso é um trabalho bem lento. A comissão presidida pelo Ricardo e ele tem trabalhado no sentido de tentar melhorar, agora o que a gente mais precisa, é o dentista não aceitar ser explorado por esses planos de saúde. É difícil você atender um paciente com um preço baixo e fazer um trabalho decente, se não o dentista vai pagar para trabalhar”, explica Samir.
Em relação ao crescimento do número de faculdades o Dr. explicou que tentou junto ao conselho tentar frear o crescimento mas que no entanto não tiveram sucesso. Entre outras questões, o Dr. falou sobre resoluções que foram instituídas para auxiliar os profissionais da odontologia, o que cabe a eles fazerem e o que cabe a medicina fazer, como a questão da harmonização facial.
Em relação ao trabalho feito durante a pandemia, Samir explica que o trabalho realizado foi no sentido de tentar ajudar o dentista divulgando que a classe estava preparada para receber os pacientes, uma vez que caiu muito o atendimento nos consultórios. Sobre o trabalho do CFO, o Dr. explica sobre as obrigações da instituição.
“O conselho foi criado para defender a população, é um tributo que você paga pra ser fiscalizado, mas a gente pode fazer desse tributo alguma coisa para beneficiar como campanhas de incentivo à população, para beneficiar o dentista, projetos de lei e hoje somos muito mais orientadores do que punidores. Hoje o conselho federal faz campanhas pensando no dentista”, conta o Dr.
Para conhecer mais sobre a atuação de Samir Najjar, confira a entrevista completa no canal de YouTube do O Panorama, clicando aqui.
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