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Países ocidentais aceleram retirada afegã ao ver prazo chegar ao fim

Biden refuta apelos dos aliados para prorrogar o prazo de retirada

Foto: Reuters/Direitos Reservados

Nações ocidentais se apressavam para retirar pessoas do Afeganistão nesta quarta-feira devido à aproximação do prazo final de 31 de agosto, e crescem os temores de que muitos poderiam ficar à mercê de um destino incerto sob os novos governantes do Talibã.

Em uma das maiores pontes aéreas do tipo, os Estados Unidos e seus aliados já retiraram mais de 70 mil pessoas, incluindo seus cidadãos, funcionários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e afegãos em perigo, desde 14 de agosto, um dia antes de o Talibã chegar à capital Cabul para encerrar 20 anos de presença militar estrangeira.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que as tropas norte-americanas no Afeganistão enfrentam um perigo crescente, e agências de auxílio alertaram para uma crise humanitária iminente para a população que fica para trás.

Biden refuta apelos dos aliados para prorrogar o prazo, acertado por meio de um acordo firmado pelo ex-presidente Donald Trump com o grupo islâmico no ano passado, mas na terça-feira (24) disse que o prazo pode ser cumprido.

“Quanto mais cedo conseguirmos finalizar, melhor”, disse Biden na terça-feira. “Cada dia de operações traz riscos adicionais para nossas tropas.”

Duas autoridades norte-americanas que falaram pedindo anonimato disseram que é cada vez maior a preocupação com o risco de homens-bomba do Estado Islâmico no aeroporto. A França disse que seguirá com as retiradas enquanto for possível, mas que provavelmente encerrará estas operações nas próximas horas ou dias.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Alemanha tentará ajudar os afegãos que trabalharam com soldados e organizações humanitárias e que desejam deixar o Afeganistão quando o prazo terminar.

“O final da ponte aérea em alguns dias não deve significar o fim dos esforços para proteger e ajudar aqueles afegãos que foram deixados em uma emergência maior com a tomada de poder”, disse ela ao parlamento alemão.

Dezenas de milhares de afegãos que temem perseguição se aglomeram no aeroporto de Cabul desde que o Talibã tomou o poder.

Muitas pessoas se reuniam diante do aeroporto – onde soldados dos EUA, Reino Unido e outras nações estavam tentando manter a ordem em meio à poeira e ao calor – nesta quarta-feira na esperança de conseguir sair.

Elas carregavam sacolas e malas repletas de pertences e acenavam com documentos para soldados que poderiam lhes franquear a passagem. Algumas seguravam crianças pequenas.

“Soube por um email de Londres que os americanos estão retirando pessoas, é por isso que vim, para poder ir ao exterior”, disse um homem chamado Aizaz Ullah.

Embora o foco sejam as pessoas que tentam fugir, o risco da fome, de doenças e de perseguição aumentará para o resto da população depois que o êxodo caótico do aeroporto de Cabul terminar, dizem agências humanitárias.

“Existe uma tempestade perfeita chegando por causa de vários anos de seca, conflito, deterioração econômica agravados pela Covid”, disse David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) à Reuters em Doha.

A chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que recebeu relatos plausíveis de violações graves cometidas pelo Talibã, incluindo execuções sumárias de civis e de forças de segurança afegãs que se renderam. O Talibã disse que investigará os relatos.

O governo do Talibã entre 1996 e 2001 foi marcado pela lei rígida da sharia, e muitos direitos políticos e liberdades básicas foram restringidos, e as mulheres oprimidas gravemente.

O Afeganistão também foi um pólo de militantes anti-Ocidente, e Washington, Londres e outros temem que volte a ser.

Por: Agência Brasil

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Mundo

Passageiro abre porta e cai de avião momentos antes da decolagem

Homem que embarcou normalmente e abriu uma outra porta, sem autorização, foi atendido no pátio do Aeroporto Pearson, de Toronto, Canadá

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Um incidente incomum e perigoso ocorreu na noite de segunda-feira no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, quando um passageiro de um voo da Air Canada para Dubai abriu a porta da cabine e caiu na pista, sofrendo ferimentos e atrasando a partida do avião por quase seis horas.

Segundo a Air Canada, o passageiro, que não teve sua identidade revelada, embarcou normalmente na aeronave, um Boeing 777, mas em vez de ir para o seu assento, ele abriu a porta da cabine do lado oposto ao da porta de embarque. A altura da queda foi de cerca de 6 metros.

O passageiro foi socorrido pelos serviços de emergência e pelas autoridades, que foram acionadas imediatamente. A Air Canada informou que o voo AC056, que levaria 319 passageiros, foi adiado e só decolou mais tarde, após a inspeção da aeronave e a reorganização dos passageiros.

A companhia aérea afirmou que seguiu todos os seus procedimentos aprovados de embarque e operação de cabine e que está investigando o incidente. A Autoridade dos Aeroportos da Grande Toronto (GTAA) também confirmou que está ciente do ocorrido e que prestou apoio à Air Canada, à Polícia Regional de Peel e ao Peel EMS.

Até o momento, não se sabe o que motivou o passageiro a abrir a porta da cabine, nem qual é o seu estado de saúde.

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Rajadas de vento fazem arranha-céu balançar nos EUA

O arranha-céu, que tem 325 m de altura e 74 andares

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Um fenômeno impressionante foi registrado na noite de ontem (10/1) em Nova York, nos Estados Unidos. Uma forte tempestade, com ventos que chegaram a quase 100km/h, provocou a oscilação de um dos maiores edifícios da cidade, o Brooklyn Tower.

O arranha-céu, que tem 325 m de altura e 74 andares, fica em Downtown Brooklyn, na Avenida DeKalb. Ele foi inaugurado em 2023 e é considerado um dos mais modernos e luxuosos da região.

As imagens capturadas em time-lapse revelam o movimento da estrutura, que parece se inclinar para os lados. Segundo especialistas, esse é um mecanismo de segurança para evitar o colapso do prédio em situações extremas.

Veja o vídeo abaixo:

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Tecnologia

Google demite centenas de funcionários em todo o mundo

A gigante das buscas disse que vai desligar pessoas em sua unidade de assistente de voz, realidade aumentada e de hardware; dois executivos estão deixando a empresa.

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A Alphabet, empresa-mãe do Google, anunciou na última quarta-feira (10) um corte de centenas de empregos em várias áreas, incluindo assistente de voz, realidade aumentada e hardware. A medida faz parte de uma reestruturação organizacional que visa reduzir custos e focar na tecnologia de inteligência artificial (IA) generativa, que permite criar conteúdo original a partir de dados.

De acordo com a Reuters, o Google confirmou que as demissões afetam principalmente a unidade de assistente de voz (Google Assistente), que compete com a Alexa da Amazon e a Siri da Apple, a equipe de realidade aumentada, que desenvolve produtos como o Google Glass e o Google Lens, e a equipe de hardware, que produz os celulares Pixel, os alto-falantes inteligentes Nest e os relógios inteligentes Fitbit.

O Google não informou o número exato de funcionários desligados nem o impacto das demissões no Brasil, mas disse em nota que “alguns times continuam a fazer mudanças organizacionais, que incluem a eliminação de alguns cargos globalmente”.

A decisão da Alphabet também levou à saída dos cofundadores da Fitbit, James Park e Eric Friedman, que venderam a empresa de monitoramento de saúde e condicionamento físico para o Google por US$ 2,1 bilhões em 2019. Apesar da aquisição, o Google continuou a lançar versões de seu Pixel Watch, um produto que concorre com alguns dos dispositivos da Fitbit e também com o Apple Watch.

A reorganização de algumas equipes ocorre em um momento em que gigantes da tecnologia como a Microsoft, a Meta (antiga Facebook) e o Google investem na crescente adoção da IA generativa, que ganhou destaque com o sucesso do ChatGPT, um modelo de conversação desenvolvido pela OpenAI, uma organização sem fins lucrativos apoiada por personalidades como Elon Musk e Peter Thiel.

No ano passado, o Google anunciou planos para adicionar recursos de IA generativa ao seu assistente virtual, que permitiriam ao assistente ajudar as pessoas a planejar uma viagem ou colocar os e-mails em dia e, em seguida, fazer perguntas de acompanhamento.

Em janeiro de 2023, a Alphabet anunciou planos para cortar 12 mil empregos, o equivalente a 6% de sua força de trabalho global. Em setembro de 2023, ela tinha 182.381 funcionários em todo o mundo.

O que diz o Google Brasil

“Como já dissemos, temos investido de maneira responsável nas maiores prioridades de nossa companhia e nas oportunidades significativas à frente. Para melhor nos posicionar para essas oportunidades, diversos times fizeram mudanças na segunda metade de 2023 para se tornarem mais eficientes, alinhando recursos às suas principais prioridades. Alguns times continuam a fazer essas mudanças organizacionais, que incluem a eliminação de alguns cargos globalmente. Continuamos a oferecer suporte aos funcionários impactados para que eles possam buscar novas posições dentro e fora do Google“.

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