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Educação

Pesquisa mostra por que brasileiros deixam escola

Falta de condições e necessidade de trabalho são as principais causas

REUTERS / Amanda Perobelli

Maria de Fátima Santos, aos 18 anos, embarcou em um ônibus deixando para trás a cidade de Araioses, no Maranhão, com o objetivo de buscar oportunidades e retomar seus estudos em Brasília. Originária de uma família de poucos recursos, ela havia abandonado a escola aos 15 anos para ajudar nas despesas domésticas.

No entanto, o sonho de concluir sua educação se distanciou ainda mais. Agora, aos quase 25 anos, Maria de Fátima sobrevive coletando objetos descartados em condomínios para garantir algum sustento, pagar o aluguel e enviar pelo menos R$ 50 para sua mãe, que permanece em Araioses.

A história de Maria de Fátima reflete uma realidade comum no Brasil, conforme revela uma pesquisa realizada pelo Sesi/Senai em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Segundo o estudo, após os 16 anos de idade, apenas 15% dos jovens estão matriculados em instituições de ensino.

“Os dados são alarmantes. Apenas 15% da população atualmente está estudando. É importante ressaltar que, durante a idade escolar, esse número aumenta para 53%”, ressalta Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi.

Dos entrevistados que não estão estudando, 57% afirmaram que abandonaram a escola por falta de condições financeiras. A necessidade de trabalhar foi o principal motivo apontado por 47% dos casos.

“Um número significativo de pessoas deixa de estudar por falta de interesse na escola, que muitas vezes não oferece elementos atrativos para os jovens. Certamente, esses números se agravaram durante a pandemia”, afirma Lucchesi.

O levantamento também revela que apenas 38% das pessoas com mais de 16 anos que atualmente não estudam alcançaram o nível de escolaridade desejado.

A gravidez ou o nascimento de um filho são responsáveis por interromper os estudos de 18% dos jovens entre 16 e 24 anos. A evasão escolar devido à gravidez é mais alta entre as mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%), o dobro da média nacional, que é de 7%.

A pesquisa também indica que a maioria dos jovens acima de 16 anos acredita que a maioria dos concluintes do ensino médio ou superior se considera pouco preparada ou despreparada para o mercado de trabalho.

O estudo, realizado com uma amostra de 2.007 cidadãos a partir dos 16 anos em todas as unidades federativas, destaca que 23% dos entrevistados consideram a alfabetização como prioridade para o governo, seguida pela implantação de creches (16%) e pelo foco no ensino médio (15%).

Em relação à qualidade da educação, 30% da população considera a educação pública como boa ou ótima, enquanto esse índice sobe para 50% quando se trata de educação privada.

Entre as medidas para melhorar a qualidade da educação, os entrevistados mencionaram o aumento dos salários dos professores, maior capacitação docente e melhores condições nas escolas.

Diante desses resultados, Rafael Lucchesi enfatiza que a pesquisa traz uma reflexão contundente sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação e tornar a escola mais atrativa, com o objetivo de aumentar a produtividade dos indivíduos na sociedade.

Educação

IBGE revela que mais de 255 mil indígenas no Brasil são analfabetos

Dados do Censo 2022 revelam que a taxa de analfabetismo entre a população indígena é quase o dobro da média nacional

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Mais de 15% da população indígena do Brasil é analfabeta, aponta Censo 2022 do IBGE / Foto: Divulgação

De acordo com os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta sexta-feira (4), mais de 255 mil indígenas brasileiros são analfabetos, representando 15,05% da população indígena total no país. Este percentual revela uma situação preocupante, especialmente ao se considerar que a taxa de analfabetismo entre os indígenas é mais que o dobro da média da população brasileira, que foi de 7% em 2022.

O levantamento mostrou que, no total, 1.694.836 pessoas se identificavam como indígenas no Brasil em 2022. O analfabetismo foi definido pelo IBGE como a incapacidade de ler ou escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que o indivíduo conhece.

Quando o foco é exclusivamente a população residente em Terras Indígenas, a situação é ainda mais alarmante: a taxa de analfabetismo sobe para 20,8%. Apesar desse panorama desafiador, os dados também indicam um crescimento na taxa de alfabetização entre os indígenas desde a pesquisa anterior, realizada em 2010. A taxa de analfabetismo entre essa população diminuiu de 23,4% para 15,05% em um período de 12 anos. Nas Terras Indígenas, o índice passou de 32,3% para 20,8%.

A pesquisa revela ainda que a proporção de analfabetismo é mais alta entre os mais velhos e entre as mulheres. Em 2022, 42,88% dos indígenas com 65 anos ou mais foram considerados analfabetos, enquanto a taxa para aqueles entre 60 e 64 anos foi de 29,21%. A menor taxa de analfabetismo, por sua vez, foi registrada entre os jovens de 18 a 19 anos, com apenas 5,5% não alfabetizados.

Em termos de gênero, 14,32% dos homens indígenas não sabiam ler ou escrever, enquanto o percentual entre as mulheres indígenas é um pouco maior, chegando a 15,74%. Esses dados ressaltam a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação e inclusão da população indígena no Brasil, visando a redução do analfabetismo e a promoção da equidade social.

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Vestibular e Enem

Termina nesta sexta-feira prazo de inscrição para o Enem 2023

Provas serão aplicadas em 5 e 12 de novembro; taxa custa R$ 85

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Hoje, sexta-feira (16), encerra-se o prazo de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O exame será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. Os interessados em participar ainda têm a oportunidade de se cadastrar na Página do Participante. É importante ressaltar que a taxa de inscrição no valor de R$ 85 deve ser paga até o dia 21 de junho.

O edital contendo o cronograma e as diretrizes para o Enem 2023 foi divulgado no início deste mês. Além de fornecer informações sobre as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários e as obrigações dos participantes, incluindo as situações em que um candidato pode ser eliminado.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos para pessoas que necessitam de cuidados especiais durante a realização do exame.

Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro, no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados em 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.

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Vestibular e Enem

Inscrições do Enem abrem hoje: Prepare-se para o exame mais aguardado do ano

Taxa de inscrição custa R$ 85 e deve ser paga até dia 21

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Arquivo Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (5), os estudantes interessados em participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão realizar suas inscrições. O certame está programado para ocorrer nos dias 5 e 12 de novembro, e o prazo para se cadastrar na Página do Participante se estenderá até o dia 16 de junho. É importante ressaltar que a taxa de inscrição é de R$ 85 e deve ser quitada até o dia 21 de junho.

O edital do Enem 2023, contendo o cronograma completo e as regras para a realização do exame, foi divulgado no início deste mês. Além de apresentar as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários para a inscrição e as responsabilidades do participante, incluindo as circunstâncias que podem levar à sua eliminação.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos especiais para candidatos que necessitam de cuidados especiais durante o concurso.

Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais estão previstos para serem divulgados no dia 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.

Com a abertura das inscrições, é essencial que os estudantes se preparem adequadamente para esse importante desafio educacional, que pode abrir portas para o ingresso no ensino superior. Fiquem atentos aos prazos e boa sorte a todos os participantes do Enem 2023!

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